quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Comissão Intermunicipal de Trás-os-Montes atribui mortes no IP4 a impasse no Túnel do Marão

O presidente da Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes, Américo Pereira, acusou esta quarta-feira o Governo de "permitir que continuem a morrer transmontanos no IP4" por causa do impasse no Túnel do Marão.
A declaração do autarca, que também preside à Câmara de Vinhais, surge na sequência de dois acidentes quase simultâneos, na segunda-feira, no mesmo local na zona de Vila Real, que envolveram quatro viaturas, uma delas um autocarro, de que resultaram um morto.
O presidente da CIM Trás-os-Montes defendeu, em declarações à Lusa, que estes acidentes que causaram um morto e grandes prejuízos" seriam "com certeza" evitados se estivesse concluída a autoestrada do Marão.
Os acidentes ocorreram justamente no troço de 19 quilómetros da concessão que integra o Túnel do Marão e cuja obra está parada há mais de dois anos por alegados problemas financeiros do consórcio liderado pela Somague.
"É importante que o Túnel do Marão seja rapidamente concluído e que seja executado o resto das obras que falta em termos de autoestrada", reclamou o autarca que dirige a comunidade intermunicipal composta por nove municípios do distrito de Bragança: Bragança, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.
Américo Pereira exortou os transmontanos a "exigirem" a resolução do problema, argumentando que "não podem continuar a dar a sua confiança eleitoral ao PSD e ao Governo com todas as promessas de que esses assuntos estariam resolvidos e, passado este tempo, continuam a assistir a estas desgraças".
"Dói, é confrangedor quem vai para o Porto reparar nos viadutos e nas pontes completamente abandonados - e, porventura, até já não estarão no melhor estado de segurança-, olhar para aqueles dois buracos que se encontram ali no Marão (os túneis) e apercebermo-nos que nada disto vai acontecer nos próximos tempos", declarou.
Alertou ainda que o impasse na obra "vai trazer custos muito maiores porque por novamente tudo em funcionamento vai custar muito dinheiro".
"É um esbanjar de dinheiros e é naturalmente permitir que continuem a morrer transmontanos no IP4", frisou.
O autarca observou ainda que está "perfeitamente provado que as autoestradas são absolutamente fundamentais em termos de segurança rodoviária", apontando o exemplo da redução da sinistralidade desde que ficou concluída a Transmontana, que liga Vila Real a Bragança.
A autoestrada do Marão foi adjudicada na mesma época, em 2008, e corresponde ao traçado mais complicado do atual IP4 em termos de sinistralidade.
Esta via é a que falta para que seja possível viajar entre Bragança e o Porto sempre em autoestrada.

in:jn.pt

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