segunda-feira, 24 de abril de 2017

Trás-os-Montes no topo das preferências dos empresários

Bragança é o distrito onde os empresários mais aconselham a criação de novos negócios, enquanto Vila Real é o distrito que regista maior facilidade em abrir negócios pelo segundo ano consecutivo.
Na segunda edição do Estudo Nacional de Competitividade Regional, recentemente lançada pela Zaask, em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, e que contou com a colaboração de 1321 empresários portugueses, Bragança é, simultaneamente, o distrito com melhor a situação económica, de acordo com os próprios empresários, e onde é mais aconselhável abrir um negócio. O distrito está, ainda, no topo da lista no que respeita à situação financeira das empresas. 

De salientar que, em 2015, Bragança apresentava os piores resultados no âmbito do aconselhamento e na facilidade de criação de novos negócios, no recrutamento de novos colaboradores e na situação financeira das empresas. Por contraposição, Bragança é, agora, o distrito do país em que os empresários mais aconselham a abertura de novos negócios, posicionando a região com uma pontuação de 4,13, quando a média nacional se situa nos 3,71, numa escala de 1 a 5.

A facilidade em encontrar novos colaboradores passou de 2,57 para 3,5, a situação financeira das empresas passou de 2,5 para 3,5 e a situação económica do distrito passou de 2,83 para 3. Todas as subidas de indicadores colocam Bragança como um dos distritos onde a confiança na economia é mais acentuada.

No entanto, apesar de ter existido uma considerável evolução a nível económico e financeiro, os programas de formação e networking promovidos pelo governo local continuam a ser desconhecidos pela maioria dos empreendedores.

Bragança é o distrito que realiza uma melhor avaliação da situação financeira da empresa e, consequentemente, da economia do distrito

Já Vila Real é o distrito onde existe maior facilidade em abrir novos negócios, pelo segundo ano consecutivo, tendo apresentando, ainda, um aumento de 3,44, em 2016, face aos 3,21 conseguidos no ano anterior, cimentado, assim, a sua posição.

De sublinhar que a situação económica do distrito sofreu uma evolução notável, comparativamente ao ano anterior, tendo passado do sexto pior lugar (2,17) para o segundo melhor a nível nacional (2,88). No entanto, importa, também, salientar que a região apresenta a segunda pior perspetiva de evolução nos próximos 12 meses a nível nacional (3), aspeto que se reflete numa maior fragilidade da situação financeira das empresas. 

De destacar, também, que 20 por cento (%) dos empreendedores de Vila Real afirma ter conhecimento de programas de networking, um valor que ultrapassa a média nacional, assim como o conhecimento de programas de formação, que passou de 21%, em 2015, para 40% em 2016. Estes dados revelam que os empresários da região estão a ter cada vez mais conhecimento dos instrumentos que o governo local disponibiliza.

Os empresários do distrito revelaram uma maior facilidade em encontrar novos colaboradores, considerando existir uma evolução no processo de recrutamento. Estes atribuíram uma média de valores de 3, face aos 2,79 atribuídos em 2015. A criação de novos negócios no distrito é outro dos indicadores que reflete uma melhoria notável da situação económica da região, que passou a posicionar-se no segundo lugar a nível nacional. 

Bruno Mateus Filena
in:diariodetrasosmontes.com

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