quarta-feira, 28 de setembro de 2011

TAC do hospital de Mirandela avariado há mais de um mês

O hospital de Mirandela está sem TAC há cerca de um mês, devido a uma avaria da ampola que faz os disparos. A administração diz estar a espera de um relatório técnico para saber qual a melhor solução a adoptar para que a unidade hospitalar volte a ter este exame complementar de diagnóstico. Enquanto isso não acontece, estima-se que cerca de 600 pessoas já tenham sido encaminhadas para o hospital de Macedo de Cavaleiros.
Uns para realizar os exames previamente marcados para o hospital de Mirandela, outros que são episódios de urgência com necessidade de realizar um TAC.
Desde o dia 26 de Agosto que o TAC deixou de funcionar, já que a ampola que faz os disparos dos exames complementares de diagnóstico por imagem avariou. Para que o aparelho de tomografia axial computorizada volte a funcionar é necessário, pelo menos, adquirir uma nova ampola, cujo valor é superior a 80 mil euros. No entanto, a administração do Centro Hospitalar do Nordeste diz ter pedido um relatório técnico para avaliar outras soluções que pode até passar pela contratação de uma empresa que preste o serviço de TAC, como explica José Cardoso, vogal da administração. 
“Tivemos informações de que estava avariado e já pedimos orçamentos para reparação ou eventual substituição”, explica, adiantando que o valor de reparação pode ascender aos “200 mil euros”, dizendo que “já nem sequer se põe a questão da ampola, já são placas e outras coisas” e que o orçamento “quase atinge o valor de um equipamento novo”.
Segundo apuramos, esta avaria já era previsível há algum tempo, tendo em conta que a ampola fez quatro vezes mais disparos que o normal. A duração temporal da ampola é de aproximadamente 600 mil disparos e o TAC do hospital de Mirandela já tinha efectuado dois milhões e 300 mil disparos. Para além disso, por norma, este tipo de aparelhos necessitam de uma manutenção periódica, principalmente depois de três anos de vida, mas, ao que apuramos, não havia qualquer contrato com uma empresa de manutenção, situação que José Cardoso não quis abordar. Com uma média diária de 25 TAC’s, entre exames marcados e episódios de urgência, os utentes estão a ser encaminhados para efectuar os exames no hospital de Macedo de Cavaleiros. José Cardoso avança que os médicos de família estão avisados para solicitarem TAC’s, apenas em casos urgentes, caso contrário, os utentes vão para a lista de espera. 
“Os utentes estão a ser encaminhados para Macedo, a expensas do CHNE. Tudo o que é atendimento aos utentes está a ser tratado. Nos casos em que os médicos dos centros de saúde entendem que não é urgente, o utente fica em lista de espera.”
Como ainda não há datas para a situação ficar regularizada, os doentes que dão entrada na urgência do hospital de Mirandela e necessitem de um TAC, que habitualmente estava a escassos metros do serviço de urgência, vão ter de ser transportados de ambulância e com um enfermeiro, para a unidade de Macedo de Cavaleiros, numa viagem de 50 quilómetros, ida e volta, e com os custos a serem suportados pelo CHNE e com os transtornos inerentes para os doentes. 
Hospital de Mirandela sem TAC há um mês e sem previsão para voltar a ter este aparelho de tomografia axial computorizado que serve cerca de 600 pessoas por mês.
Escrito por CIR
in:brigantia.pt

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