sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Oxigenoterapia ao domicílio alargada a vários concelhos

Durante os últimos dois anos, uma enfermeira de Carrazeda de Ansiães tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida de doentes com problemas respiratórios graves.
Este projecto é pioneiro no distrito de Bragança e está a acompanhar 15 utentes naquele concelho.
A enfermeira responsável pelo programa de reabilitação, Sónia Casado, confessa que levar os tratamentos a casa dos utentes é o que marca a diferença neste projecto. “Sou eu que vou a casa não são os utentes que têm que se deslocar ao Centro de Saúde. Também porque como estes utentes estão já numa fase muito avançada da doença, são pessoas já com alguma debilidade física, e com necessidade de fazer oxigenoterapia no domicílio teriam muita dificuldade em deslocar-se ao Centro de Saúde, daí a inovação do projecto”, realça a enfermeira. 
Sónia Casado não tem dúvidas que os utentes que estão a ser acompanhados ganharam qualidade de vida. “Temos notado que os utentes têm notado melhoria de falta de ar, de dispneia, melhoria do desempenho das actividades de vida diárias, referem também que a qualidade de vida de um modo geral melhorou. 
Duas vezes por semana, durante cerca de dois meses desloco-me ao domicílio dos utentes e faço a reabilitação respiratória, que consiste em técnicas respiratórias, treino de fortalecimento muscular, ensinos sobre a técnica de inalação dos fármacos que eles têm que fazer, ensinos sobre técnicas de descanso e relaxamento, técnicas de conservação de energia para poderem fazer exactamente a mesma coisa, mas cansando-se menos, uma vez que eles têm dificuldades respiratórias é isso que os limita, por exemplo, a calçar as meias, a tomar banho”, enumera Sónia Casado. 
Estes resultados levaram a Unidade Local de Saúde do Nordeste a alargar o projecto a outros concelhos. A directora de Enfermagem da ULS do Nordeste, Ângela Prior, garante que no início do próximo ano vai abranger também os concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela “Aquilo que nós verificamos é que existem ganhos em termos de saúde dos doentes, ganhos ao nível da autonomia, da funcionalidade, e do desempenho das actividades de vida diária. Perante esta avaliação efectuada com os doentes que foram alvo da intervenção entendeu-se poder alargar esta resposta diferenciada a outros utentes com a mesma tipologia de doença”, realça a responsável. No distrito de Bragança estão diagnosticados 170 utentes com doença pulmonar obstrutiva crónica e necessidade de oxigenoterapia no domicílio. 

Escrito por Brigantia

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