segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Livro de missionário mirandês em Timor apresentado em Miranda do Douro por D. Ximenes Belo

Homenagear o padre Abílio José Fernandes, natural de Miranda do Douro, foi o objectivo da reedição do livro Esboço histórico e do estado das missões de Timor, por parte do município da sua terra natal, que foi apresentado este sábado no salão nobre da autarquia mirandesa.
O missionário passou por Macau e Timor no início do século passado, tendo a sua acção sido revestida de uma grande importância, em particular quando assumiu a coordenação das missões católicas em Timor.

O livro faz um historial das missões naquele território desde o século XVI e foi prefaciado por Dom Ximenes Belo, bispo de Timor e Nobel da Paz, que destacou o papel daquele sacerdote, que não foi o único mirandês que se empenhou na propagação o cristianismo naquela ilha.

“Trata-se de um grande missionário, de um grande mirandês e que teve um papel importante na evangelização na promoção da gente timorense e por isso o povo de timor está muito grato a todos os mirandeses que trabalharam e continuam a trabalhar lá”, referiu na apresentação da obra este sábado.

De acordo com o presidente do município Artur Nunes reeditar esta obra que foi inicialmente publicada em 1931 é uma forma de evocar o que fez este ilustre mirandês:

“No fundo, destaca-se o papel das missões, da evangelização e todo o papel nestas áreas que tiveram os três mirandeses que foram para lá, e por outro lado levara a sua raiz, história e tradições de Miranda”, frisou o autarca.

O padre Abílio José Fernandes, que viveu entre 1890 e 1944 viveu 23 anos na então colónia de Timor, e foi um dos grandes missionários no país e um dos arquitectos da diocese de Díli, tendo sido vigário geral e superior das missões de Timor, tendo dado mais dinamismo e aberto mais missões na região, e dando especial atenção à educação dos timorenses.

Um dos muitos livros que publicou foi agora reeditado inserido no programa das comemorações dos 500 anos do descobrimento de Timor pelos portugueses, que decorreu entre 2013 e 2015. 

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro

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