sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Encontro de Cantares de Reis em Macedo de Cavaleiros



Apesar da televisão, de cada um viver mais “fechado no seu canto”, ainda há quem abra as portas às boas festas e aos desejos de um bom ano
Cantar os Reis, evocando a adoração ao Menino Jesus, é uma tradição antiga, em todo o país, que ainda se mantém, assumindo novas formas. No Nordeste Transmontano era frequente, em muitas localidades, a partir do dia 26 até ao final do mês de Janeiro (razão pela qual também se chama a este cantar “As Janeiras”), constituírem-se grupos improvisados de cantadores que, à noite, percorriam aldeias, cidades e vilas, de porta em porta, cantado aos senhores de cada casa, desejando saúde, sorte ou prosperidade, para o ano que se inicia, e abençoando o nascimento do Menino Jesus. 
Actualmente, esta tradição, de um modo mais espontâneo, só se mantém em certos lugares. Encerrados numa nova forma de vivência social, nem sempre os senhores das casas estão dispostos a abrir as portas e a dar algo em troca de uma canção. Antes deste tempo, normalmente o que se dava aos cantadores era uma peça de fumeiro. Segundo José Jecas, de Arcas, concelho de Macedo de Cavaleiros, nesta aldeia essa tradição não se perdeu. Ainda hoje cantam porta a porta e recebem, em troca da canção de boas festas, linguiças e alheiras. “Depois vamos para a patuscada. 
É espectacular, toda a gente adere, nem se deitam à espera que nós passemos”, referiu, acrescentando que, nesta aldeia, há ainda “muita rapaziada nova”. Contudo, grande parte destas tradições são mantidas através de iniciativas, muitas vezes organizadas por entidades externas, como as Câmaras Municipais. Foi isso que aconteceu, no passado dia nove em Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé e, na noite anterior, em Miranda do Douro. Cada um destes municípios promoveu um encontro de cantadores de Reis, nos quais participaram diversos grupos, alguns constituídos exclusivamente para o efeito, outros que vêm desenvolvendo actividades culturais diversificadas, ao longo do ano, sempre em prol da cultura tradicional. Segundo Sílvia Garcia, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, desde que o município lançou esta iniciativa, há nove anos, tem-se notado um aumento da quantidade e da qualidade dos grupos presentes. A iniciativa é importante pelo convívio que proporciona, e também porque contribuiu para “manter uma tradição que ainda está viva no nosso concelho”, sublinhou a vereadora. António Baptista, presidente do Grupo de cantares de Castelãos, contou-nos que, naquela aldeia, a tradição de cantar os Reis estava praticamente perdida. A tradição foi retomada agora, a nível de grupo, que estava inactivo há cerca de dois anos e meio e foi agora reactivado, precisamente por causa desta iniciativa. “Estava bastante perdia, as pessoas já estavam desabituadas”. Contudo, agora “têm encarado isto com muita alegria, porque também como é uma aldeia desertificada, como todas as outras, já há pouca gente e quando há qualquer iniciativa destas as pessoas ficam satisfeitas e acompanham o grupo para todo o lado”, afirmou. É precisamente o convívio que havia, e não haverá, talvez, aquilo que Maria Teresa Espadanedo, de Morais, mais recorda com saudade. Contou-nos que, quando era pequena, ia com a mãe e a irmã, cantar os Reis e não era “por dinheiro, nem tão pouco chouriços”. Iam cantar aos amigos que, naqueles tempos, eram muitos. “Naquela altura, quase não havia inimigos, sabe porquê? Porque vivíamos todos ao mesmo nível, não havia pessoas mais ricas do que as outras, era um nível igual e como era igual, e as pessoas eram todas simples, ninguém andava a olhar de lado uns para os outros”. 
Também, o ambiente social, o facto de não existirem distracções vindas de fora da comunidade, proporcionava esse convívio, hoje já pouco habitual. “Havia mais alegria. Não havia televisões... Eu lembro-me de não haver mesmo electricidade, e rádios não eram todos que os tinham! Então era bom passar estes bocados assim. Havia mais convívio. Não digo que não havia gente má, mas era em menos quantidade. Eu tenho saudades daquele tempo. Hoje andamos lá metidos no cantinho sempre. Mal nos vêem na rua, não há tempo para nada e eu digo: não é normal esta vida e não é normal...!”. Para manter talvez a vida, dentro de âmbitos mais normais, na sua aldeia, existe a Associação dos Amigos e Melhoramentos de Morais. Foi com este grupo que Maria Teresa esteve no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros, a cantar os Reis. Segundo Alzira da Conceição, em Morais ainda existe esta tradição de cantar os Reis porta a porta, mantida sobretudo pelos mordomos da grande Festa anual, que vão angariar fundos, desta maneira, mas “já não é como antes”. 
Esse grupo de Morais apresentou, no final, um dos cantares mais diferentes, a “Canção da Manta”, chamemos-lhes assim, cuja letra Maria Teresa aprendeu com a sua avó, há muitos anos. Uma manta é segurada nas quatro pontas, sobe e desce, conforme a letra. Quando sobe alguém passa por baixo. Esta apresentação é apenas uma das iniciativas que o Grupo desenvolve. Nos últimos três anos, a Associação tem-se dedicado sobretudo ao teatro. Segundo Filipe Teles, presidente da Associação, trata-se de um grupo bastante animado que funciona. Este ano vai apresentar ao público em geral a sua terceira peça, no próximo dia 22. O grupo surgiu a partir de um workshop sobre teatro, promovido pela Câmara Municipal e, neste momento, conta com 20 participantes, além de “uma gata e um cão”, acrescentou Alzira com um sorriso satisfeito, lembrando que, nas peças, por vezes também participam animais de companhia. 
Diversificada é também a actividade cultural de grupos como o Grupo Cultural e Recreativo da Casa do Povo de Macedo de Cavaleiros, que conta já com 33 anos de idade. Manuel Gomes, responsável pelo Grupo, contou-nos que começou por ser um grupo coral da Paróquia de São Pedro. Constituído como Grupo Coral e Recreativo da Casa do Povo, começou por dedicar-se primeiro teatro e mais tarde à etnografia e folclore. Actualmente, entre as actividades em que participa, destaca-se o folclore que, “desde os primeiros tempos tem alcançado bastante prestígio, tanto a nível nacional como internacional, com a participação, desde 1985, no Europe-arte, encontros de arte e cultura popular que, anualmente, se realizam na Europa”. Este encontro, que este ano se realiza na Estónia, conta com cerca de 200 grupos de toda a Europa, envolvendo um total de cerca de cinco mil participantes. “Este ano temos já o convite para estar na Estónia, na 48º Europe-arte. Vamos ver se conseguimos, sempre com o alto patrocínio do nosso município”. Sem essa ajuda, o Grupo, que conta com cerca de 50 pessoas, não teria possibilidade de se deslocar, o que já chegou a acontecer, em outros eventos para os quais foi convidado. Quanto às cantigas de Reis, Manuel Gomes referiu que há cerca de 25 anos começaram a dedicar-se a essa tradição, dando a volta às casas da então vila. 
Depois passaram a ir só a cafés, bares e restaurantes. Agora, com muitos dos membros do grupo a trabalhar ou a estudar, não existe muita disponibilidade para essas rondas nocturnas que, por vezes, podem ser prolongadas. Na aldeia de Arcas, além do Grupo de Cantares e Músicas tradicionais, a Associação local orgulha-se ainda de ter um grupo de bombos, os “Toca a Bombar” e um grupo de “pândegos”, com concertinas, cavaquinho e violas. José Jecas, presidente da Associação, fundada em 1988, conta-nos que não estava activa. Há três anos, um grupo de amigos pôs mão à obra e resolveu reactivar esta que é uma envolvente Associação Cultural e Recreativa, constituída por jovens dos seis aos 50 anos de idade. No total, estão envolvidas cerca de 30 pessoas. Maria Helena é um dos membros deste grupo, que foi das Arcas cantar a Macedo. Disse-nos que se tratava de uma tradição “bonita e antiga”, que o grupo ia “representar”. 
Além dos Reis, há muitos anos, o grupo de cantares, canta na Missa do Galo, em Latim, uma tradição que nunca se perdeu e está a passar de geração em geração. De geração em geração, espera-se que passe também o grupo de Vale da porca. David Miranda, presidente da Associação cultural, Recreativa e Desportiva desta outra aldeia, explicou-nos que, além do Grupo de Cantares, a freguesia conta com uma Fanfarra, com cerca de 25 elementos. Menos optimista quanto à juventude, contou-nos que, por vezes, é preciso o impulso dos mais velhos para perpetuar estas tradições, porque muitas vezes os mais novos têm outros interesses. Ao todo, participaram neste evento de Cantares dos Reis, em Macedo de cavaleiros 14 grupos de cantadores, incluindo jovens de grupos de Escuteiros, do Centro D. Abílio Vaz das Neves, e grupos das aldeias de Sernadela, Olmos, Carrapatas e Cortiços, além dos já referidos.


por: Ana Preto
in:mdb.pt

Nordeste transmontano vai ficar em situação de ruptura na prestação de cuidados de saúde


O funcionamento dos serviços de cuidados de Saúde na região do Nordeste Transmontano vai ser afectado a partir do próximo ano com a dispensa de 179 médicos e técnicos de saúde.
Os serviços de urgência, radiologia e medicina dentária são algumas das especialidades que vão ficar em causa devido à falta de profissionais, mas o caso mais grave é o do serviço de urgência básica de Vila Nova de Foz Côa que terá mesmo que fechar se as equipas não forem reforçadas. 
Em declarações á rádio Antena 1, o director do Agrupamento de Centros de Saúde Alto Trás-os-Montes I - Nordeste, Vítor Alves, alerta para a possibilidade da ruptura dos serviços, nomeadamente no serviço de urgência básica de Vila Nova de Foz-Côa, que pode vir a ser encerrado devido à falta de pessoal. 
Outros serviços em todos os centros de saúde do distrito de Bragança serão também afectados por falta de técnicos, funcionários administrativos e auxiliares.
Consultas de medicina dentária e de pedologia poderão deixar de existir na maioria dos centros de saúde .
No total são cerca de 180 profissionais de saúde que se encontram com o seu posto de trabalho ameaçado devido às recentes políticas para o sector fomentadas pelo governo em exercício.
Apoiados no argumento da contenção orçamental e diminuição do deficit público, os responsáveis do actual governo do PSD/PP vão lançar cerca de 180 pessoas no desemprego, a maioria funcionários qualificados que trabalham e vivem na região do Nordeste Transmontano.
As mesma política vai deixar cerca de 5000 utentes da região sem médico de família, e irá provocar graves afectações em serviços de urgência, levando também ao desaparecimento de algumas especialidades.


in:http://noticiasdonordesteultimas.blogspot.com

Algumas implicações da subida do IVA em 2012

A partir de 1 de janeiro, o preço de produtos como refrigerantes, café, óleos, margarinas, compotas, congelados, pizzas e comida para bebé deverão aumentar de preço por passarem a pagar a taxa máxima do IVA (23%).
O Governo, no Orçamento para 2012, manteve os bens essenciais do cabaz alimentar na taxa mínima de 6% (como a massa, arroz, pão, peixe, leite, manteiga, iogurtes, legumes e fruta), mas subiu outros para a taxa normal, como a água engarrafada, bebidas e sobremesas lácteas e refrigerantes.
O que sofre aumento do IVA

Produtos em que a taxa passa de 6% para 23%
Bebidas e sobremesas lácteas
Sobremesas de soja incluindo tofu
Batata (fresca descascada, inteira ou cortada, pré-frita, refrigerada, congelada, seca ou desidratada, ainda que em puré ou preparada por meio de cozedura ou fritura)
Refrigerantes (com e sem gás), xaropes de sumos, bebidas concentradas de sumos e os produtos concentrados de sumos
Provas e manifestações desportivas e outros divertimentos públicos
Ráfia natural

Produtos em que a taxa passa de 6% para 13%
Águas de nascente e águas minerais, ainda que reforçadas ou adicionadas de gás carbónico e atividades culturais


Produtos em que a taxa passa de 13% para 23%
Serviços de alimentação e bebidas (restauração incluída)
Conservas de frutas, frutos e produtos hortícolas, frutas e frutos secos
Óleos e margarinas alimentares
Café, incluindo sucedâneos e misturas
Aperitivos à base de produtos hortícolas e sementes
Produtos preparados à base carne, peixe, legumes ou produtos hortícolas
Massas recheadas, pizzas, sandes, sopas e refeições prontas a consumir em regime de pronto a comer e levar ou com entrega ao domicílio)
Aperitivos ou snacks à base de estrudidos de milho e trigo, de milho moído e frito ou de fécula de batata
Gasóleo de aquecimento
Diversos aparelhos e equipamentos relacionados com energias renováveis

Autarcas do distrito de Bragança apelam a governo para manter helicóptero do INEM 24 horas por dia

Os presidentes de câmara do distrito de Bragança apelaram hoje ao Governo para que mantenha em funcionamento 24 horas por dia o helicóptero do INEM estacionado em Macedo de Cavaleiros por considerarem ser um ato de "justiça" para a região.
"Os autarcas do distrito de Bragança estão, por unanimidade, contra a retirada de funcionamento do helicóptero do INEM no período noturno já que se trata de um meio rápido e fundamental para o socorro na região", disse o presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros Beraldino Pinto (PSD).
Os autarcas reuniram-se hoje de "urgência", no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros, para analisarem em conjunto as declarações do presidente do INEM, Miguel Soares de Oliveira, que em entrevista à Lusa revelou que até ao final do ano deverá haver uma decisão sobre a manutenção, ou não, dos cinco helicópteros com os horários de funcionamento atuais, ou seja 24 horas por dia.

Destak/Lusa | destak@destak.pt

Ossos encontrados no Felgar vão ser preservados

A EDP e o Instituto de Conservação do Património Arquitectónico e Arqueológico, o IGESPAR, estão a estudar uma forma de preservar os achados na antiga povoação de Cilhades.O povoado, abandonado há vários anos, vai ficar submerso pela barragem do Baixo Sabor.Mas agora foram encontrados vestígios importantes e sobretudo um antigo cemitério medieval que urge preservar.  “Já cheguei a dormir lá em cima dos cadáveres” diz António Augusto Salgado, pastor, criado no vale de Cilhades, por entre oliveiras e amendoais.
Foi o último habitante a abandonar aquela povoação que agora revela vestígios de ocupação humana desde os tempos da romanização. “Havia cá mais pastores mas uns já morreram, outros abandonaram isto e eu fiquei por aqui sozinho” afirma. Agora trocou a casa ribeirinha por outra, em Felgar, mais acima, longe da água que vai criar uma albufeira com quase 300 metros de profundidade, com a barragem do Baixo Sabor.Mas desde sempre ouviu falar no cemitério que por ali havia, debaixo de um laranjal, e de um castro da Idade do Ferro.
“Ainda eu era criança já ouvia falar o que era o Catelinho e no cemitério. Quando a barragem estiver construída já não vou poder vir para aqui, tenho de procurar outros pastos” refere, salientando que “a mim fazia-me diferença se fosse há 30 anos atrás mas agora já estou caducado, falta pouco para a reforma”.

 No entanto, lá confessa que gostava que tudo ficasse como está.“Eu gostava deste sítio sempre assim, conforme está, porque daqui sai muita jeira para os pobres. A maior parte dos terrenos vão ficar de baixo de água, só ficam os altos que não prestam para nada” considera.Mas foram os trabalhos da barragem que despertaram a curiosidade pelos vestígios que estariam naquela zona. Depois de umas primeiras sondagens, foi descoberto um cemitério, presumivelmente do século IX ao século XII, com perto de uma centena de esqueletos identificados. Sete já foram levantados do local, todos de mulheres e crianças.
Os arqueólogos estudam agora a melhor forma de preservar estes achados. Sara Luz é uma delas.“Sem dúvida que é importante tendo em conta que não há assim tantas necrópoles medievais que se conheçam em Portugal” afirma.Para além das várias ossadas já foi descoberto um anel, um colar de contas, um edifício que se supõe ser a capela primitiva de S. Lourenço e alguns vestígios da época romana.Mas Filipe Santos, o responsável por todo aquele sítio arqueológico, garante que os achados vão ser preservados.  “Neste momento a escavação ainda está a decorrer.
Nesta fase estamos a fazer os registos ao nível da planta e alçados das estruturas” explica. “Todo o estudo antropológico terá de ser feito posteriormente” acrescenta, salientando que “em termos de preservação do que for encontrado vamos equacionar o acondicionamento das estruturas por forma a serem salvaguardadas perante o impacto do enchimento da albufeira”.Os trabalhos decorrem desde o mês de Agosto.Um grupo de naturais de Felgar tem estado a tentar divulgar as descobertas que ali têm sido feitas. Já que não se pode combater a barragem, gostavam que pelo menos o património cultural ficasse preservado.
As escavações deverão ficar concluídas em Setembro, altura em que deverá começar a ser enchida a barragem do Baixo Sabor.


Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt

Câmara de Mogadouro fecha ano sem dívidas

A Câmara de Mogadouro vai terminar o ano de 2011 sem dívidas.Com o balanço feito, a autarquia não tem qualquer factura por pagar.  “A câmara de Mogadouro orgulha-se de fechar o ano 2011 com zero dívidas a fornecedores e empreiteiros. Neste momento não temos qualquer factura registada na câmara por pagar” revela o vereador, António Pimentel.Para o próximo ano o município tem um orçamento de 22 milhões de euros.António Pimentel diz que “o orçamento pode ser dividido em três áreas principais e contempla a construção de 23 habitações a custos controlados, o apoio de 400 mil euros para o novo lar da Santa Casa da Misericórdia, obras que estão em execução ao nível do ensino, nomeadamente o novo centro escolar” adianta.
Ao nível de projectos “temos a construção de um restaurante de apoio ao parque de exposições e temos o centro interpretativo dos produtos da terra”. A construção de 23 habitações sociais está orçada em mais de um milhão de euros enquanto a terceira fase da Zona Industrial vai custar 2,3 milhões.

Escrito por CIR
in:brigantia.pt

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Vangelis & Vanessa Mae - Roxannes veil

Bragança - Bombeiros reclamam postos avançados do INEM nos quartéis das sedes de concelho

O recém-eleito presidente da Federação Distrital do Bombeiros de Bragança (FDBB) reclama a colocação de postos avançados do INEM nas 12 cooperações de bombeiros do distrito instalas das sedes de concelho.
“Com a colocação de postos avançados do INEM teríamos mais uma ‘ arma’ ao nosso dispor para poder socorrer com mais eficácia situações de casos urgentes e transportar os doentes com maior rapidez para as unidades de saúde”, avançou Diamantino Lopes.

Segundo o responsável, a colocação nos corpos de bombeiros de ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) seria mais “eficaz”e traria mais segurança às populações.
“ Não tem sido até fácil o diálogo com o INEM nesta matéria e colocação deste tipo de ambulâncias não foi a mais adequada no distrito de Bragança, até porque se poderia ter aproveitado algum equipamento já existente nos quartéis de bombeiros e ao mesmo tempo uma aposta clara na formação de recursos humanos enquanto as instalações existentes servirem de base às ambulâncias”, concluiu o responsável.

in:rba.pt

Bragança: Espólio do pintor português Grão Vasco recuperado em Freixo de Espada à Cinta

Obras de conservação e restauro custam cerca de 56 mil euros e estão a cargo da Direcção Regional de Cultura do Norte
D.R.Bragança, 29 dez 2011 (Ecclesia) – A recuperação de 16 quadros de Grão Vasco, pintor português do século XVI, é o grande destaque das obras que decorrem na igreja matriz de Freixo de Espada à Cinta, diocese de Bragança-Miranda.
Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), entidade promotora da intervenção, adianta que “o projeto está orçamentado em 56 147 euros”, com o apoio do “Programa Operacional do Norte” e  “será executado nos próximos seis meses”.
A igreja matriz do Concelho de Freixo de Espada à Cinta, localizado a cerca de 125 kms de Bragança, está atualmente classificada como Monumento Nacional e tem como principais tesouros “16 pinturas quinhentistas, sobre madeira, da escola de Grão Vasco, pertencentes ao primitivo retábulo da igreja e integradas, no século XVIII, num conjunto de talha barroca localizado nas paredes da capela-mor”.
“Devido a problemas de natureza estrutural diagnosticados na abóbada quinhentista, e que implicaram consolidações e reposicionamento de alguns elementos graníticos”, este acervo foi temporariamente colocado em “local reservado”, acrescenta a DRCN.
Vasco Fernandes, mais conhecido por Grão Vasco, é considerado um dos mais importantes pintores portugueses da primeira metade do século XVI, tendo deixado um espólio que se distribui por monumentos religiosos como os Mosteiros de Salzedas, em Viseu, e de Santa Cruz, em Coimbra.

JCP
in:Agência Ecclesia

Este País é para Velhos - Envelhecer em Bragança

Numa região envelhecida viver é a única fuga à solidão. Entre desporto e atividades culturais criam-se cada vez mais soluções para dar aos seniores uma melhor qualidade de vida.

Miranda do Douro – Bamos a cantar ls Reis

Com o intuito de manter viva a tradição a autarquia de Miranda do Douro lança o desafio a todos aqueles que queiram participar no encontro “Bamos a Cantar ls Reis”, que se realiza no próximo dia 7 de Janeiro, às 21 horas, no Auditório Municipal de Miranda do Douro.
As inscrições podem ser entregues até ao próximo dia 05 de Janeiro no GAP (Gabinete de Apoio à Presidência da Câmara Municipal),  através do email,
cultura@cm-mdouro.pt ou fax 273 431075.
Mais se informa, que o tempo limite por actuação é de 15minutos.


FONTE: Câmara Municipal Miranda do Douro

Provérbios - Associação portuguesa é única no mundo a estudar cientificamente os adágios populares

Preservar o património imaterial enquanto tradição oral e não deixar morrer o saber popular junto dos mais jovens são objectivos da Associação Internacional de Paremiologia (AIP). Sedeada em Tavira, esta entidade é, de acordo com Rui Soares, o presidente, «a única no mundo dedicada ao estudo científico dos provérbios».
«Pelo São João a sardinha pinga no pão». «Março, marçagão, manhãs de Inverno e tardes de Verão». «Abril, águas mil». «Antes pouco, honrado, que muito, roubado». Estes são apenas alguns exemplos de provérbios que permanecem no ouvido dos portugueses e que continuam, de Norte a Sul, a saltar para as conversas sempre que a ocasião se propicia.

«Mantê-los vivos é o nosso objectivo. Os provérbios acabaram por ser consagrados pelo povo que os preservou do esquecimento e os divulgou. Sob a forma de sentença, encerram conhecimentos milenares feitos de experiência e que ainda hoje nos continuam a atrair pela beleza do raciocínio e das suas metáforas. São uma das maiores manifestações da cultura de um povo», começa por explicar Rui Soares, presidente da AIP, associação que nasceu a 7 de Maio de 2008, na cidade algarvia de Tavira.
Para o responsável, este património tem sido esquecido no país, e «o trabalho da associação passa por não deixar que morra uma das maiores manifestações de memória de um país». «Temos imensos provérbios. Todos nós, por vezes sem nos apercebermos, recordamos diariamente estes provérbios nas mais variadas circunstâncias. Não podíamos continuar a deixar que este legado caísse no esquecimento», refere, sublinhando que «o país, e os seus responsáveis, têm esquecido este património, tão importante nas raízes das populações».
E acrescenta que «temos uma tradição oral muito rica» e que «os provérbios têm passado geração a geração, graças às gerações anteriores».
Rui Soares recorda que a associação nasceu na sequência do primeiro congresso mundial de provérbios que se realizou em Tavira, em 2007. «Nessa altura, tivemos cá os maiores especialistas em provérbios a nível mundial, que nos incentivaram a criar a associação», relembra.
Desde então, o crescimento foi «visível» e mostra o «interesse de muitos portugueses por esta área». Hoje, a associação conta com 150 sócios espalhados por todo o país. Entre os objectivos da AIP constam a preservação do património imaterial do ponto de vista da tradição oral, a realização de estudos de paremiologia (estudo dos provérbios) a nível internacional e a organização de conferências internacionais de paremiologia.
Escolas e lares de terceira idade têm sido os públicos-alvo desta associação, «não só para divulgar os provérbios junto dos mais novos, mas também para recuperar a memória dos mais velhos».
«Queremos passar os testemunhos aos mais jovens. Já há, por exemplo, provérbios antigos que os jovens adaptaram à realidade de hoje como “mais vale prevenir que remediar”, substituído por, “mais vale prevenir que formatar”».
«A passagem do testemunho às gerações mais jovens é fundamental. São eles os guardiões deste legado, e sabemos que, muitas vezes, não estão familiarizados com os provérbios», vinca Rui Soares.
A associação tem vindo a associar os provérbios a outras áreas artísticas como a pintura, fotografia, e música, com exposições por vários locais do país, e tem promovido várias conferências dedicadas ao tema. «Promover o diálogo entre gerações é um dos grandes objectivos da nossa associação e queremos incentivar este tipo de diálogo nas conferências que realizamos», afirma Rui Soares.
«Pilar da identidade nacional»:
O presidente da AIP realça também a importância da cooperação internacional, «e que temos de fomentar», já que «somos a única entidade, a nível mundial, que estuda cientificamente os provérbios».

No que respeita à importância da preservação dos provérbios, Rui Soares garante que «estamos perante um património imaterial único» e que constitui «um dos pilares da identidade nacional».
«Somos muito influenciados por uma matriz que vem desde os tempos bíblicos. Na Europa encontramos provérbios nas mais variáveis variantes, e que concentram toda uma experiência de vida ao longo de vários anos. Se não mantivermos a sua memória, pouco falta para já ninguém se lembrar deles», alerta.
O responsável salienta ainda que, para além dos especialistas mundiais que contribuem com trabalho científico para algumas obras já publicadas pela AIP, há estudiosos e autarquias, um pouco por todo o país, que têm feito trabalho de campo, documentação e registo deste património oral.
Por fim, Rui Soares recorda que «não basta o reconhecimento a nível internacional», e sustenta que «é fundamental partilhar a informação com vista à união entre povos».

Ana Clara
in:cafeportugal.net

Carrazeda de Ansiães vai gastar 15 milhões de euros em 2012

A conclusão do Centro Cívico, da Variante, do centro tecnológico e do Museu Rural do Vilarinho, e o lançamento de novas obras como o pavilhão gimnodesportivo, o centro de informação turística e a requalificação da zona industrial, são as principais obras do plano de investimentos da Câmara de Carrazeda de Ansiães para 2012. 
O plano tem um orçamento de pouco mais de 15 milhões e meio de euros e foi aprovado, ontem, em Assembleia Municipal.Foi lá que o presidente da Câmara anunciou as principais linhas de orientação para o próximo ano:“Este plano assume um conjunto de investimentos em curso e outros novos que espero que possam contribuir para o desenvolvimento social, cultural e económico do concelho apesar do adverso contexto económico financeiro” refere José Luís Correia. “Pretende dotar o município de equipamentos sociais indispensáveis como o centro tecnológico, o museu rural e o pavilhão gimnodesportivo” acrescenta. “Há também uma preocupação com a vertente económica nomeadamente na requalificação da zona de apoio oficinal e a conclusão da variante.
Espelha uma grande preocupação social tanto com os mais desfavorecidos como com os jovens que pela primeira vez têm rubricas orçamentais de apoio” afirma.Devido à actual situação económica, a Câmara de Carrazeda vai cortar em actividades culturais para poder aumentar os apoios sociais:“A redução de dotação orçamental na maioria das actividades de caracter cultural e recreativo suprime o Ansiães na Idade Média para reforçar as rubricas de apoio aos extractos sociais desfavorecidos no âmbito da saúde, habitação, deficiência e doenças crónicas, natalidade e outras situações de emergência” afirma o autarca.Em 2012 deixa de haver o Ansiães na Idade Média.
O que a Câmara de Carrazeda pretende fazer no próximo ano é concluir a regeneração urbana da vila, requalificar o moinho de vento, criar percursos pedestres junto ao rio Douro, recuperar o salão nobre dos Paços do Concelho, comparticipar a aquisição de um carro de desencarceramento para os bombeiros voluntários e aumentar o apoio às associações culturais.


Escrito por CIR
in:brigantia.pt

Bragança - Corrida aos saldos no primeiro dia

Arrancou ontem a época de saldos de Inverno.O primeiro dia foi aproveitado por muitos para fazer compras.Em algumas lojas da cidade de Bragança a azáfama era grande com clientes a fazer fila de espera nas caixas para pagar os artigos.  Em época de crise, muitos são os que aproveitam os preços mais baixos.“A gente vê melhores preços porque também não podemos comprar coisas muito caras. Isto não é está fácil, prefiro esperar pelos saldos do que comprar antes do Natal” refere Maria Emília Pires. “Eu vim a ver e a aproveitar porque a vida está cara.
Eu costumo comprar mais em saldos porque é um bocadinho mais barato” afirma Almira do Vale. “Há crise, é preciso apertar o cinto e sempre se poupa mais um bocadinho de dinheiro” considera Maria de Lurdes Rodrigues. “Normalmente já aproveito a época de saldos para fazer compras porque acabamos por comprar as coisas a metade do preço, mas agora cada vez mais” salienta Lurdes Marinho. Já Helena Moreira diz que “antes do Natal não comprei nada, só para a minha filha. Regra geral tento aproveitar os saldos, mas este ano ainda mais”.
Algumas lojas ainda não estão oficialmente em saldos, mas praticam promoções.Os lojistas esperam escoar os stocks e apesar de sentirem a crise acreditam que os clientes não vão faltar.“No meio em que nos encontramos e com a oferta que temos acho que a crise não se vai sentir muito.
As promoções são muito atractivas e por enquanto a situação está favorável” refere Marisa Pereira salientando que “as compras de Natal surpreenderam pela positiva apesar de toda a gente falar na crise”.Já Cátia Alves diz que espera “tentar vender o que temos em stock. Nota-se que há uma grande afluência e algumas pessoas aproveitar para fazer ainda algumas compras de Natal”.
Outra comerciante, Maria José Cunha considera que “a crise sente-se mas acho que as pessoas vão aproveitar agora já para o ano sobretudo para crianças, em tamanho que ainda podem servir no próximo ano, e com preços muito abaixo do normal”.
A época de saldos decorre até 28 de Fevereiro.


Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt

CP, Refer e autarquias "seguram" Metro de Mirandela

Protolocolo assinado hoje permite que o Metro de Mirandela continue a funcionar em 2012. CP entra com 240 mil euros de financiamento, Refer faz a manutenção da linha e a autarquia explora o serviço.
As cinco autarquias do vale do Tua, Mirandela, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Alijo e Murça, a administração da CP e a Refer assinaram hoje um protocolo de entendimento que inclui um plano de mobilidade, que permite que o Metro Ligeiro de Mirandela continue a assegurar o transporte aos cerca de 80 mil passageiros entre Mirandela e Cachão.
José Silvano, presidente da Câmara de Mirandela, disse ao DN que a partir de Janeiro de 2012, a CP compromete-se a financiar o Metro com 240 mil euros anuais e a REFER ficará com a responsabilidade da manutenção da linha. À autarquia de Mirandela caberá a exploração do serviço.
Ainda segundo o presidente da Câmara, este acordo manter-se-á ate à conclusão da barragem do Tua, daqui a cerca de quatro anos, passando depois a responsabilidade do metro para a Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua, constituída pelas cinco autarquias, Instituto Conservação da Natureza e Biodiversidade e EDP, mas aí com a responsabilidade do transporte entre Mirandela e a estação do Tua.
"Espero que o protocolo seja cumprido pela parte da CP e da REFER. Se em algum mês falhar a verba acordada o metro encerra de imediato", avisa José Silvano.
O metro de Mirandela foi criado em 1995 para fazer o percurso urbano de quatro quilómetros, entre a cidade e Carvalhais, e quando se perspectivava o encerramento da Linha do Tua, em 2001. Foi celebrado um contrato com a CP que estabelecia o pagamento anual de uma verba ao Metro de Mirandela pelo transporte na extensão total da linha. No entanto, dois acidentes com quatro vítimas mortais, os últimos há três anos, provocaram a interdição de circular na linha entre o Tua e o Cachão, sendo o restante percurso feito por táxis, suportados pela CP. No entanto, desde o início do ano, este encargo passou para o Metro de Mirandela que considerou o custo insustentável.
Face à demora em assinar o plano de mobilidade previsto para o vale do Tua - uma das contrapartidas pela construção da barragem do Tua - José Silvano chegou a ameaçar parar o metro de Mirandela no final deste ano.
Para o autarca a situação era insustentável "pois a câmara municipal não podia continuar a suportar os dez mil euros de prejuízo mensal para assegurar o transporte na linha do Tua, por Metro entre Mirandela e o Cachão, e através de uma frota de táxis até ao Tua, que custava à autarquia cerca de 130 mil euros mensais.

por José António Cardoso/DN

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O que vai mudar no IRS em 2012

Na entrega da declaração de IRS vão haver mudanças nas deduções no que diz respeito à habitação, saúde e educação. Desde logo porque passa a existir um teto máximo de despesas, de acordo com os rendimentos.

Fotografia da Nasa mostra contraste entre o Interior e o Litoral de Portugal

Tirada do espaço, esta fotografia da Nasa mostra claramente a concentração da população no litoral português. É uma foto noturna da Península Ibérica, onde é possível ver de forma evidente a concentração humana através das luzes de iluminação pública.

A Christmas Story - Journey Of The Angels

Bragança: Zécthoven

 Academia alia paixão pela música com amizade.

Bragança: Bancas de tradições

IV Feira de Artesanato e Produtos da Região.

Memória da moeda dos reis-30-12-2001-SIC

Edifícios de interesse em Bragança

GOVERNO CIVIL
O edifício foi implantado na cerca do convento das freiras de S. Bento. Aquando da sua construção, para permitir a visualização do edifício, foi demolido parte do coro da igreja. Foi concluído, sob a égide do Estado Novo; em 1937 as obras estavam praticamente acabadas.
Fonte: Bragança Cidade (Publicação da CMB)
SOLAR DOS LOUSADAS SARMENTO
Também chamada Casa dos Quintelas por ter sido adquirida – anos 30 – pelo Dr. Manuel Miranda e por uma sua irmã, mulher do Dr. António Pires Quintela, reitor do Liceu. Solar seiscentista, provavelmente mandado construir pelo fidalgo espanhol, Domingos da Ponte Galego, casado com uma senhora ilustre brigantina. O edifício teria sofrido uma significativa intervenção em 1710. Na altura, o morgadio andava nas mãos de Francisco José de Lousada Sarmento. Em 1801 foi concedida autorização para oratória particular. Ostenta dois brasões exteriores e um pintado no interior com armas dos Ferreiros, Lousadas, Sarmentos e Morais.
Hoje, após recuperado pelos actuais proprietários, funciona como unidade de Turismo de Habitação.

Fonte: Bragança Cidade (Publicação da CMB)
SEDE PORTUGUESA DA FUNDAÇÃO REI AFONSO HENRIQUES
Projectado pelo Arq. Adães Bermudes, foi construído em I1903 - 1904, no local onde se havia erguido a Igreja de S. João - que dava nome ao largo. Dos meados do séc. XIII há referências documentais à freguesia de S. João, que aqui devia estar sediada. Apesar das diversas intervenções, durante o séc. XVIII, não foi possível controlar os efeitos da ruína que atingiu o templo. Posteriormente, reduziu-se a uma capela, que o Banco de Portugal comprou para construir a sua sede. (Em 1902, os Sepúlvedas eram titulares da capela. Venderam-na ao Banco de Portugal por quinhentos mil réis). Cerca de 20 anos decorridos, o banco deixa devoluto este edifício, transferindo-se para a Rua 1.º de Dezembro (onde, depois, se instalaria a escola do Magistério Primário) e, em 1947, para o Solar dos Veiga Cabral (já propriedade do nobilitado Sá Vargas) que, entretanto, havia sido recuperado.
Adquirido pela Câmara Municipal (1989) foi restaurado (1999) para instalar o "Gabinete Técnico Local" (G.T.L). Em 2008 sofre obras de remodelação para aqui acolher a Sede da Fundação Rei Afonso Henriques.
Fonte: Bragança Cidade (Publicação da CMB)
CASA DOS FIGUEIREDOS
Edificação setecentista com pedra de armas na esquina do cunhal; o brasão ostenta as armas dos Pintos, dos Figueiredos, dos Sarmentos e dos Fonsecas.
Da simplicidade arquitectónica, sobressai a cornija, constituída por três fiadas de telha. Expropriado o edifício ao seminário, com a República, aqui funcionou o Curso Teológico (1912 a 1916).
Fonte: Bragança Cidade (Publicação da CMB)
SOLAR DOS TEIXEIRAS
Edifício dos fins do séc. XVII que tem a particularidade de apresentar "mezanino" no andar superior da fachada voltada para a rua. As aberturas do andar nobre ostentam aventais, nos quais se lavraram volumes tratados sob a forma de pontas de diamante. Adquirido e remodelado (1994-96) pela Câmara Municipal, alberga a Biblioteca Dr. Águedo de Oliveira / Fundação "Os Nossos Livros".
Fonte: Bragança Cidade (Publicação da CMB)
EDIFÍCIO DO PRINCIPAL
Em 1791, o Ten. Cor. Eng.º José de Morais Antas Machado traçou o risco para um novo edifício militar, destinado à Guarda Principal que, com ligeiras alterações do projecto inicial, seria construído na Praça de S.Vicente. As novas instalações prestigiavam o Corpo da Guarda Principal até então estabelecido numa modesta casa situada na Rua Espírito Santo, actual Rua Abílio Beça.
Actualmente é sede da "Liga dos Combatentes" .
Fonte: Bragança Cidade (Publicação da CMB)
LARGO DO PRINCIPAL - PRAÇA DE S. VICENTE
(Também conhecida por praça Velha, por praça de Baixo e Largo General Sepúlveda). Ladeiam-na a Igreja de S. Vicente e o Edifício do "Principal”. No centro, o Monumento aos mortos da I Grande Guerra. Do lado oposto ao da Igreja é visível parte de um portal armoriado, que nobilitava o edifício da antiga cadeia civil. Na Baixa Idade Média, alguns espaços (principalmente pelo surto do comércio) ganham importância. A partir do recinto muralhado contam-se vários centros: Praça de S. João, Largo de S. Francisco, Praça de S. Vicente...
Nos finais do séc. XV e inícios do séc. XVI começa a afirmar-se a supremacia económica do arrabalde em detrimento da vila e, no séc. XVII, é já dominante. Consolida-se nestes tempos, uma malha urbana essencialmente ligada às exigências da racionalidade militar, com predomínio da linearidade (eixos principais que acabam em praças). Outra característica é, ainda, a presença da igreja na praça pública, apesar de, muitas vezes, fazer parte do alinhamento dos edifícios. A estrutura urbana exterior às muralhas da “vila” caracteriza-se por esta traça urbanística (que tão bem se detecta neste largo). A praça de S. Vicente - formada, porventura, pela confluência de ruas - vê aumentar a sua plurifuncionalidade (aqui era local de feiras onde se venderam, durante muitos anos, as cebolas, os pimentos - renovo - na altura da Feira das Cantarinhas).
Fonte: Bragança Cidade (Publicação da CMB)
CASA DO ARCO - SOLAR DOS PIMENTÉIS
Uma das melhores casas apalaçadas de Bragança que foi pertença da família dos Morais, Pimentéis e Bacelares, é um bom exemplar da arquitectura civil de seiscentos, terminando, do lado poente, em torreão.
Nos fins do séc. XVII (1694) o Mestre de Campo Domingos de Morais Madureira Pimentel obteve autorização para construir a abóbada / arco que lhe permitiu unir as casas que tinha de um e do outro lado da estreita rua (viela).
Pouco antes de 1815 o solar foi intervencionado e acrescentado, tendo as obras corrido por conta da Viscondessa de Mirandela, na altura, titular do morgadio.
Fonte: Bragança Cidade (Publicação da CMB)
CASA DOS MORGADOS
Uma das boas casas da Rua Direita. Deve tratar-se de uma construção oitocentista. Era uma das casas da família Sá Vargas, burgueses que alcançaram a comenda da Ordem da Cruz de Cristo.
Fonte: Bragança Cidade (Publicação da CMB)
CASA DA ANTIGA CÂMARA MUNICIPAL
Edifício setecentista , adquirido (1864) aos descendentes de um rico burguês de apelido Pereira, oriundo de Lagoaça e que vivia no Porto, para nele se instalar a Câmara. O primeiro museu, essencialmente arqueológico, denominado Museu Municipal, "viveu" no rés-do-chão. Foi inaugurado em 1897, sendo seu Director o Coronel Albino Lopo.
Fonte:Bragança Cidade (Publicação da CMB)
CRUZEIRO E PRAÇA DA SÉ
A emblemática cruz - precoce peça escultórica de fuste serpenteado - foi colocada na praça nos fins de seiscentos, para substituir uma outra aí existente.. Apresenta no pedestal, com a inscrição (I.H.S.), a data de 1689. O Cruzeiro é coevo do janelão do lado poente da Igreja. É conhecido o seu peregrinar: levado para junto do cemitério I (1875), foi reconstituído e restituído (em 1931) ao seu lugar de origem, por iniciativa do "Grupo de Amigos dos Monumentos e Obras de Arte de Bragança". O crescimento da malha urbana, nos fins do séc. XV, devia já chegar a esta praça. Em quinhentos (na segunda metade) e, em especial, em seiscentos, dá-se um alargamento acentuado da área urbana. No séc. XVIII, o aumento populacional e o acréscimo da importância económica e administrativa da urbe são responsáveis por significativas alterações que afectam, sobretudo, as artérias mais dinâmicas (ruas de Trás e Direita e praça da Sé). Nesta praça - e desta praça - é bem visível a maneira como se consolida este outro tipo de malha urbana mais aberta, " mais ligada à dinâmica da racionalidade comercial". Pelas características deste novo modelo de aglomerado (ruas mais largas, rasgadas perpendicularmente às curvas de nível, seguindo, no geral, a direcção nascente/poente, desembocando numa praça) há um enriquecimento da funcionalidade do arruamento: as praças e logradouros (que "quebram a linearidade") assumem-se como espaços multifuncionais. A praça da Sé - dominada pela igreja - a partir dos últimos anos do séc. XVIII, tornou-se progressivamente o "coração da urbe". Em 1864 ainda aí funcionava um mercado diário de "cereais e todos os géneros comestíveis".
Fonte:Bragança Cidade (Publicação da CMB)
SOLAR DOS CALAÍNHOS
Casa setecentista, armoriada, com tectos de talha em alguns compartimentos e balcões assentes em mísulas esculpidas que recordam máscaras. Sobretudo no piso térreo, tem sofrido grandes intervenções para funções comerciais. Escudo em quartéis com as armas dos Sarmentos, Pimentéis, Morais e Ferreiras. Embora não tenha sido o fundador, a casa foi pertença do General João Sarmento Pimentel que, na Guerra dos Sete Anos (meados do séc. XVIII), como combatente, teria andado por Calais; os soldados, por o acharem parecido com os habitantes dessa localidade, alcunharam-no de Calaínho.
Fonte:Bragança Cidade (Publicação da CMB)
CLUBE DE BRAGANÇA
O edifício era conhecido pelo "Redondo". Em 1911 dá-se a fusão do Centro Republicano com o "Clube de Caçadores", conservando o nome de "Centro Republicano Emídio Garcia" (que passa a ocupar parte do prédio). Em 1935, após uma inevitável revisão dos estatutos, a designação foi alterada para Clube de Bragança. No rés-do-chão, onde havia uma loja comercial, instalou-se nos fins dos anos 20, o café Chave d'Ouro.
Fonte:Bragança Cidade (Publicação da CMB)
SOLAR DOS VEIGA CABRAL OU SOLAR DOS SÁ VARGAS
Também conhecido pelo Solar dos Veiga Cabral e Solar dos Sá Vargas, é uma construção setecentista, de linhas vincadamente horizontais. Em 1764, era seu proprietário o fidalgo Francisco António da Veiga Cabral, ascendente do Bispo D. António da Veiga Cabral da Câmara. Pelos meados do séc. XIX, era pertença do Conselheiro e Ministro de Estado Sá Vargas.
A fachada e o interior sofreram profundas alterações. Em 1947, após remodelado, aqui se instalou a agência do Banco de Portugal.
O edifício foi adquirido (2001) pela Câmara Municipal.”
Após concluídas obras de recuperação e ampliação, com projecto do Arquitecto Souto Moura é inaugurado dia 30 de Junho de 2008. É constituído por um núcleo de exposições permanentes, distribuído por sete salas, dedicado à pintora Graça Morais. O núcleo de exposições temporárias acolhe exposições de referência nacional e internacional. Tem como parceiros a Fundação de Serralves e o Museu Baltasar Lobo, em Zamora, pelo desenvolvimento do Projecto de Cooperação Transfronteiriça entre as cidades de Bragança e Zamora.
AUDITÓRIO PAULO QUINTELA
A casa que foi do Visconde de Ervedosa (filho do Tenente - General Sepúlveda) preparou-se, em 1910, para receber o Rei D. Manuel II durante a visita à cidade, que, no entanto, não se chegou a realizar.
Em 1942, o edifício foi adquirido para Sede do Município, onde se manteve até 1982. Recuperado para "Centro Cultural", serviu, primeiro, a instalação da Presidência da República (Presidência aberta de Mário Soares - Fevereiro de 1987). Hoje, após a abertura do novo Centro Cultural, localizado na Praça da Sé, este edifício funciona como Auditório, que serve a Assembleia Municipal e, nas restantes dependências, o Arquivo Municipal.

Bragança Cidade (Publicação da CMB)

Mogadouro:Plano de Investimento do município ronda os 22 milhões de euros

A Câmara de Mogadouro inscreveu 22 milhões de euros no seu plano de atividades para 2012, que assenta em três grandes áreas, abarcando as funções sociais mais de 62 por cento do investimento.
"Verificamos que o plano de investimento assenta em três rubricas: as funções gerais com 674.513 euros e 5,65 por cento do investimento; as funções sociais com a maior fatia de 7.423.248.00 euros que corresponde a 62,19 por cento e as funções económicas com mais 3.839.188 euros, correspondendo a 32,16 por cento", contabilizou o vereador António Pimentel.
No campo social, 2012 será um ano "decisivo" para a resolução de parte dos problemas de habitação social, com construção de 22 novas casas para colmatar algumas lacunas na sede de concelho, orçadas em mais de um milhão de euros.
"A construção e reparação de habitações socais e aquisição de uma viatura para a Loja do Cidadão constituem outra parcela do investimentos", acrescentou o autarca.
O apoio ao ensino e aos alunos do concelho têm igualmente um peso económico nos encargos financeiros anuais da autarquia transmontana, como é caso do pagamento dos transportes escolares, refeições e manuais escolares entre outros.
Os investimentos, no que diz respeito a alguns ponto considerados de "vital importância" para o desenvolvimento do concelho, tais como em unidades destinadas a indústria e energia e a construção da terceira fase da zona industrial de Mogadouro, bem com o a liquidação da obra de construção de uma unidade transformação designada por núcleo do cozinhas tradicionais, observem grande parte da verba destinada a esta rubrica orçamental.
"A construção e pavimentação de algumas estradas do concelho, recuperação ambiental da ribeira do Juncal, o Centro e Interpretação de Produtos da Terra aliado ao restaurante a construir no recinto municipal de exposições são outros exemplos de investimentos de vulto.
Segundo o vereador, a câmara de Mogadouro vai fechar o ano 2011 sem dívidas a curto prazo, quer a fornecedores, quer a empreiteiros.

in:rba.pt

Festival de Ano Novo em cafés, museu e biblioteca

Cafés, uma torre medieval, biblioteca, museu e teatros vão ser palco para os 41 concertos do Festival de Ano Novo (FAN) que decorre em Janeiro, em Vila Real e Bragança, para divulgar a música clássica pela região.
O director do teatro de Vila Real, Vítor Nogueira, disse hoje que o FAN arranca a 01 de Janeiro com um concerto que dá as boas vindas ao novo ano e que será protagonizado pela Camerata NoVNorte, um ensemble de cordas que conta com dezassete instrumentistas.
O destaque desta sexta edição vai para os concertos do pianista Pedro Burmester. Em Trás-os-Montes atuam ainda os quartetos Portocello e Quinta Corda.
Sob o lema, "Música séria para gente divertida", o FAN pretende chegar a públicos de todas as idades e de todos os gostos e ao mesmo tempo incentivar o turismo cultural neste território.
É que, para além de ser um festival de música clássica, Vítor Nogueira salientou que o certame se "constitui também como um roteiro turístico e cultural", com três objectivos fundamentais: proporcionar um acesso descontraído à música erudita, descentralizar geograficamente a oferta de espectáculos e dinamizar espaços de interesse histórico, arquitectónico e cultural.
Os palcos escolhidos são a Torre de Quintela, uma torre medieval localizada em Vila Marim (Vila Real) que foi erguida sobre um maciço rochoso e está classificada como monumento nacional desde 1910. Ainda o Museu da Vila Velha e a Biblioteca de Vila Real, edifícios projectados pelo arquitecto Belém Lima, bem como os teatros de Vila Real e Bragança.
Nesta edição do FAN a novidade é a rubrica "Café Vienense", que apresentará pequenos concertos informais em cinco cafés do centro histórico de Vila Real e ainda no café concerto do teatro municipal.
Procura-se assim, segundo o responsável, ir ao encontro de "públicos inesperados", evocando simultaneamente o espírito de Viena de Áustria com um repertório baseado nas valsas de Johann Strauss.
Para os mais pequenos a organização preparou duas propostas: "AliBaBach", um espectáculo da Companhia de Música Teatral dirigido a bebés acompanhados pelos pais, e os "Concertinhos", dirigidos ao público escolar e que, este ano, decorrerão nos estabelecimentos de ensino.
Organizado pelos teatros de Vila Real e Bragança, o FAN decorre durante todo o mês de Janeiro, apostando em espectáculos durante o dia.
Esta edição conta com um orçamento de cerca de 30 mil euros.
Para 2012, o Teatro de Vila Real vai sofrer uma diminuição no seu orçamento que se poderá repercutir na quantidade de espectáculos a programar mas não, segundo salientou Vítor Nogueira, na qualidade.
in:dn.pt

Unidades de saúde de Bragança dispensam 179 médicos e técnicos

179 pessoas com contratos de prestação de serviços nos centros de saúde do distrito de Bragança e nas três urgências básicas correm o risco de serem dispensadas no final do ano. Ao contrário do que vinha a acontece nos últimos meses, os contratos em vigor não se prorrogam para o próximo ano.
A prenda amarga foi comunicada através de correio electrónico, na passada segunda-feira, pelo director em exercício do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Nordeste aos coordenadores dos centros de saúde.
Vítor Alves alega que apenas está a respeitar uma decisão da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte. "Na passada quinta-feira, fui informado que não haveria lugar a renovação das aquisições de serviços que estavam a ser prorrogadas de mês a mês, nos últimos tempos", justifica.
No total, na área de abrangência do ACES Nordeste - 15 centros de saúde do distrito de Bragança e serviços de urgência básica de Mogadouro, Vila Nova de Foz Coa e Macedo de Cavaleiros - são 179 pessoas que vão ficar no desemprego, 123 das quais são auxiliares. Os restantes 56 contratados são administrativos, médicos, técnicos superiores de saúde, fisioterapeutas, radiologistas e outros especialistas.
Vítor Alves chega mesmo a reconhecer que algumas unidades de saúde podem vir a ter constrangimentos nos serviços. "O caso mais grave será o Serviço de Urgência Básica de Vila Nova de Foz Côa, já que o apoio administrativo e o serviço de RX apenas estão assegurados por pessoal contratado em regime de aquisição de serviços", explica.
Confrontada com este caso, a ARS Norte, através do seu assessor de imprensa, respondeu que a administração solicitou, com carácter de urgência, ao director do ACES Nordeste e ao presidente do conselho clínico, uma avaliação dos serviços que ficam em causa, se não se mantiverem os postos de trabalho do pessoal contratado em regime de aquisição de serviços.
Só depois poderão ser tomadas decisões definitivas.
Fica evidente a descoordenação entre estes dois organismos, tendo em conta que, todos os meses, os respectivos contratos com as empresas prestadores de serviço têm sido prorrogados após uma prévia aceitação da ARS Norte.
Vazio directivo na Unidade Local de Saúde preocupa autarcas
Esta falta de respostas na questão das renovações de contratos a enfermeiros e auxiliares administrativos e na diminuição da qualidade de prestação de cuidados de saúde nos hospitais e centros de saúde do distrito de Bragança, estão a provocar uma enorme indignação nos autarcas, responsabilizando o Governo pela demora na nomeação da nova administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste. "É urgente que aconteça a nomeação, porque não podemos pedir responsabilidades a ninguém", afirma a presidente do município de Alfândega da Fé.
"Isto está a aumentar o desemprego na nossa região e a levar ao encerramento de alguns serviços e parece que ninguém está capaz para resolver o problema", adianta Berta Nunes, antiga coordenadora do ACES Nordeste.
Recorde-se que a criação da ULS do Nordeste já foi publicada em Diário da República, há meio ano, mas até agora o Governo ainda não nomeou a administração que vai gerir os três hospitais do distrito de Bragança, os 15 centros de saúde e as três urgências básicas.
Esta nova entidade acaba por ser o resultado da extinção do Centro Hospitalar do Nordeste e do ACES Nordeste, mas as suas administrações ainda continuam em exercício, se bem que limitados na hora de tomar medidas.

in:jn.pt

Tradições do Natal transmontano

Uma das mais importantes tradições do Natal transmontano assinala-se por estes dias na aldeia em Vinhais. A festa de Santo Estevão, mais conhecida pela festa dos rapazes, é uma mistura de sagrado e profano com reis, gaiteiros e mascarados.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Choronica de Bragança

Aquele que terá sido, porventura, o número um do primeiro jornal de Bragança.

Como pregar pregos em superfícies duras


Lagares de azeite no centro da polémica em Bragança

Os lagares de azeite poderão estar a poluir as águas da ribeira de Frieira, em Bragança. Os habitantes estão descontentes.

Dia de Santo Estêvão comemorado em Bragança com almoço de sardinhas

Na aldeia de Parada, em Bragança, cumpriu-se mais uma vez a tradição no dia de Santo Estêvão. Todos os anos é organizado um almoço comunitário que tem como prato principal a sardinha.

Será que venceremos a crise?

    OPINIÃO - Jorge Lage
Estamos numa situação de dependência quase total do exterior, devido a uma política irresponsável, fraudulenta e criminosa, sobretudo dos últimos seis anos. Como é possível sermos tão estúpidos e mantermos um demagogo no desgoverno do país enquanto nos arrastava para o precipício?
Estamos como uma bicicleta velha presa por arames que ao mínimo solavanco se desfaz.
Mas, adiante. O que eu vos queria contar é a visão do sábio Luís, que tem a experiência de uma vida já com muitos outonos. Em tempo de castanhas, sentei-me ao lado do Luís para ouvir os seus saberes sobre castanhas mas antes desabafou: - senhor Lage, não vamos vencer a crise! Não vamos lá!
Mas, eu que tenho visto o actual Primeiro-Ministro determinado achava que o velho Luís estava a ser pessimista e perguntei-lhe: - Não? Então porquê, senhor Luís?
- As silvas continuam por aí a crescer. – Respondeu ele.
Achei curioso tomar como indicador da nossa vontade o crescimento das silvas nos soutos, nos caminhos e nos campos cultivados. Mas, fiquei sem argumentos, porque sei bem o estado de abandono dos campos agrícolas. Medida talhada, há três décadas, pelo actual Presidente da República, que, quando Primeiro-Ministro fez o papel de «prostituto» dos interesses dos senhores da Europa avarenta.
Andava a pregar que para sermos um país evoluído tínhamos de abandonar os campos e o mar que sempre foram a base do nosso sustento. Foi, também, com a passividade dele que começou a grande corrupção que hoje grassa e que os remediados vão pagar.
Depois foi a demagogia guterrista a instituir o rendimento mínimo para todos os mandriões e não, apenas, para os que não podem trabalhar.
Por isso, quase não há nas nossas aldeias quem queira ganhar uma geira porque ao fim do mês lá vem contadinho. Há gente que indica um sem número de filhos, que não possui, e até dá para comprarem bons mercedes e andares a render (sem passarem recibo, claro).
Mas, vamos ao momento que atravessamos e que nos está a empurrar, principalmente aos remediados, para a pobreza. Os Alemães levantaram-se, a seguir à Segunda Grande Guerra, dos escombros e são, novamente, a economia mais forte da zona euro. Nós que estamos com a corda no pescoço, não se houve falar aos trabalhadores em mais produtividade. Só em ganhar mais, como se o dinheiro viesse de algum poço sem fundo.
Todos queremos ganhar mais. Nós, os reformados, dava-nos muito jeito um pequeno aumento, em vez de nos ser retirado algum do pouco a que temos direito. Mas, entre recebermos algum e um dia próximo chegarmos ao mês seguinte e não termos lá nada, é melhor irmos andando.
Custa-me a crer que os muitos dos dirigentes políticos, sindicais e corporativos sejam honestos e sinceros, com eles próprios, quando reivindicam melhores salários ou regalias. Só se ouve falar em direitos e nada em deveres. Ninguém fala em querer ajudar a levantar o país e dando algo mais de si para bem de todos.
Cada vez que se faz uma greve, na conjuntura de rotura financeira actual, damos um passo atrás. Por isso, repito, que não percebo muitos dos dirigentes políticos, sindicais e corporativos quando deviam mostrar vontade de colaborar, preferem o caminho da miséria para os mais pobres, talvez para um dia poderem vir com a ideológica tigela de caldo de uma teoria económica refalida.
Li no jornal «O Sol», a um seu quadro dirigente a dizer que só fez greve numa greve geral de outrora. O curioso da sua greve foi que trabalhou como nos outros dias e recusou-se a receber o salário desse dia. Parece-me que era um bom mote para uma greve geral consciente podia ser trabalhar e fazer greve ao salário, entregando-o ao Estado ou a uma instituição de solidariedade social para valer a quem, desesperadamente, precisa de uma pequena ajuda.
Estou reformado há três anos e continuei a trabalhar gratuitamente (mais que alguns que recebiam o salário), até há pouco, por que me foi solicitado, para o Ministério da Educação, sem, no final, haver um obrigado. Mas, se me fosse pedido mais trabalho voltá-lo-ia a fazer. Por que a ingratidão não é do país mas dos que se servem dele e nem sabem dizer obrigado ou uma palavra de estímulo.
Ainda não «arrumei as botas» estou há mais de quinze anos no Projecto Educativo dos Clubes da Floresta das Escolas à espera de quem, voluntariamente, queira ocupar o meu lugar.
Mas temo que o desabafo do velho amigo Luís Alves seja uma sentença condenatória para os que vivemos do magro salário ou da parca reforma. Afinal, as silvas continuam a crescer em Lebução ou em qualquer outra aldeia da nossa região. Ninguém, oposição, dirigentes sindicais e dirigentes partidários, mesmo os da nossa praça, fala em trabalhar mais e produzir mais para que nós, os mais novos e Portugal tenhamos um futuro sem as privações que nos começam a assustar. Ninguém deve gastar mais do que o que ganha.


in:http://www.jornal.netbila.net

Novo Livro «Cruzes de Guerra», de Henrique Pedro

O ilustre mirandelense, Henrique Pedro, depois de muita visibilidade em Mirandela, há anos que se remeteu ao «deserto» e ao silêncio. Mas, no deserto também se encontram oásis com belos frutos. Por isso, fez da musa poética «gostosa companhia». Aliás, quando era director do Instituto Piaget (pólo de Mirandela) veio a público, em 2001, com o livro «Poemas da Guerra de Mim e de Outrem» que muito apreciamos pela qualidade, e sabe do que fala, por que foi combatente na Guerra Colonial em Moçambique e foi militar de carreira com a patente de tenente-coronel.
Não mais parou, publicando mais cinco títulos. Agora, oferece-nos «Cruzes de Guerra - (Romance do fim do Império)» um livro que foca a guerra colonial e que aborda de uma forma original, com leveza como se fosse um rio suave em leito encantador. A mim encanta-me a leitura que já comecei e que quero acabar quanto antes. A capa belíssima, reproduz um quadro que retrata uma viúva negra angolana e na contracapa um excerto do prefaciador, General Chito Rodrigues, que nos diz: «A figura dominante é um alferes, depois (…) capitão apaixonado, (…) Henrique Pedro recria na sua ficção, na sua verdade, personagens e heróis.»
A acção deste romance passa-se em Trás-os-Montes e pelos principais continentes por onde foi escrita a nossa grandiosa epopeia dos Descobrimentos. No Prefácio lê-se: «é uma obra que trata e retrata o amor e a guerra. O amor como “energia de retorno ao Absoluto”». Pelos capítulos iniciais que já li deixaram-me entusiasmado com esta valiosa «cruz de guerra» que não esquece os contentores e o êxodo de Angola para Portugal de muitos portugueses e angolanos num período que não nos orgulha, pelo menos pela forma como foi ditado. «Cruzes de Guerra», lê-se no Prefácio, respira tranquilidade que emana duma «escrita deliciosa e promotora de valores, valores superiores, fazem deste livro um romance (…) um livro de sempre.» Por isso sinto-me lisonjeado ao ter sido convidado para fazer a apresentação deste belo romance em Mirandela, no Núcleo dos Combatentes, no dia 22 de Dezembro de 2011. O livro pode ser solicitado para: hacpedro@hotmail.com

por:Jorge Lage
in:http://www.jornal.netbila.net