quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Aumenta número de mulheres com cargos de chefia em Freixo

Em Freixo de Espada à Cinta há cada vez mais mulheres a assumir cargos de chefia. 
O caso mais recente é o comando do Posto da GNR, que foi assumido há cerca de um mês e meio por uma militar.
A presidência da Câmara Municipal, a direcção do Centro de Saúde e do Agrupamento de Escolas e a provedora da Santa Casa da Misericórdia são exemplos de outros cargos assumidos hoje por mulheres naquele que é o concelho mais pequeno do distrito e onde até há bem pouco tempo a liderança da maioria das instituições pertencia ao ex-presidente da Câmara José Santos.
A sargento Cátia Costa é a primeira mulher a assumir o comando do Posto da GNR de Freixo de Espada à Cinta. Está na vila transmontana há cerca de um mês e meio e é mais uma mulher a assumir um cargo de chefia numa das instituições do concelho.
Apesar de ser a única mulher a comandar um posto no distrito, a militar encara com naturalidade o facto de ser um elemento do sexo feminino a liderar o posto da GNR. “Para a guarda e para todo o dispositivo é natural que os militares do sexo feminino ou masculino comandem postos. 
Para mim é a primeira experiência a comandar um posto e até agora está tudo a decorrer dentro da normalidade”, assegura Cátia Costa. Quando a sargento Cátia Costa chegou a Freixo era a única mulher no posto. Hoje conta já com mais um elemento feminino na equipa composta por 19 elementos.
A comandante do posto da GNR confessa que notou alguma surpresa por parte da população. As pessoas são muito afáveis na rua, os senhores com mais idade, tiram o chapéu, são muito educados, e eu gosto muito de cá estar”, confessa a comandante do Posto da GNR de Freixo.
O concelho de Freixo também é liderado por uma mulher. Maria do Céu Quintas assumiu a presidência do Município nas eleições autárquicas de 2013. A autarca não tem uma explicação para o aumento do número de cargos de chefia na vila e assegura que como presidente da Câmara nunca sentiu dificuldades acrescidas pelo facto de ser mulher.“Muito pelo contrário acho que é muito bem aceite. E tanto foi que as pessoas votaram em mim, senão não o tinham feito. O relacionamento com as pessoas é óptimo, sentem-se à vontade comigo. 
Não há nada que eu possa dizer em relação a entraves pelo facto de ser mulher. Não me posso queixar de nada”, assegura a autarca.
Na direcção do Agrupamento de Escolas de Freixo de Espada à Cinta encontramos também uma mulher. Albertina Parra ocupa o lugar de directora e anteriormente de presidente do conselho executivo há cerca de 12 anos. 
Garante que nunca sentiu dificuldades acrescidas por ser mulher, mas não tem dúvidas que as mulheres têm que provar mais a sua competência. “Temos que provar que somos mais competentes, para conseguir determinados cargos. E por isso mesmo é que se vê que há muito poucas mulheres com carreiras. Isto também tem muito a ver com o facto de as mulheres terem paralelamente uma vida familiar, serem mães, serem esposas, portanto têm outras funções que normalmente os homens não têm, porque estão mais libertos dessas tarefas. Mas eu acho que as mulheres são muito competentes. Eu noto nas escolas que têm mulheres na liderança que há ali um traço feminino que marca a diferença”, confessa a professora.
Esta é uma reportagem alargada que pode ler na edição desta semana do Jornal Nordeste.

Escrito por Brigantia

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