domingo, 30 de junho de 2013

Portugal Lendário» para contrariar um país aborrecido

O escritor José Viale Moutinho afirma que «um país sem lendas é um aborrecimento, é capaz de nem existir», e neste sentido reuniu no livro «Portugal Lendário» lendas de 323 localidades portuguesas.
De Amares a Vila Franca do Campo, o escritor regista as lendas das diferentes localidades, algumas com mais do que uma lenda, como Barcelos que, além do galo que depois de assado cantou e livrou da morte um peregrino inocente, tem também a das três cruzes que é ainda hoje mote para uma romaria que abre a temporada destas festas religiosas no Minho. 
As lendas são apresentadas seguindo a ordem alfabética das localidades onde a sua memória persiste e estas pelas distintas províncias - do Minho ao Algarve -, e regiões autónomas.
Na introdução de «Portugal Lendário - Tesouro da Tradição Popular», Viale Moutinho atesta que Portugal tem «lendas a rodos por toda a parte». 
Para este grande número de lendas não é alheio o facto de Portugal ter «uma História rica em acontecimentos», sendo que «as lendas vivem exactamente disso», isto é, «do desenvolvimento onírico dos acontecimentos».
No caso da Península Ibérica, a ocupação árabe também fomentou a imaginação popular de míticos tesouros e palácios encantados, assim como de «princesas louras».
Outro filão que alimentou a imaginação popular, escreve Moutinho, são os tesouros de piratas, a par das vidas de santos, um rol de milagres e intervenções divinas, contadas de geração em geração durante os séculos.
Para este livro, editado pelo Círculo de leitores, Viale Moutinho contou com as recolhas feitas por Teófilo Braga, Leite de Vasconcelos e Tomás Pires, assim como investigadores locais como João da Silva Correia, de São João da Madeira e Abílio Pereira de Carvalho, de Castro Daire, não excluindo as obras «Romanceiro», de Almeida Garrett e «Lendas e Narrativas», de Alexandre Herculano, mas também com a acção da imprensa, como o caso do Entroncamento.
Segundo Viale Moutinho «o legendário [do Entroncamento] assenta em fenómenos “desenterrados” por um correspondente de jornais que não encontrava notícias para dar, num lugar onde nada parecia querer acontecer».
Deve-se a fama dos «fenómenos do Entroncamento» a Eduardo O.P. Brito, correspondente para todos os jornais de Lisboa, Coimbra e Porto.
«O primeiro fenómeno foi um melro banco» que este «jornalista» descobriu e noticiou, seguindo-se uma galinha com quatro patas, um carneiro com cinco chifres, uma laranja do tamanho de uma abóbora, seguidos de uma «fiada de fenómenos do Entroncamento, que tanto sucesso fizeram em Portugal e lá fora», tendo sido até noticiados no France-Soir.
Defende o escritor que «numa época marcada pela globalização, este livro é, todo ele, uma aventura identitária, que ninguém, e por nenhum preço, nos pode retirar».

in:cafeportugal.net

Filme Portugues - O Leao da Estrela [1947]

Reino Maravilhoso - Miguel Torga - por Carlos Baptista

Desespero - jorge fernando

Padre Armando Azevedo de Trás-os-Montes ao Barreiro «A Igreja tem que se renovar e contribuir para se renovar a Europa»

“Agora, ao fazer 50 anos de ordenação, começo a olhar para trás, para aminha vida, fazendo um retrospectiva e sinto que Deus me conduziu, me ajudou e emparou, colocando à minha volta um conjunto de pessoas trabalhadoras, generosas, dedicadas, que realmente têm sido o apoio fundamental para alguma coisa se fazer aqui nesta freguesia” – refere o Padre Armando Azevedo, numa entrevista ao jornal «Rostos».
“O mundo Ocidental, principalmente a Europa, pelo menos os dirigentes deste mundo, entenderam que o paraíso se pode construir na terra prescindindo de Deus” - refere.
Padre Armando Azevedo, um homem de Trás-os-Montes, concelho de Mirandela, freguesia de Avidagos, onde nasceu no dia 21 de Março de 1934 – “posso dizer que tenho 79 Primaveras em cima de mim”, diz-nos com um sorriso, - “nasci no primeiro dia da Primavera”.
Recorda que as condições de vida na sua aldeia, no seu tempo de infância – “era um ambiente ainda do estilo medieval, que só mudou os costumes após a Grande Guerra e a chegada da televisão, com alterações na situação económica. Hoje existe um padrão de vida normal. Mas lembro as dificuldades do tempo da guerra, nomeadamente o racionamento dos géneros alimentares. Era uma vida difícil.”
Aguentávamos tudo porque já estávamos habituados
Para frequentar o Ensino Primária, refere que tinha que se deslocar cerca de 4 km, da sua aldeia até ao centro da freguesia.
“Era a pé que íamos e vínhamos, mesmo com neve, sobretudo gelo e o frio pela manhã, essa era a grande dificuldade. Mas aguentávamos tudo porque já estávamos habituados” – recorda.
Disse à minha mãe que gostava de ser Padre
“Eu andava na 3ª classe e recordo ainda hoje, perfeitamente, o local, o momento, quando disse à minha mãe que gostava de ser Padre. O Pároco da freguesia teve uma grande influência na minha decisão. Era um homem bom, com um grande prestígio na aldeia, nós tinhamos uma simpatia muito grande. Talvez, por isso, Deus serviu-se dessa circunstância para chamar-me ao sacerdócio” – refere.
Terminado o Ensino Primário ingressou no Seminário – “entre na Congregação dos Salesianos, em Poiares da Régua. Entramos nesse ano 72 crianças, chegámos ao fim, ao sacerdócio oito, desses oito estamos vivos três, os outros já faleceram e um deixou o sacerdócio”.
Fui ordenado sacerdote em Angola
Armando Augusto Azevedo é o seu nome de baptismo. Nome que manteve. No seu último ano de Teologia deixou a Congregação dos Salesianos, transferindo-se para a Diocese de Luanda.
“Fui ordenado sacerdote em Angola, onde estive durante treze anos, donde saí no período da descolonização, no ano de 1975 vim para o Barreiro.” – refere.
Uma guerra que estava a ser preparada
O Padre Armando Azevedo viveu a guerra colonial – “na zona onde estava fazíamos uma vida normal, existiam umas bolsas de guerrilha, que estavam perfeitamente localizadas, a população vivia a sua vida normal” – refere.
“Após o 25 de Abril é que tudo se modificou, a guerra generalizou-se por toda a Angola. Na terra onde eu estava, onde era Pároco – Dondo, no Quanza Norte – ali começou a Guerra Civil entre o MPLA e o FNLA. Recordo foi precisamente no dia 30 de Junho de 1975, às 9h35 da manhã, foi disparado o primeiro óbus que foi o despoletar de uma guerra que, notava-se perfeitamente, estava a ser preparada.” - refere Armando Azevedo, sentindo-se emoção nas suas palavras.
Estive 32 horas debaixo de fogo
“Estive 32 horas debaixo de fogo, sentindo o tiroteio e andar a correr de um lado para outro, a salvar pessoas e levá-las para um local combinado. Era um hotel, de 48 camas, onde estavam cerca 800 pessoas, sem água, sem alimentação. Passámos dias difíceis” – refere com emoção. 
“Ali, um grupo do MPLA, comandado por um jovem de uns 16 anos, foi incomodar-nos e foi preocupante e um caos” - salienta.
Cerca de 550 pessoas que participam nas Missas aos domingos
Regressou a Portugal nos «comboios aéreo da descolonização». Refere que veio directamente para o Barreiro porque, aqui, vivia uma sua irmã.
“Em 27 de Março de 1977, o Bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, convidou-me para tomar conta de Santo André. Nesse dia rezei a primeira Missa em Santo André.” – recorda.
Recorda que a sua integração inicialmente foi difícil – “no tempo do PREC, quando celebrei a primeira missa estava 26 ou 27 pessoas, começámos, nunca desanimámos, e Deus deu-nos a graça de abrir um caminho, com as comunidades da Paróquia, que foi um recomeço”.
“As coisas foram acalmando também e hoje pudemos dizer que temos cerca de 550 pessoas que participam nas Missas aos domingos, com regularidade” – salienta.
Não sou de nenhum partido
Na nossa conversa recorda que viveu algumas situações conflituosas, refere um dia, quando acompanhou um funeral de um militante do Partido Comunista Português – “eu sabia quem era a pessoa e a sua ideologia e fui fazer o funeral, mas quando chegámos ao cemitério, houve todo um aparato de exaltação do Partido Comunista, então, eu entendi, que tinha acabado as minhas funções. Não sou de nenhum partido, não podia estar a colaborar naquela situação, até porque se estava num tempo de eleições. Terminadas as minhas funções, fiz a encomendação e retirei-me, da parte de algumas pessoas, naquele clima de exaltação e entusiasmo, caiu mal, ao ponto de o Chefe Mira, tomar a decisão de vigiar a Capela, para evitar situações dado que existiam ameaças. Mas, não aconteceu mais nada”.
Ajudámos muitos jovens a procurar emprego
“Nós, ao longo dos anos temos procurado ter uma actividade regular na freguesia. A preocupação primeira foi encontrar instalações para desenvolvermos alguma actividade. Começámos aqui na Casa dos Rapazes, onde funcionava o Lar de Crianças e Jovens. Esse foi o nosso ponto de partida” - refere.
“Em 1984, criámos o Centro Social e Paroquial de Santo André, juridicamente instituído, depois começámos a pensar na construção de uma Igreja.
Fomos a primeira instituição, no Distrito de Setúbal, a promover Formação Profissional, no período após a entrada de Portugal na União Europeia. Durante quatro anos formámos jovens. Passaram por aqui 348 jovens, que aqui fizeram a sua formação profissional. Depois, perante as exigências legais, pois tínhamos que garantir emprego a metade dos formandos e não era possível. Terminámos essa actividade. Mas ajudámos muitos jovens a procurar emprego e a preparar-se para o mundo do trabalho.” – salienta Armando Azevedo.
Na Páscoa do próximo ano a Igreja deve estar concluída
“Em 1986, recebemos através do Centro Paroquial Padre Abilio Mendes um terreno que agora está ocupado pelo Parque da Cidade, fizemos então uma permuta de terrenos com a Câmara, em 1996, onde ficámos com o terreno onde estamos a construir a nossa Igreja Paroquial.
Tem sido um processo difícil, com avanços e recuos, mas agora está a avançar a sua construção. Em 24 de Junho de 2012 foi lançada a 1ª pedra, na Páscoa do próximo ano deve estar concluída, no que diz respeito ao edifício, ficará a faltar a parte do mobiliário e artística do interior. Essa será a segunda fase.” – refere.
Apoio de um conjunto de pessoas trabalhadoras, generosas, dedicadas
“Hoje, sinto um motivo muito forte interior para dar graças a Deus, porque tenho a consciência muito profunda que isto não é obra minha, foi Deus que se serviu de mim para construir esta comunidade humana e cristã, e, agora, completando com a construção da Igreja que é uma aspiração profunda.
Agora, ao fazer 50 anos de ordenação, começo a olhar para trás, para aminha vida, fazendo um retrospectiva e sinto que Deus me conduziu, me ajudou e emparou, colocando à minha volta um conjunto de pessoas trabalhadoras, generosas, dedicadas, que realmente têm sido o apoio fundamental para alguma coisa se fazer aqui nesta freguesia” – sublinha o Padre Armando Azevedo.
Galardão «Barreiro Reconhecido 2013»
A entrega do Galardão «Barreiro Reconhecido 2013» ao Centro Social e Paroquial de Santo André – “é o reconhecimento do trabalho e de uma obra que temos feito em beneficio da juventude e também da terceira idade”, sublinha. 
Recorda que o Centro Social e Paroquial de Santo André garante 54 postos de trabalho – “estamos equilibrados e com o necessário para viver, procuramos manter esses postos de trabalho”.
A Igreja tem que se renovar e contribuir para se renovar a Europa
No final da nossa conversa pedimos ao Padre Armando Azevedo para nos transmitir o seu olhar sobre o mundo de hoje, onde as questões de fé se afastam das vivências quotidianas.
“Tenho reflectido sobre isso e chego a duas conclusões. O mundo Ocidental, principalmente a Europa, pelo menos os dirigentes deste mundo, entenderam que o paraíso se pode construir na terra prescindindo de Deus. A Europa pôs como meta e objectivo construir o bem estar económico e social, em que tudo estava pensado e organizado na economia. Este ídolo tem pés de barro, tremeu e está a cair por completo.
Eu creio que o nosso mundo Ocidental tem que rever todos os objectivos e começar de novo a pensar nos valores fundamentais, porque houve uma rejeição de tudo o que é Cristianismo. Observo que há uma tolerância, até simpatia com certas religiões, e tudo o que soa a Jesus Cristo e ao Cristianismo é rejeitado. Cristo para o Homem moderno tornou-se um adversário a abater, quando isso não é verdade, porque a Europa foi construída com os seus objectivos, com os seus valores, com a sua dinâmica, partindo de Jesus Cristo, no respeito pela pessoa humana, respeito pelo lugar que o homem deve dar a Deus, respeito pela Fraternidade, já que somos todos filhos do mesmo Pai que é Deus, nós podemos trabalhar como irmãos em fraternidade. Despindo-se dessa ideia, não há nenhuma força que seja capaz de aglutinar os homens, de os unir numa fraternidade e construir a Paz, sem Cristo soa a vazio.” – salienta.
“A Igreja tem que se renovar e contribuir para se renovar a Europa, porque a Igreja presta um grande serviço à sociedade.A história prova que sempre que o homem se afastou de Deus, surge a violência gratuita que não conduz a nada.” – acrescenta o Padre Armando Azevedo.
A fé não é uma ideologia
Viver numa terra com a cultura comunista como força dominante cria dificuldades a ser Cristão? – perguntámos.
“Eu julgo que não. Temos muita gente que partilha a Igreja e vota no Partido Comunista, pelo menos votar. Quanto a ideologia o Marxismo choca com o Cristianismo, mas as pessoas vivem em torno do ambiente social e colocam de lado a ideologia.
As ideologias mudam, desaparecem, a única coisa que não desaparece é a verdade, porque a fé não é uma ideologia, é aderir a Cristo, que ama o homem e quer o bem do homem.
Uma graça que Deus me deu foi ter-me dado Santo André
“Hoje sou um homem do Barreiro. A maior parte da população do Barreiro é de fora. Uns mantêm laços com as suas terras. Outros sentem-se como pertencendo aqui, eu sou dessas pessoas que diz que Santo André é hoje a sua terra. Esta é a minha terra.
Uma graça que Deus me deu foi ter-me dado Santo André, uma terra magnífica, onde tenho amizades e sinto-me acarinhado como pessoa de cá” - sublinha.
“Aproveito para agradecer às autoridades e à população que nos tem ajudado a construir uma obra que começou do nada e hoje está a crescer” – refere o Padre Armando Azevedo ao fechar a nossa entrevista.

S.P.
in:rostos.pt

Festival “Sete Sóis, Sete Luas”: Yannis e Gorkem Saoulis atuam em Alfândega da Fé

Yannis e Gorkem Saoulis atuam no próximo dia 27 de Julho, pelas 22 horas, no Largo de S. Sebastião, em Alfândega da Fé, no âmbito do festival internacional de música “Sete sóis, Sete Luas”.
Yannis e Gorkem Saoulis vivem em Thessalonica e representam hoje uma das figuras marcantes da música da Macedonia grega.
O seu concerto é uma fascinante viagem no rebetiko das origens considerado o “blues” da Grécia, num constante dialogo com a tradição grega e da Turquia utilizando para este efeito instrumentos da tradição como o kanun.
Sobre o festival “Sete Sóis, Sete Luas” “O Festival internacional Sete Sóis Sete Luas, realiza-se em 30 cidades de 13 Países do Mediterrâneo e do mundo lusófono: Brasil, Cabo Verde, Croácia, Espanha, Eslovénia, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Roménia, Portugal e Tunísia.
O Festival Sete Sóis Sete Luas, em 2013 na sua XXI edição, realiza a sua programação no âmbito da arte e música popular contemporânea, com a participação de grandes figuras da cultura mediterrânica e lusófona. Desde 1993, os Presidentes honorários foram os Prémio Nobel José Saramago e Dario Fo.
Entre outros, o Festival tem como principais objectivos: o diálogo intercultural, a mobilidade dos artistas, e a criação de formas originais de produção artística. Durante mais de 20 anos de actividade participaram no Festival artistas importantes como José Saramago, Césaria Evora, Bana, Carlos do Carmo, Dulce Pontes, Teresa Salgueiro, Carmen Consoli, Nicola Piovani, Emir Kusturica, Maria Farantouri, Gustafi, Marisa Paredes, Dario Fo...” 

Quando: 27 de Julho de 2013
Onde: Alfândega da Fé – Largo de S. Sebastião
Hora: 22 horas
Entrada: livre

Indianos interessados em explorar minas de ferro de Moncorvo

A zarmin, uma empresa multinacional mineira poderá vir a explorar os recursos de ferro de Torre de Moncorvo e reativar a exploração em curto espaço de tempo, mas primeiro serão feitas pesquisas para apurar o grau de viabilidade de um futuro investimento.
A Companhia Portuguesa de Ferro (CPF), que detém uma concessão para prospeção e pesquisa de ferro, numa área aproximada de 40 quilómetros quadrados, no concelho de Torre de Moncorvo, acaba de fazer um acordo com a multinacional mineira indiana Zarmin, noticia o Jornal Expresso.
A empresa indiana vem agora substituir a empresa australiana Rio Tinto, que chegou a anunciar o investimento de 1,8 mil milhões em Torre de Moncorvo, mas a Zarmin numa fase posterior, quando se passar à exploração, não deverá investir mais do que 1000 milhões de euros.

sábado, 29 de junho de 2013

Adele - Set fire to the rain

"CRÔNICAS DA EMIGRAÇÃO - CATRAMONZELADAS LITERÁRIAS"

Extraído do meu Livro "CRÔNICAS DA EMIGRAÇÃO - CATRAMONZELADAS LITERÁRIAS" trago-vos hoje mais um texto meu que me traz lembranças do Reino Maravilhoso que fica pra lá do Marão!!! 
“CATRAMONZELADAS” (008) .... O vinho é a melhor bebida do mundo cristão (*)!!!. E por antologia de “juris consult” o vinho do porto na verdade é dos transmontanos, é dos durienses, é dos imigrantes anglicanos, etc e tal, e coisa... é a bebida preferida dos humanos, e por analogia dos baco-romanos mas sobretudo é a bebida preferida dos CATÓLICOS desde que não seja “baptizado”!!!...(direitos de autor reservados, mas nem tanto!!!) Silvino Potêncio - Ex-Combatente de Angola

.... Caravelas, (“esta é a ditosa terra minha amada” para onde este português emigrante desconhecido pretende um dia, se Deus quisér, para sempre imigrar!!!!) ... lá pelos idos de setembro/outubro de 1956, dia de sábado à tarde, uns dias antes do verão de São Martinho, (**) ali perto do lagar d’azeite que naquele dia estava cheio d’ubas trazidas nos cestos em cima da rodilha da cabeça das mulheres que nos ajudaram a vindimá-las lá no alto das “curriças”... escutava-se esta ® “CATRAMONZELADA” 
- A ‘nha mãe tirou a rodilha da cabeça e virou-se p’ra mim; anda, bai,... bai lá labar os pés mou filho que temos que fazer o binho!!!, 
- oh.... mãe! Num preciso de “ labar” os pés não!... olhe cou inté me labei todo no berão c’até incontrei auga lá no ribeiro do cóbo,... quando andei lá a guardar os cordeiros. Olhe c’o diga o Ti Manel da Freixedinha, que vinha da Freixeda com a Mala-Posta do correio e me viu lá todo despido in pêlo! 
....Olhe inté vimos um lobo lá do alto dos Tojais, acredita? ...
- um lobo do tamanho dum burro no berão c’o aquele calor?
- Éhhh ... e eu labei-me todo inté ó cabelo!
Tá bem, tá bem.... mas num bais p’ró lagar sem labar os pés senão não te deixo entrar no lagar, nem na “dorna”!... 
Então de repente!... Não mais que de repente, eu estava lá, encavalitado na borda do lagar, a ver os meus irmãos mais velhos c’oas calças arregaçadas até às coxas, ali!... feitos uns soldadinhos de chumbo a marchar sem sair do lugar. 
- Olha pija mais p’raqui c’os pés qu’estas inda estão duras,....
- vai mais p’ra lá tu qu’és mais alto e tu fica aqui nesta parte que já está quase boa,... 
- lá iam axim a pijar e a oubir o falar do mais bélho. 
- Quando a ‘nha mãe xigou c’oa merenda eles merendaram e continuaram ali a “pijar” as ubas, até que eu “xiguei”. 
- ó tu, xai daí que tu tombaste! ... 
E eu!!!... Catrapumba!... - Foi só ele acabar de falar, me desequilibrei e Catrapumba!...
- tombei mesmo, mergulhei e fui bater c’oa cabeça lá no fundo do tanque do lagar!!!. 
- oops,...glup, aaaahgr, oops,...glup… eu engolia o sumo das uvas, e a ‘nha mãe gritava! 
---- pega aí o garoto ó tu! 
- Que nada!... eles ficaram lá foi a rir e a marchar e...
P’ra mim uma eternidade, p’ra eles foi só o tempo de repente, que a minha mãe aflita correu em volta do tanque do lagar, e me puxou pelas orelhas cá p’ra fora!. 
Literalmente, ela me puxou “ pelas orelhas” não para me castigar com o imaginário “puxão de orelhas”, mas sim para não me deixar afogar no vinho!... porque a ponta da cabeça foi única coisa que ficou de fora do vinho e das uvas já amassadas (pijadas), quando me virei para cima.
- Afinal eu nem tinha ainda os oito anos feitos e já tomava vinho até à raiz dos cabelos! ... 
- com o vinho eu labei os pés e as mãos, e tudo mais que se pode imaginar. 
Fiquei com uma raiva tão grande que passei os próximos 20 e tal anos da minha vida sem o beber. 
- Nem mesmo quando eu tinha que o atender aos fregueses lá no bairro da Buraca, ali atrás da Serra do Monsanto em Lisboa, na taverna do meu primo, onde fui Marçano antes de emigrar p’ra Angola; 
--alguns chegavam lá já “meio-grogues”, aos berros, e do meio da rua gritavam! 
- Ó pá... sai um copo de três!... é branco ou tinto? (eu perguntava p’ra chatear) ...
- tanto faz pá, é tudo p’ra vomitar, respondiam alguns, os mais meio-grogues!!. 
- Ah, ah, ah,.... uma ova!... (pensava eu cá comigo) quando caí dentro do lagar eu era tão pequeno que não chegava ainda à superfície do lagar. Os meus irmãos já estavam lá a pisar as uvas desde manhã! ...
- acho que eles já estavam era “meio-grogues”!... também, pelo cheiro das uvas “pijadas” ali debaixo do nariz durante horas, e não era p’ra menos!... penso que nem se deram conta que eu estava lá encavalitado antes de tombar p’ra dentrol 
- Se não fosse a Ti Julheta correr p’ra me puxar pelas orelhas eu ficava era lá no, oops,...glup, aaaahgr, oops,...glup,... até o Deus Baco acordar!... lá no Olimpo que é e era, naquele tempo, o das vindimas... de um Outono que deixa tantas saudades. 
Epá, aquilo é que foi uma safra apurada, tipo “parreira (não o do futebol) de meia encosta”, eu não fui só de encosta,... fui mesmo é bater c’os costados todos lá dentro do lagar! 
--- Vinho?.... Naquele tempo não era nada do que vemos hoje aí pela estranja. - Às vezes, quando entro nos restaurantes e me sento na mesa , até mesmo em “trás-os-montes”, pronto!,.... lá vem logo o “sommellier” metido à “avec” com uma “capa de livro” na mão e quando a gente a abre!.... vêem-se logo estes nomes todos “pimpões” !!!! 
(*) Messieurs/dames.... nous avons d’ Hermitage, Pinot Blanc, Paul Blanck, Chardonnay, Casa Lapostolle, Shiraz, Rosemount, Qta. Casal de Loivos, Douro, Geyser Peack, Meritage, Piriquita...a Porca de Murça!... e até o “demi-sec 1937 Blanc du Loire”, que o Manel Tendeiro me pagou lá no restaurante à saída da Gare de “Austerlitz” em Agosto de 1972 quando cheguei a Paris pela primeira vez!... 
- O “sommellier” leva a “carta de vinhos” de volta, dentro da “capa de livro” e eu fico ali a lembrar , etc e tal e coisa ! 
Me lembrei de escrever esta ® “CATRAMONZELADA” em homenagem ao saudoso Miguel Torga!. 
- O escritor que nos deixou faz agora uns dez anos!... ele sabia tudo da nossa terrinha. 
Aquilo é que era um escrivinhador de gema!... Não sei porquê ele nunca se lembrou de usar a “tremonzela” para mostrar tudo que sabia. Ele conhecia como ninguém o “homem de trás-os-montes”, (e as mulheres também, no bom sentido claro!) era tão empedernido e cheio de cultura e antropologia transmontana, que nem eu... que fiquei ali todo encharcado, todo molhado, cheio de vinho por todo o lado quando saí do lagar! ...
- E me lembrei dele (do Miguel Torga) também uns dez anos depois desta minha grande ® “CATRAMONZELADA” e de me “baptizar “ a mim mesmo no tanque do vinho!
E eu me lembrei dele quando corria o ano de 1966 ...inicio das matrículas do ano escolar em Angola, quando comprei a minha primeira “capa de livros” (tinha a gravura do Mestre Miguel gravada na parte superior). 
Quantas vezes a usei antes e depois de aprender a corrigir algumas destas expressões idiomáticas escritas aqui, que são típicamente transmontanas, na sua forma original e pura. Que bom que é lembrar de trocar o “v” pelo “b”, que bom que é simplificar a maneira de falar com palavras pela metade.... que bom que é lembrar o Mestre que certamente tem um lugar especial lá onde se encontra e hoje é homenageado aqui no lenga-lenga deste emigrante metido a “escrevinhador” de ® “CATRAMONZELADAS LITERÁRIAS” neste Portugal Virtual, pelo menos enquanto Deus não me permite voltar a ser imigrante de novo.
.... Estava eu em Luanda, lá pelos idos de Setembro de 1966 ali do lado do B.C.A. (não confundir com o Bai Continuar Ainda) no meu primeiro dia de trabalho, depois que voltei da roça e escutava-se esta ® “CATRAMONZELADA”.... 
-Ó pá,... tu andaste no colégio até que ano?
... fiz o segundo do liceu. 
- Então pá, porque é que paraste de estudar? 
... fizeram-me emigrante!. 
Emigraste para onde?...
Primeiro para Lisboa, depois p’ra Angola e aqui estou!
Ó pá... isto aqui é Portugal pá, como é que és emigrante? 
-Emigrante é quem sai, vai embora da terra natal!!!. 
- Imigrante é quem entra, vem para dentro! 
Portanto emigrar é sair “p’ra fora” e eu saí da minha terra! 
...- deixa-te lá de idiotices ó pá! – Tá claro, “Sair” só pode ser para fora!...
- isso depende!! (disse eu)! 
- Há mais de 20 anos que jogo a ver se me “sai” a sorte grande e até hoje nunca me saiu nada!.... 
( tá bom... voltemos à catramonzelada...) 
Porque olha, pá!... tu devias te matricular e fazer exames p’ra passar, p’ra subir na vida, p’ra teres algum posto na tropa porque, daqui a pouco também vais lá parar... e fui! 
Fiquei a pensar nesta conversa com o meu colega Morbey,... aquele!...
- o autor do “off de Guiness” , e do “kirialos, tomalos lá”!, e do.... “tou aqui, toutapoulos” ,...
- e´... aquele! que não aprendeu a falar alemão porque achava que “nas pregas ... deutsch”, e se pronuncia, na pronúncia do gaúchos “nas pregas dói... tche” 
- Foi aí que comprei a minha primeira “capa de livros” (só tinha aquela com o rosto gravado do Miguel Torga lá na livraria Lusitânia ) para depois levar os livros e ir para o Vasco da Gama (o colégio!...). 
- Nessa época não me lembrava da primeira e única vez que bebi vinho, e nem me passava pela cabeça, que algum dia eu desejasse tanto de vir a ser imigrante como “vocemecê” (***) Mestre Imigrante, que sempre o foi na terra do vinho que não é “baptizado” nem é só do PORTO mas sim do nosso querido Trás-Os-Montes, do Alto-Douro, dos Ingleses que o tornaram ainda mais famoso!... mas enfim ... É CATÓLICO MAS NÃO É BAPTIZADO!!! 
- Bibó Puorto Caraças!... e Deus o conserve a si Mestre Escritor TRANSMONTANO lá onde estiver em boa paz! ...
D’ SARTEZA VOISMECÊ LÁ ESTÁ JÁ NO REINO DAS QUERIDAS TERRAS ALTAS!
Aviso aos despercebidos destas “® catramonzeladas” :
Notas do autor : - “meio-grogues” medida de volume de ar-liquido inalado inadvertidamente por inventores de “® catramonzeladas” da qual se originou mais tarde, o uso do “bafômetro” por analogia, mede-se o vinho por metro e não por litro!
- Afinal nós “matarroanos” somos diferentes, ou não somos, caraças!?...
- Tenho certeza pleonástica de que o Miguel Torga concordaria comigo, sim siô... ele deve ter ensinado ao roteirista do “WatersWorld”... como respirar no fundo do mar sem escafandro, e passar no teste do bafômetro da GNR! - Só pode ter sido ele o Mestre, que escreveu o roteiro transcendental do “segredo das águas”! ... O Kevin Kostner fala p’ra mocinha (quando ela pergunta que língua era a dele) ... isto é “portugreek”, vidé canal 7 da TV a cabo... Vocês já viram o filme o tal “ o segredo das águas”??? 
- “voiscemecê”; forma das palavras apocopadas “vossa” + “mercê”, vulgarmente conhecida por “voismecê” na linguagem caipira do “Fernandel” – esta saiu no meu exame de admissão aos liceus em Bragança e lá se fez mais uma “® catramonzelada” que qualquer dia vos mando aqui p’ro Portugal Virtual, se a tanto me ajudar o “rato” clicador. 
- “rodilha” ; se faz com o lenço da cabeça que as mulheres usam, ou então com o avental para colocar debaixo do cesto para transporte. 
- “capa de livros” ;geralmente feita em couro com relevo ou gravura na parte superior. (Na verdade aprendi que estudante mesmo, nada mais é do que um burro carregado de livros com capa ou sem capa!) por isso hoje só uso o “rato” clicador sem capa! 
- “curriças” ou “bardo” ; lugar onde se guardam os animais, geralmente cabras e/ou ovelhas, e construídos distante do povoado/aldeia.
- “lagar” é o lugar onde se faz o azeite ou o “vinho católico mas não-baptizado”. 
- “dorna” vazilha de forma redonda semi-oval onde se despejam as uvas para transportar da vinha até ao lagar. 
- (*) somos “cristãos” porque cremos no J.C., e “católico-romanos” porque como emigrantes, praticamos sempre a velha máxima “em Roma sê romano” mas temos o estigma de sermos “baquianos” porque o Deus Baco antes de ser “bacana” era o inventor dos “bacanais” e lá nunca entrava “vinho baptizado” nem os bafômetros da GNR!!!... 
- (**) O “São Martinho” que não era bêbado!, e nem ia aos bacanais, era sim um Soldado Romano muito bacana, que deu a “capa de soldado” dele a um mendigo em pleno frio de inverno lá pelas bandas do império ocidental, e o mendigo que era --- “assim, oh!,... unha com carne” com o J.C... e este lhe concedeu o verão de S. Martinho em pleno inverno!...,
- - Daí ele inventou a tal história; no dia de S. Martinho vai-se à adega e prova-se o vinho. Mas que grande “® catramonzelada” esta do J.C. hein?! 
- (***) esta nem o Érico Veríssimo inventaria ! (com todo respeito mestre!) Só a minha “® catramonzelada” com a marca registrada e tudo legalmente aqui no Portugal Virtual mas... os detalhes ficam para a próxima.


Autor: Silvino Potêncio – Emigrante Transmontano – O Home de Caravelas de Mirandela

(in: CRÔNICAS DA EMIGRAÇÃO – CATRAMONZELADAS LITERÁRIAS)

Filme Português - Amor de Perdição [1943]

Filme Portugues - Cantiga da Rua [1950]

Legado judaico de Alfândega da Fé marca feriado municipal

O município de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, assinala no sábado o feriado municipal com um conjunto de eventos culturais em torno do legado judaico na região, anunciou hoje a autarquia.
A vila transmontana vai reunir historiadores, estudiosos e interessados num seminário sobre "Os Judeus em Trás-os-Montes: contributos para a criação de uma rota", com o propósito de dar mais um contributo para a já anunciada intenção de criar uma "rota judaica no concelho e distrito".
No encontro está prevista a presença do secretário-geral da Rede de Judiarias de Portugal, Jorge Patrão, de acordo com informação divulgada pela autarquia local.

Lacre - Ode aDeus

Lacre - Valsa dos Aflitos

Lacre - Prosas Mordazes

Aero Clube de Bragança - Vista aérea sobre a cidade e arredores

sexta-feira, 28 de junho de 2013

GRACIANO SAGA SOU TRASMONTANO

Filme Português - O Costa D'Africa [1954]

BRAGANÇA: CENTRO DE ARTE CONTEMPORÂNEA GRAÇA MORAIS RECEBE EXPOSIÇÃO ANTOLÓGICA DA ARTISTA QUE LHE EMPRESTA O NOME

A maior exposição antológica da pintora Graça Morais será mostrada em Bragança, numa altura em que assinala quinto aniversário do Centro de Arte Contemporânea que ostenta o nome da artista nordestina. 
A maior exposição antológica da pintora Graça Morais será mostrada em Bragança, numa altura em que assinala quinto aniversário do Centro de Arte Contemporânea que ostenta o nome da artista nordestina.
Segundo o Comissario da exposição, Jorge Costa, está será maior exposição da artista plástica, que abarca um conjunto de 150 quadros que foram trabalhados ente 1970 até ao presente ano de 2013.
O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, um equipamento cultural da cidade de Bragança, que se tornou numa referência no panorama artístico nacional”, a garantia é deixada por Jorge Costa, que é também o diretor do equipamento
Nas comemorações do seu quinto aniversário, o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais “homenageia exclusivamente” a artista que lhe empresta o nome, apresentando, pela primeira vez, em todos os espaços expositivos, a maior exposição deste nome grande das artes plásticas a nível nacional.
O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais já recebeu desde a sua abertura cerca de 80 mil visitantes oriundos de diversos pontos do país tais como Porto, Braga, Vila Real, Lisboa entre outros pontos do país.
 A par de um conjunto significativo de obras que nunca tinham sido expostas até ao momento, a organização garante que os trabalhos são capazes de” surpreender mesmo aqueles que julgam conhecer bem o trabalho de Graça Morais”, integrando esta antologia obras emblemáticas de séries como:
“O Rosto e os Frutos”, “Os Cães”, “Cabo Verde”, “As Escolhidas”, “Geografias do Sagrado”, “Deusas da Montanha”, “Olhos Azuis do Mar” ou “Sombras do Medo”.
A abertura da exposição está agendada para domingo, prolongando-se até 30 de novembro.

in:rba.pt

Greve encerra serviços no distrito

Cinco repartições de Finanças encerradas no distrito de Bragança.
Foi assim esta quinta-feira, dia de greve geral. Segundo a União dos Sindicatos de Bragança, as repartições de Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Mirandela e Vimioso não funcionaram.  
O Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres de Bragança também não abriu hoje as portas. Na saúde, o centro de saúde de Santa Maria, em Bragança, esteve fechado.
Em Vinhais a adesão foi de 100%. No hospital de Bragança, o turno da noite teve adesão total por parte dos enfermeiros, bem como no serviço de urgência. O bloco operatório não funcionou esta quinta-feira.
A greve atingiu também as autarquias. Em Torre de Moncorvo fecharam os Paços do Concelho e há sectores no município de Alfândega da Fé e Miranda do Douro que também não funcionaram. Na Educação, esta greve geral foi menos sentida. 
Ainda assim houve serviços administrativos encerrados nos agrupamentos de escolas de Mogadouro e de Vinhais. 
Números que deixam o coordenador da União de Sindicatos de Bragança, mas confessa que gostaria de mais. “Estamos contentes, mas queríamos mais. Queríamos tudo fechado, pela nossa vontade era ter tudo encerrado”, refere. A União de Sindicatos de Bragança convocou para esta tarde uma concentração no centro da cidade de Bragança à qual poucas pessoas aderiram.
João Paulo Diegues diz que o receio de represálias ainda se faz sentir. “É mais fácil levarmos gente a Lisboa a manifestações do que trazer pessoas aqui. Não sei se é por vergonha ou se é por medo”, afima. Ainda assim houve quem aderisse ao protesto, uns pela luta, outros por solidariedade.
“Na situação em que estamos até temos obrigação de fazer greve para ver se conseguimos mudar as políticas”, refere Fernando Choupina. Já Sofia Lima não fez greve porque “sou bolseira de investigação e não temos estatuto laboral, mas estou solidária com esta greve geral porque não concordo com as políticas deste Governo”.

Escrito por Brigantia

Agricultura transmontana com novo impulso

A agricultura está a ganhar uma nova dinâmica na Terra Fria transmontana com o surgimento de novos projectos para quintas de turismo rural que também apostam na produção agrícola. 
A constatação é do presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro.   
Artur Nunes diz que há jovens agricultores a investir na região, que estão a dar um novo impulso a esta actividade.“No âmbito do PRODER tem havido um grande conjunto de investimentos ao nível da recuperação de património rural e a sua transformação em turismo rural, mas também em dinâmicas de produção, pequenas produções, associando o turismo à produção agrícola”, realça Artur Nunes. 
O autarca diz mesmo que esta situação está a inflacionar os preços das casas nas aldeias. “Aumentou tanto o preço das quintas como das casas nas aldeias, porque começou a haver esta procura de pessoas que querem fixar-se nas aldeias”, salienta o edil. Declarações de Artur Nunes durante um seminário sobre “Desafios e Oportunidades da Agricultura no Planalto Mirandês”, que decorreu ontem em Miranda do Douro. A “Bolsa de Terras”, criada recentemente pelo governo, foi outro dos temas em discussão.
Para o director regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, esta é uma oportunidade para garantir o futuro da agricultura na região. “A bolsa de terras é uma excelente oportunidade para hoje e para o futuro durante muitos anos. É uma criação legislativa que vai vigorar durante muitos anos. 
Neste momento está em implementação e é um instrumento tanto para aqueles que têm terras para oferecer, como para quem tem necessidade de terras”, sublinha o responsável.Já o presidente da Associação de Agricultores do Planalto Mirandês tem dúvidas que esta medida tenha sucesso na região. Francisco Pires lembra que as pessoas vão ter dificuldades em colocar no banco de terras propriedades que tenham sido herdadas.
“Não sei se as pessoas estão muito disponíveis, porque estão muito agarradas às terras herdadas. E também depende muito como se vai desenrolar. Se as pessoas tiverem custos para colocar as terras no banco vai ser muito difícil aderirem”, afirma Francisco Pires.

Escrito por Brigantia

Mais agentes para a PSP de Bragança

O comando distrital da PSP de Bragança vai ser reforçado com oito agentes.
Quatro são provenientes da Escola de Formação e já estão ao serviço. Os restantes chegam no próximo mês e são agentes a exercer funções em esquadras do litoral do país e com pedido de transferência feito há vários anos.  
“O comando vai receber um reforço de oito elementos. Quatro são agentes recém-formados na Escola Prática de Polícia e já cá estão”, adianta o segundo comandante da PSP de Bragança, acrescentando que “em Julho iremos receber mais quatro agentes formados há alguns anos e que estão à espera de vaga neste comando”.
Este reforço vem ajudar a reduzir a média de idade dos agentes que prestam serviço no comando e que ronda os 47 anos. “Uma vez que a média de idades dos elementos policiais nos comandos periféricos é elevada, a direcção nacional entendeu que seria benéfico uma injecção de sangue novo para dinamizar a actividade”, afirma o subintendente Alberto Soares.
Desde o início do ano, a PSP de Bragança já efectuou 100 detenções. A maior parte (71) estava relacionada com condução automóvel sob o efeito de álcool. “É de facto um número muito acentuado, pois nossa sociedade ainda não se convenceu das penalizações que advém da condução sob o efeito do álcool”, salienta o responsável.
Foram ainda registadas 14 detenções por suspeita de tráfico de estupefacientes, cinco por condução sem habilitação legal, quatro por crimes contra o património, três por desobediência e outras tantas por posse de armas proibidas.

Escrito por Brigantia

Bragança - Cadeiras de rodas não chegam ao Registo Civil

Três cidadãos portadores de deficiência protestaram ontem em frente à Conservatória do Registo Civil de Bragança por causa dos acessos ao edifício.
Queixam-se que para renovar o Cartão de Cidadão não conseguem subir até ao primeiro andar, onde funciona o serviço, porque a cadeira elevatória está avariada.  
A situação já se verifica há alguns anos o organizador do protesto denuncia que o problema não se resolve por falta de dinheiro. “Os funcionários dizem-nos que está ali um aparelho para ajudar as pessoas com deficiência a subir mas que está avariado há muito tempo, que têm mandado e-mails para vários sítios, mas que por falta de dinheiro não é composta”, refere José Ramos, acrescentando que “nós queremos que reparem a avaria e coloquem uma rampa de acesso no exterior”.
No caso de Raul Freire, que foi renovar o documento no início desta semana, viu-se obrigado a recorrer à ajuda de pessoas amigas para subir as escadas do edifício. “Não temos condições para ir lá acima. Temos de andar sempre a incomodar pessoas para nos ajudar a subir as escadas”, afirma. “Está lá a cadeira, mas é a mesma coisa do que não a ter”, salienta.
António Podence também tem o cartão para renovar nos próximos dias e manifesta-se preocupado com a situação. “Não sei como me vou desenrascar porque estes acessos impossibilitam-nos totalmente de aceder à repartição”, refere. “Nós queríamos que a cadeira comece a funcionar e que ponham alguma coisa neste patamar exterior”, acrescenta.
A Brigantia procurou obter esclarecimentos junto da Conservatória do Registo Civil, mas ninguém esteve disponível.

Escrito por Brigantia

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vimioso - Encontro de Arquitectura Tradicional e Sustentabilidade

«Arquitectura tradicional e património no contexto actual» e «Oficina prática de construção em pedra e cal» são duas das actividades do I Encontro de Arquitectura Tradicional e Sustentabilidade que decorre nos dias 13 e 14 de Julho em Aldeia de Uva, Vimioso.
A PALOMBAR - Associação de Proprietários de Pombais Tradicionais do Nordeste promove o I Encontro de Arquitectura Tradicional e Sustentabilidade porque «numa altura em que a sustentabilidade das actuais práticas de construção é posta em causa, revisitar e reinventar o conhecimento tradicional parece ser uma solução possível, mais até do que uma possibilidade promissora, é um património cultural que urge transmitir para preservar».
No dia 13 de Julho, entre as 9h30 e as 12h30, sob o título «Arquitectura tradicional e património no contexto actual» serão apresentados diferentes projectos baseados nos métodos de construção tradicionais. Segue-se momento de debate.
A tarde será dedicada à «construção em pedra e cal: Reconstrução de um pombal tradicional, integrado no XXXI Campo de Trabalho Internacional da Palombar».
No domingo, 14 de Julho, a manhã será de continuação do trabalho de reconstrução. Após o almoço junto à ribeira de Uva, haverá uma visita à exposição fotográfica «Palomares» na Casa da Cultura de Vimioso. A exposição será apresentada pelos fotógrafos Carlos Guzmán Mataix e Jesus Molina Hernando.

Filme Portugues - O Dinheiro dos Pobres [1956]

Rota do Castanheiro em Flor

O Município de Bragança, em parceria com a Confraria Ibérica da Castanha, está a promover um a Rota do Castanheiro em Flor.
Com o objetivo de trazer ao concelho de Bragança turistas de todo o País e da vizinha Espanha, dando-lhes a conhecer o que de melhor há na região, o Município de Bragança delineou duas rotas que “prometem” levar os apreciadores da natureza por lugares únicos, pintados pelas mais belas flores de Castanheiro: a Rota do Parque Natural de Montesinho e a Rota do Penacal.
Assim, de 29 de junho a 14 de julho, a sugestão passa por escolher uma das Rotas e realizar um dos percursos, onde a árvore predominante é o Castanheiro. E porque não aproveitar e deliciar-se com a reconhecida gastronomia bragançana, num dos vários restaurantes de elevada qualidade no Concelho?
Não deixe de pernoitar na Cidade de Bragança, desfrutando da sua beleza à noite e do seu património durante o dia, onde os cinco museus lhe ocuparão grande parte do dia, ou numa das típicas aldeias, tirando partido do silêncio rural, apenas recortado pelo cantar de algum pássaro mais atrevido ou pelo coaxar de uma rã, seguindo-se um amanhecer enquadrado por belos montes e vales já famosos. 
É já no próximo dia 29 de junho, que o Município de Bragança propõe um percurso pedestre, com início na aldeia de Portela (freguesia de Gondesende). (Partida: concentração às 8:30 horas na Piscina Municipal ou às 9:00 horas na aldeia de Portela). 

Sposiçon de Pintura “Bózios de las Raízes”de Alcina Pires

“Bózios de las Raízes” é o nome da exposição de pintura que vai estar patente na Casa da Cultura de Miranda do Douro, a partir do dia de 5 julho até ao dia 30 de Agosto. Esta é uma mostra de pintura da mirandesa Alcina Pires e retrata o Planalto Mirandês.
BIOGRAFIE
Alcina Pires naciu an 1953, an Malhadas, Miranda de l Douro, tenendo bibido zde nina, an Zenízio, adonde fizo la scuola i ajudaba ls sous pais na laboura i na lida de la casa. L mirandés fui la lhéngua que falou anté antrar pa la scuola, passando a ser apuis bilhingue. 
Studou an Bergáncia i acabou de se formar an porsora an 1975. Dou scuola a ninos l mais de l tiempo an Lisboa, adonde bibe. Yá reformada, debide l sou tiempo antre Lisboua i Zenízio, antre la pintura i la scrita an mirandés. Tubo siempre ua fuorte lhigaçon a las sues raízes i a la lhéngua mirandesa. An Agosto de 2011 publicou un lhibrico an mirandés, “Lucrécia Cunta-mos Cumo Era”, de cuontas passadas cun eilha an nina. 
Cun la sue pintura an giral i cun esta sposiçon, “Bózio de las Raízes”, Alcina Pires amostra la maneira simples de ser i de bibir de l pobo mirandés ne ls anhos 50/60 de l seclo passado, que lhuitaba cun toda la gana, de sol a sol, pul sou sustento. Cuida que ye sou deber passar pa la tela essas mimórias i assi oumenagiar la giente que la biu nacer i medrar, passando essa cultura pa las giraçones feturas. Pinta zde 1989 i, al lhargo destes anhos fizo bárias sposiçones. 
Sposiçones coletibas:
Outel Roma, Espaço Chiado - Lisboua (1994); Oufecinas de Almada, Stufa Frie, freguesie de Santa Marie de ls Oulibales-Lisboua (1995); Estufa Frie i Outel Roma (anternacionales)-Lisboua (1997/1998); Fórun Lisboua- Lisboua (Anternacional), Museu de l´Auga, Restourante Búfalo Gril ne l Jardin Zuloigico (die de ls anhos de la Casa de Trás ls Montes) - Lisboua, Associaçon Frauga, an Picote - Miranda de l Douro (2009); Estufa Frie, Museu de l´ Auga, Oulibais, Shoping Oulibais, Casa de l Alenteijo (die de ls anhos de la Casa de Trás ls Montes)- Lisboua (2000); Ne l III Cungresso de Trás ls Montes i Alto Douro, Centro Cultural i Norte Caça - Bergáncia, Junta de Freguesie de la Portela ( die de ls anhos de la Casa de Trás ls Montes)- Lisboua (2002); Casa de Trás ls Montes - Lisboua (2011). 
Sposiçones andebiduales:
Ne l Centro Cultural na Bergáncia, Clube Recriatibo de l Sargento de l´ Armada (CRSA) -Almada (1994); CRSA, Alfama -Lisboua (1995); Centro Comercial de Lumiar - Lisboua (1996); Museu de la Tierra de Miranda(1998); Museu Lhagar, Zenísio, Miranda do Douro (2001); Casa de Trás ls Montes an Lisboua (2003); Clube Residencial S. Miguel Lisboa (2008);Casa de la Cultura Mirandesa, Miranda de l Douro (2013). 
Amadeu Ferreira
“Quando fago la cuntemplaçon de ls quados de Alcina Pires, you fago ua biaige bien lharga. Ua biaige chena de magie, zlhumbrante nas quelores i amistosa na sue cumposiçon. Nesta andada deixei-me lhebar pul ancanto sien teimas nien canseiras, squeci-me de las demoras, stube nun tiempo bien dantes, nun dei pulas defréncias, anque nada me ye andefrente. Se la pintora bota ne ls sous trabalhos l que le bai n’alma i ne l sprito, i deixa ua mensaige cumo l fai l scritor quando agarra na fuolha de papel i ne l lhápeç lhebando l lheitor pa l mundo mágico, estes quadros que Alcina pintou tubírun la birtude de me lhebar para esses sítios, par’aquel mundo de la mie anfáncia i de ls mius suonhos.
Dezir-te muito oubrigado ye pouco, porque nun hai nada que pague l çpertar de las nuossas recordaçones adrumecidas, nun hai nada que pague l’alegrie i sastisfaçon destes momientos.
Mas puodo dezir-te que l tou don de seres capaç de trasportar todo este sentimiento buono pa la tela ye ua grande birtude. Yá lhiebas ua buona jornada nesta arte de pintar, nun pares que l camino solo se fai andando, i l que stás fazendo ye dun balor eilebado.
Yá hoije muitos de ls tous quadros se rebélan registros de l que fui la bida de las gientes ne l praino mirandés, you tengo la certeza que estes séran ls teçtemunhos adonde las feturas geraçones se puoden agarrar para coincer l passado. Nun ls registrar serie algo que naide iba a perdonar. Quando trabalhas nesta arte stás a deixar ua riqueza tamanha que naide sabe l précio nien la sue dimenson. Bien haias pula cuntribuiçon que dás a la cultura i a l’arte.”

in:noticiasdonordeste.com

Cerca de 80 alunos da Universidade Sénior de Miranda do Douro recebem diploma

Realiza-se hoje, dia 27 de junho, no Auditório Municipal de Miranda do Douro, a partir das 21 horas, a Sessão Solene de Encerramento do ano Letivo da Universidade Sénior de Miranda, bem como a entrega de diplomas.
Este projeto surgiu como uma resposta social a pessoas com mais de 50 anos, como forma de manter os interessados ativos e interessados por diversas áreas de estudo do saber, incrementando a sua autoestima, gosto pela aprendizagem ao longo da vida e como forma de ocupação dos tempos livres.
Para o Reitor da Universidade Sénior, António Mourinho “este foi um projeto de extrema importância, pois todos os participantes se mostraram bastante interessados. Muitos deles só estavam à espera que chegassem as aulas para saírem de casa.
A Universidade sempre foi um estímulo e os alunos sempre se mostraram interessados em saber mais e mais”, conclui. Segundo o Presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes “o Município ao criar a Universidade Sénior em Miranda do Douro teve como principal objetivo contribuir para a resolução de problemas que assumem proporções crescentes nos dias de hoje: o problema do isolamento e o problema da solidão, que provocam uma deficiente qualidade de vida, tendo em conta que o concelho apresenta uma taxa de envelhecimento bastante elevada”, refere.
Acrescentando que “ a Universidade Sénior pretende inserir-se no âmbito da comunicação entre gerações e o intercâmbio de vivências e experiências, bem como o incentivo à transmissão de saberes, através do diálogo e das diferentes formas de expressão sendo esta uma das áreas prioritárias ao nível de intervenção, e seguramente um projeto para continuar”, termina o edil.

in:noticiasdonordeste.com

POVOADOS DA IDADE DO FERRO E DO PERÍODO ROMANO DESCOBERTOS EM PICOTE

Investigadores da Universidade do Porto (UP) estão a colocar a descoberto um povoado na aldeia de Picote, no concelho transmontano de Miranda do Douro que se pensa ser datado do início da Idade do Ferro. 
"As escavações estão a pôr a descoberto uma estrutura da Idade do Ferro, situada num dos locais onde decorrem as prospeções arqueológicas, enquanto noutro ponto se põem à vista construções que se pensa pertencerem ao período da ocupação romana", avançou Rui Centeno, investigador da UP.
Os trabalhos de prospeção pretendem dar continuidade a escavações que foram efetuadas na década de 50 do século passado, em Picote e que deixaram vestígios de que o local remonta à proto-história, prolongando-se a sua ocupação pelo período de influência romana, até à Idade Média.
"Nesta campanha há também a intenção de fazer a localização das escavações feitas em 1952 por Santos Júnior, que foi igualmente investigador da UP, mas as indicações disponíveis e deixadas por algumas pessoas que participaram nessas escavações, ainda não permitem este ano localizar com rigor o sítio exato", frisou o investigador.
"Apenas temos algumas fotos de fraca qualidade e planta do local onde foram efetuadas as primeiras escavações também não permite detetar o sítio arqueológico inicial", acrescentou Rui Centeno.
Ainda assim, a equipa da UP composta por investigadores e alunos de mestrado, está confiante de que, no próximo ano, o local arqueológico escavado por Santos Júnior, será localizado e colocado a descoberto bem como o seu importante legado pré-histórico e histórico.

in:rba.pt

300 mil euros investidos no combate à pobreza e exclusão social

Mais de 15 mil pessoas foram apoiadas nos últimos três anos pelo Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) de Bragança.
O combate à pobreza e exclusão social era o principal objectivo e desenvolveram-se diversas acções para o atingir.O próximo programa já está a ser delineado.  Vai vigorar durante dois anos e o apoio vai centrar-se nos jovens, desempregados e idosos.“Vamos procurar criar um ambiente favorável colmatando situações de crianças que não têm as condições necessárias para ter êxito na escola”, refere o padre José Bento, do Centro Social e Paroquial dos Santos Mártires, a entidade coordenadora do CLDS. 
“Ao nível dos desempregados queremos criar oportunidades de emprego ou ajudar as pessoas a criar o seu próprio emprego”, acrescenta, salientando que no caso os idosos “sendo a região bastante envelhecida queremos ajudá-los a ter pontes de inclusão social”.
Ao contrário do programa anterior que englobava apenas quatro freguesias, desta vez vai ser abrangido “todo o concelho de Bragança, embora no projecto de acção se vão identificar as zonas mais desfavorecidas para canalizar para lá a ajuda”, explica o padre Bento. 
Para tal “vamos procurar um diálogo com todas as IPSS’s, associações, juntas de freguesia e serviços sociais da câmara para ajudar os mais necessitados”.
O contrato foi assinado, ontem, entre o Centro Social e a câmara de Bragança. O presidente salienta que o mais importante é ajudar as famílias em dificuldades. “Sendo um projecto transversal a toda a rede social podem ajudar-se situações que normalmente não se conseguem abordar e ao fazê-lo estamos a tirar pessoas de situações extremas”, afirma Jorge Nunes, salientando que “se através deste projecto conseguirmos ajudar jovens e orientá-los para uma condição de vida digna isso representa bons resultados”.
Nos próximos dois anos o CLDS de Bragança vai receber 300 mil euros para desenvolver actividades que combatam a pobreza e a exclusão social.

Escrito por Brigantia 

Cerca de 350 pessoas participaram na caminhada solidária a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro, em Vila Flor. Vestidos a rigor e a favor de uma boa causa, todos quiseram deixar o seu contributo.

Os ricos que paguem a crise


O Crime do Padre Amaro

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Greve Geral

A Hora é de Luta!

Reutilizar com Arte e Ciência

Feira de São Pedro 2013 - Macedo de Cavaleiros

"A luta é minha vida."

"A educação é a mais poderosa arma pela qual se pode mudar o mundo."

Há dois anos surgia em Macedo de Cavaleiros um Núcleo da Liga dos Combatentes. Para celebrar essa data e ao mesmo tempo homenagear os homens que serviram o nosso país, a cidade transmontana acolheu uma cerimónia que contou com a presença de muitos associados.

A aldeia da Portela é uma aldeia pedagógica, onde os mais velhos se tornam mestres. Hoje mostramos-lhe o local em dia de cinema.

Os Lacre lançaram o primeiro álbum com um concerto intimista. O grupo nasceu há cerca de um ano mas já dá cartas no mundo da musica.

Feriado Municipal - Alfândega da Fé

Lenda do Verão de São Martinho

Local: Sambade, ALFÂNDEGA DA FÉ, BRAGANÇA

S. Martinho antes de ser Santo foi soldado do Imperador. Uma vez ia montado no seu cavalo num dia tempestuoso de chuva e vento muito embrulhado na sua capa de soldado. 
 Surgiu-lhe num caminho um pobrezinho de mão estendida muito magra semi-nu a tremer de frio e também de fome. O Moço cavaleiro ficou abalado, e depois de dar umas moedas ao pobre desceu do cavalo e com a própria espada cortou a capa que trazia ao meio dando uma parte ao pobre, para ele se cobrir e ficando com a outra metade para si. Passados momentos o temporal amainou as nuvens foram desaparecendo, transformando-se a tempestade num dia de sol brilhante, raro na estação do Outono. 
 Eis a Lenda do Verão de S. Martinho, Santo que é comemorado no dia 11 de Novembro, geralmente com um serão de família e amigos. 
 Diz o ditado. No dia de S. Martinho, prova o teu vinho. 
 Usança — Junta-se a família, convidam-se os amigos e todos se reúnem à lareira, ao redor de uma boa fogueira. É o tempo da apanhadas castanhas e nesse dia, assa-se uma grande porção num assador próprio, feito já para tal, em latão com buracos no fundo. Põe-se dependurado em cima da fogueira e enquanto assam, uns conversam, outros vão buscar o vinho. 
 As castanhas depois de assadas, deitam-se num cesto que se coloca ao centro, para todos lhe chegarem. 
 Come-se com fartura, bebe-se bem, juntando-se mais uns petiscos 
que haja na ocasião. Há risos histórias e anedotas de varias espécies.
Uma para exemplo: 
Havia uma mulher que gostava muito de vinho e todos os dias ia à pipa, mas às escondidas do marido. 
 Este, um dia morreu e então a mulher fez-lhe um grande pranto e nos dias a seguir, a vida dela era acocorada na lareira coberta com um chaile e com uma bota de vinho, sempre metida no regaço. 
 As vizinhas vinham vê-la e ela sempre a lamuriar-se. Estas diziam-lhe: 
 — Sai daí mulher! Agora queres passar a vida a prantecer!?... Ela respondia: 
 — Sem secar estes courinhos não apago as minhas penas, não saio daqui. Ia bebendo sempre, até a bota ficar vazia e só assim as penas se apagavam.

Fonte:AFONSO, Belarmino Raízes da Nossa Terra Bragança, Delegação da Junta Central das Casas do Povo de Bragança, 1985 , p.116-117

Centro Social e Paroquial de São João Batista em Picote inaugura obras de ampliação da instituição

Foram inauguradas as obras de ampliação do Lar de São João Batista em Picote, Miranda do Douro. A valência conta agora, com mais seis quartos duplos e três individuais, o que vai permitir receber mais 15 utentes.
Segundo o Padre Manuel Silva, responsável pelo Lar de Picote, agora “vai ser mais fácil dar uma resposta às necessidades das pessoas idosas e daqueles que se encontram sós”, refere.
Atualmente o lar conta com 28 utentes e uma lista de espera de 40 pessoas. A instituição dispõe ainda de mais duas valências, Centro de Dia e Apoio Domiciliário. A Inauguração contou com a presença do bispo da diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro e do presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Artur Nunes.
O edil evidenciou a preocupação na área social, “por isso a autarquia sempre apoiou este e outro projetos semelhantes”.
As obras de ampliação foram financiadas pela CORANE em 75% através do programa PRODER, ação 3.2.2..

in:noticiasdonordeste.com

Marchas populares animaram o centro de Bragança

450 marchantes festejaram o S. João no centro histórico da capital de distrito
O S. João também foi festejado em Bragança. A Praça da Sé foi animada com as marchas populares, que se estrearam na cidade.
A organização esteve a cargo da Junta de Freguesia da Sé e das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de Bragança. Apesar de na capital de distrito não existir a tradição das festas populares, como em outros pontos do País, o presidente da Junta de Freguesia da Sé, Paulo Xavier, lançou o desafio às instituições da cidade.
“Já se fazia um desfile de época, mas quisemos inovar e com imaginação lançámos este desafio das marchas populares às IPSS”, salienta o autarca.
Desfilaram cerca de 450 marchantes dos 8 aos 80, que coloriram e animaram o centro histórico da cidade. 
A organização promete manter as marchas populares no próximo ano.

Vinhais envia brinquedos para Timor

Cerca de uma tonelada de brinquedos e livros partiram ontem de Vinhais rumo a Timor.
Foi o resultado da campanha levada a cabo pelo Jardim de Infância daquela vila. Depois de feita a recolha e de colocar o material em caixas, ontem foi a vez de entregar ao transportador para seguir viagem até ao outro lado do mundo.  
O director do Agrupamento de Escolas D. Afonso III adianta que “era mais de uma tonelada de brinquedos, mas depois de fazermos uma selecção verificámos que ficaram um pouco mais de 800 quilos”. 
A recolha foi feita em diversos locais. “As pessoas podiam entregar nas várias escolas do agrupamento, no IPB, no Shopping de Bragança e também se fez um concerto solidário no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais onde houve uma boa adesão”, salienta Rui Correia, acrescentando que “com a crise que atravessamos a generosidade da população que contribuiu para esta causa foi muito boa”.
A iniciativa contou com a colaboração da câmara de Vinhais que suporta os custos do transporte. “A parte logística coube ao agrupamento e nós financiamos o transporte dos objectos para Timor sendo que vamos gastar 2500 euros”, revela o presidente, Américo Pereira, salientando que “é um gesto simpático para com um povo que é irmão de Portugal pois não há nada mais bonito do que ajudar as crianças”.
Os brinquedos e livros devem chegar a Timor daqui a um mês.

Escrito por Brigantia

Gabinete apoia vítimas de violência doméstica de Alfândega da Fé

Alfândega da Fé já tem um gabinete de apoio às vítimas de violência doméstica. O serviço surge associado à Liga dos Amigos do Centro de Saúde que pretende prestar um apoio de proximidade.  
“A necessidade de implementar este gabinete surgiu de querer trabalhar ao nível da protecção e integração das vítimas que já estavam sinalizadas para proporcionar à população um serviço para reconstruir a vida livre de violência”, refere o técnico responsável do projecto.
Fernando Oliveira salienta que os casos já existentes, relativos ao concelho de Alfândega da Fé, estão agora a ser acompanhados por este gabinete. “Em 2012 tínhamos 27 vítimas sinalizadas pelo Núcleo de Apoio à Vítima da ASMAB, mas esses processos já transitaram todos para o gabinete local para serem acompanhados”. 
Além disso, “este ano já surgiram algumas denuncias pois o trabalho de sensibilização tem dados alguns resultados”.
Este gabinete não é dirigido apenas às vítimas de violência doméstica. Qualquer cidadão pode recorrer a ele para denunciar casos de que tenha conhecimento. “Denunciar situações de violência é um dever cívico e como garantimos o anonimato e a confidencialidade as pessoas sentem cada vez mais a obrigação de denunciar estes casos”, afirma o responsável.
O gabinete de apoio às vítimas de violência doméstica de Alfândega da Fé presta apoio ao nível da protecção das vítimas e promoção da reintegração social, garantindo direitos jurídicos e sociais.

Escrito por Brigantia

Bombeiros de Izeda querem ser PEM

Os Bombeiros Voluntários de Izeda, no concelho de Bragança, querem ser Posto de Emergência Médica – PEM. 
Neste momento, a corporação é apenas posto reserva, o que significa que a comparticipação que recebe do Estado cobre, apenas, os quilómetros efectuados. Caso fosse PEM, tanto a viatura, como a tripulação, eram suportadas pelo INEM.  
O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Izeda, Luís Filipe Fernandes, não se conforma com esta situação e acusa mesmo o Governo de discriminação. “É uma discriminação completa o que o governo está a fazer em relação aos outros bombeiros. 
O INEM cria os chamados postos de Emergência Médica só nas sedes de concelho. Acontece que Izeda não é sede de concelho e a nossa corporação é discriminada neste ponto, porque se nós olharmos para os números de saídas da emergência médica nós temos números superiores a algumas sedes de concelho deste distrito”, garante o responsável. 
O presidente da Associação Humanitária garante que vai continuar a lutar para que o INEM crie um Posto de Emergência Médica em Izeda. “É uma questão que nós debatemos e neste momento estamos a tentar fazer ver ao Instituto de Emergência Médica que a questão da sede de concelho não é suficiente para justificar, quando a nosso ver o que justificaria seria o trabalho feito. 
Izeda pelas questões estratégicas e geográficas, nós apanhamos o norte do concelho de Macedo de Cavaleiros, a parte oeste do concelho de Vimioso, e a apanhamos toda a parte sul do concelho de Bragança. Portanto, é uma ânsia nossa e vamos continuar a lutar por um Posto de Emergência Médica”, garante o presidente da Associação Humanitária.   
Enquanto não é criado o Posto de Emergência Médica, os Bombeiros têm que suportar os meios para socorrer as populações.
De recordar que reforçaram recentemente a frota com mais três viaturas, entre elas uma ambulância.

Escrito por Brigantia