sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Buraco no primeiro andar serve para assaltar ourivesaria em Macedo de Cavaleiros

Abrir um buraco no primeiro andar do edifício onde funciona uma ourivesaria, na Rua Pereira Charula, em Macedo de Cavaleiros, terá sido o método usado para levar, esta madrugada, objetos em ouro, de valor ainda não quantificado.

O andar cimeiro está desabitado há mais de 3 anos, desde que a proprietária foi para um lar e dividiu os bens pelos herdeiros. Agora no prédio, no rés-do-chão, só funciona mesmo a ourivesaria, depois de há algum tempo ter fechado a loja do lado, que vendia roupa interior. Em cima, fica a habitação, sem ninguém neste momento, e o(s) assaltante(s) terá(ão) usado essa vantagem – uma casa vazia, que terá sido invadida ao longo de uma semana, a partir de uma varanda situada nas traseiras, e onde terá sido aberto, no chão, o referido buraco. O movimento por ali é escasso, e ninguém deu por nada, como nos conta o genro do lesado, Rui Vieira.

Rui Vieira (R.V) – Entraram por cima, por um escritório. Abriram um buraco no teto da ourivesaria.

Onda Livre (O.L) – Portanto, isso demorou alguns dias.

R.V – Sim, pelo que analisámos, pelo menos durante uma semana devem ter andado por aí, a preparar-se. Porque isto não era trabalho de uma noite. Teve que ser com tempo. Entraram por esse buraco que fizeram. Usaram umas escadas para aceder, e tiveram que sair pelo mesmo sítio, porque as grades frontais estavam fechadas e só abrem com um comando próprio.

O.L – E ninguém viu nada?

R.V – Não. Já falámos com os vizinhos, para saber se ouviram sons estranhos à noite, mas ninguém se apercebeu de nada.

O.L – Nem ninguém tinha detetado movimentos estranhos?

R.V – Não. Tanto eu, como a minha esposa e o meu sogro não reparámos em nada. Só as mesmas pessoas que vemos no dia a dia. O prédio tem acesso por trás, mas a ourivesaria não. O único acesso é a porta da frente, que dá para a rua. Por trás só tem uma varanda, e tem da parte da frente a porta do lado da rua, de entrada para a casa. Subiram pela varanda, lá atrás, porque com uma escada de 2 metros dá bem para fazer isso. Da parte de trás do prédio não mora ninguém, é uma horta.

Apesar de toda a preparação, só levaram o ouro mais à vista. Certo é que este prejuízo será só mesmo prejuízo, dado que não há nenhum seguro associado.

“Não remexeram muito. Foram às prateleiras, que estão mais à vista, mas foi só quase esse ouro. Não mexeram em gavetas nem nada, só no ouro exposto. Levaram fios, pulseiras, anéis, tudo em ouro. Ainda não sabemos quanto é o prejuízo, mas não tínhamos seguro. É difícil arranjar para uma ourivesaria. Temos andado por várias seguradoras, só que não temos conseguido.”

O dono, que continuou este negócio de família com mais de 50 anos, descobriu que tinha sido assaltado antes das 9h da manhã, e só não soube mais cedo porque o alarme não tocou, acrescenta ainda o genro.

“De manhã, por volta das 8.40h, o meu sogro ligou-me, a dizer que tinha sido assaltado, e eu vim logo para cá. O mais estranho é que o alarme não tocou. Ficámos com essa incógnita, o porquê de não ter tocado, visto que ficou ligado ontem à noite, como sempre fica. Não podemos dizer se foram, ou não, os assaltantes a desativá-lo, se terão cortado fios ou feito códigos aleatórios.”

A atual proprietária do edifício não quis prestar declarações gravadas, mas avançou que também não teve conhecimento de movimentos estranhos na última semana, e que já tinha, antes deste assalto, intenções de remodelar o espaço, agora desocupado.

 No local esteve a GNR local e o Núcleo de Investigação Criminal de Bragança. Foi aberto um inquérito, e agora seguem as investigações sobre o caso.

Escrito por ONDA LIVRE

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