segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Museus rurais da Lombada dinamizam Palácios e Caravela

Há espaços na Lombada, em Bragança, que guardam parte da história do povo transmontano e ajudam a quebrar a solidão de quem resiste nas aldeias. Os museus rurais comunitários de Palácios e Caravela reúnem peças antigas que estavam em risco de desaparecer.
Aqui a população tem orgulho em mostrar aos visitantes aquilo que herdou dos antepassados, ao mesmo tempo que partilha histórias de outros tempos. É no antigo lagar comunitário que se pode visitar o Museu Rural de Palácios. 
Esta pequena aldeia do concelho de Bragança é um local de paragem para muitos turistas ou simplesmente visitantes que passam pela Lombada. 
Aqui a história do povo está compilada no museu e é contada através de objectos e artefactos que em tempos eram indispensáveis no quotidiano da população. 
Esmeralda Aliste é a guia de serviço. “Recolheram-se estas peças todas para aqui, porque já estavam arrumadas em casa. Há pessoas que nunca viram nada dessas peças. Agora há outras pessoas que vêm e que já viram nos tempos delas e dizem olha isto no meu tempo, a minha mãe tinha isto, ou em minha casa havia isto antigamente”, conta a habitante de Palácios. 
Em Caravela há tradições que se repetem, mas neste museu estão também guardados alguns símbolos religiosos. Maria da Luz Rodrigues destaca os escritos do padre em latim.“Renovou-se a capela e trouxeram para aqui as coisas que estavam lá. Antigamente diziam a missa em latim. Estas coisas recuperaram-se e trouxeram-se aqui para o museu. É a capas, é a cruz, tudo aquilo que estava lá antigo trouxeram para aqui”, realça a habitante de Caravela. 
O presidente da União de Freguesias de S. Julião e Deilão, Altino Pires, assegura que há sempre pessoas disponíveis para contar histórias aos visitantes, o que ajuda também a quebrar a solidão de alguns habitantes destas aldeias. “Nós temos sempre nas aldeias pessoas disponíveis para abrir o museu, para irem lá explicar, porque acaba também por quebrar um pouco a rotina, a monotonia que as pessoas lá têm, algumas delas obviamente. Estão sempre disponíveis para conversar e é isto que fica”, salienta o autarca.
As memórias guardadas nos museus rurais de Palácios e Caravela, no concelho de Bragança, é uma reportagem que pode ler na edição desta semana do jornal Nordeste.

Escrito por Brigantia

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