segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Câmara de Bragança extingue empresa municipal

O mercado abastecedor de Bragança foi extinto. Pelo menos, enquanto empresa municipal. Nove anos depois da sua criação, o Mercado Municipal vai agora ser incluído na estrutura da autarquia.  “Porque a empresa, tendo como único accionista o município, deixa ter sentido”, diz Jorge Nunes, salientando que “há mais de 200 postos de trabalho naquele espaço”, considerando, por isso, “positivos”, os nove anos de mercado municipal.
O presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, está convencido que, apesar de ser agora extinta, esta foi uma boa aposta.“Foi uma aposta que correu bem, construindo um moderno equipamento, no âmbito da modernização do sistema de abastecimento público. A câmara iniciou uma parceria com a Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores. Concretizado o projecto, a empresa saiu do projecto e, a partir desse momento, iniciámos um processo de reflexão.
Este ano aprovámos reestruturação de serviços que contemplou a possibilidade de acomodar a transferência” do mercado.Jorge Nunes garante que esta integração nos serviços da autarquia não vai ter implicações no funcionamento do espaço do Mercado Municipal de Bragança.“vai funcionar com o mesmo pessoal e com as mesmas funções. Só não vai haver um conselho de administração, que nem custava dinheiro”, frisou.A extinção da empresa foi aprovada na última Assembleia Municipal de Bragança. Apesar de merecer a sua aprovação, a oposição considera que é uma medida que já chegou tarde.“Por um lado, consideramos que não há alternativa.
Mas o mercado nunca cumpriu a função para o qual foi criado”, diz Luís Pires, do PS. José Brinquete, da CDU, frisa que a câmara municipal “vai para uma solução que já propusemos há vários anos. A câmara vem para as posições da CDU, mas tarde de mais”, vincou. Por sua vez, Guedes de Almeida, do CDS, considera que se trata de um “luxo do actual presidente e que, como outras, não tem gente”. Já Luís Vale, do Bloco de Esquerda, diz que “foi este Executivo e este presidente de câmara, que matou o único mercado municipal que Bragança possuía”.João Lourenço, do Movimento Independente Sempre Presente, escusou-se a comentar.
Para as contas da câmara municipal transitam também 1,1 milhões de euros de dívida do Mercado e um activo de cerca de 4,8 milhões de euros.


Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt

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