sexta-feira, 30 de junho de 2017

São Pedro 2017 | Diário 6 | Feriado Municipal (29 de junho)

13 de dezembro de 1989 - Antevisão das eleições autárquicas em Bragança

Estrada IP4 em Bragança; pessoas trabalham na indústria têxtil; pessoas caminham na rua; placas indicam a direcção; Hospital de Bragança; vista panorâmica de Bragança; vacas pastam; cartazes dos candidatos José Luís Pinheiro, PSD, Luís Mina, PS, Ricardo Amaral, CDS, e Moisés Gonçalves, CDU.
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Mosteiro de S. Bento de Bragança

Sob a influência do Mosteiro beneditino de Murça, o entusiasmo devoto de Dona Maria Teixeira, natural de Bragança, propõe o Arcebispo D. António Pinheiro e obtém do Papa Breve, de 1 de Outubro de 1589 para que as religiosas beneditinas de Vairão se pudessem estabelecer em Bragança. A própria promotora das instituições doa ao Mosteiro os bens necessários ao seu sustento, património que se mostrou sempre escasso ao sustento da comunidade.
O Mosteiro de Santa Escolástica, ficará sob a jurisdição episcopal, com capelão próprio e confessores nomeados pelo Arcebispo. Ao mosteiro foram-se acolhendo mulheres de alguma nobreza mas também prestou asilo a muitas outras desamparadas e abandonadas, ou caídas em desgraça e pobreza, o que pode ter transformado o Mosteiro mais em instituição de assistência social do que em comunidade religiosa ou «jardim de virtudes monásticas».
O Mosteiro teve sempre uma comunidade muito alargada: em 1725 o bispo conta-lhe quase 200 freiras; depois em 1754 contam-se-lhe «120 monjas, misturadas com igual ou maior quantidade de mulheres seculares, criadas, parentes e raparigas». Na eleição abaçal de 1759, votaram 102 religiosas. De 1697 a 1818 houve 198 profissões no Mosteiro, originárias dos seguintes concelhos: Bragança, 65; Chaves 34; Vinhais, Mirandela e Porto, 11 cada; Miranda, 10; Macedo de Cavaleiros, 9; Vila Real, 8; Moncorvo, Alfândega e Mogadouro, 6 cada; Vimioso, 4; Vila Flor e Braga, 3; Viseu, Pinhel e Carrazeda, 1. O que exprime bem a sua configuração e acção regional.
O Mosteiro atravessa o seu período de apogeu no terceiro quartel do século XVIII. É neste período, de 1760 a 1763, que o Mosteiro sofre notável embelezamento ao nível da Igreja. Também nesta época, devido à visitação e particular inspecção do Bispo D. Fr. Aleixo de Miranda Henriques ao Mosteiro (1759) e aos especiais provimentos deixados à comunidade, este pôde entrar num caminho e ambiente de maior rigorismo.

Memórias Paroquiais de 1758

Convento de Santa Clara de Bragança

A ideia de instituição de um convento feminino que acolhesse as mulheres da nobreza bragançana, é da sua camara municipal, que a partir de 1568 quer dar corpo à ideia de longo acalentada. Para tal acaba por ter a autorização e o apoio das autoridades políticas e religiosas: o senhorio, a Casa de Bragança e o Ordinário da Diocese. Trata-se claramente de uma instituição virada para a protecção social das classes nobres e políticas da terra, que a ela se disponibilizam aplicar os dinheiros municipais e do cabeção das sisas para a construção do Mosteiro, funcionamento e sustento da instituição que para ela consegue também fazer concorrer os apoios financeiros da Duquesa de Bragança e da Diocese.
A comunidade que viria a seguir a regra de Santa Clara, esteve primeiro sob a jurisdição do Provincial de S. Francisco e depois de 1693, sob a jurisdição do Bispo da Diocese. A câmara naturalmente constituiu-se em padroeiro da instituição, e deste modo colocou-a ao serviço das gentes das suas famílias e nobreza brigantina. Foi, pois, em conformidade, definido um estatuto nobre ou pelo menos de uma certa capacidade económica, para a entrada das noviças e religiosas para o Mosteiro, expresso no relativamente elevado valor dos dotes (de 140.000 réis) de entrada e outras obrigações de móveis, cera e de propinas. A câmara fazia questão como padroeira de velar pelas entradas que pretende reservar às filhas e netas de bragançanos. À câmara estava por outro lado, também reservado, como padroeira e protectora do Mosteiro, um lugar de destaque na igreja, assentando-se colectivamente em cadeiras na igreja no dia de Santa Clara e noutras festas solenes.
Os processos canónicos de entradas de noviças compulsados entre 1683 e 1815 confirmam o respeito genérico dos objectivos político-municipais da instituição, criada para servir a nobreza da terra e da sociedade brigantina. De entre os pais das noviças salientam-se muitas figuras ligadas às patentes militares da tropa e ordenanças, comendadores e cavaleiros professos da Ordem de Cristo e nomes de figuras ligadas à classe política das terras. Por outro lado se a extracção geográfica permite alargar o horizonte do recrutamento por terras e concelhos de todo o território da Diocese de Bragança – Macedo de Cavaleiros, Vinhais, Mirandela, Chaves, Vimioso e Vila Real – o grosso do recrutamento é feito em Bragança.
A população do Mosteiro cresceu muito ao longo dos tempos desde a sua instalação provisória, em 1579, na Misericórdia, contando-se em 1683, mais de 100 (entre noviças e criadas); em 1720, 136 (120 religiosas de véu preto, duas de véu branco, oito noviças, seis educandas). Entre 1720 e 1735, o número de religiosas rondavam os duzentos (servidas por suas criadas); em 1796, a comunidade era composta por 76 religiosas, 1 leiga, 14 seculares, 17 moças de comunidades e 16 moças particulares.
Naturalmente a natureza política das instituições e a composição social da comunidade contribuiria para que a vida e o ambiente monacal assumisse aqui matizes pouco consentâneas com os objectivos da regra e vida conventual, mesmo observada pelo prisma dos referentes da época. De facto múltiplos são os testemunhos de que a regra e observância comunitária deixava a desejar, vendo-se muitas vezes envolvida a comunidade de algumas conventuais em processos de sindicâncias, visita e devassa activa por comportamentos colectivos e individuais dignos de censura.
Por meados do século XVIII, o Bispo Fr. João da Cruz e depois mais activamente ainda a de Fr. Aleixo de Miranda Henriques, concentrariam seus espaços na morigeração da vida desta comunidade e de outras de comportamentos similares.

Memórias Paroquiais de 1758

Propaganda Eleitoral da União Nacional em Bragança - 31de outubro de 1965

Bragança, Cine Teatro, sessão de propaganda eleitoral da União Nacional, de apresentação dos candidatos a deputados da cidade, no âmbito das eleições legislativas a realizar em 7 de Novembro.
Plateia alternado com intervenções de Artur Águedo de Oliveira, antigo ministro das Finanças e juiz do Tribunal de Contas, Hirondino Fernandes, Vaz Pires e António Gonçalves Rapazote, candidatos a deputados.
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14 de janeiro de 1992 - Trás-os-Montes, Bragança, frio no Inverno

Vistas gerais de Bragança; pessoas na rua agasalhadas contra o frio; pessoas queixam-se do frio; declarações de Cristina Raposo, médica sobre este ano haver mais doentes; imagens breves de crianças à lareira, campos com couves, varejar azeitona; plano próximo de sinal de trânsito que anuncia perigo de gelo.
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Vinte nove milhões de euros para alargar rede de distribuição de gás

O Plano Juncker vai conceder um empréstimo a Portugal no valor de 29 milhões de euros que permitirá alargar a rede de distribuição de gás aos concelhos que ainda não dispõem de gás natural.
No distrito de Bragança são contemplados os concelhos de Macedo de Cavaleiros e Mirandela, e mais cinco municípios do Norte, divulgou esta sexta-feira a Comissão Europeia.  
O projeto de expansão da Sonorgás,  financiado pelo BEI (Banco Europeu de Investimento) irá contribuir para a construção de 220 kms de novos pipelines de distribuição e de 19 estações de armazenamento de Gás Natural Liquefeito (GNL). Como resultado, a Sonorgás prevê aumentar o número de clientes de 16 mil para mais de 40 mil nos próximos três anos.

Glória Lopes
in:mdb.pt

Certezas sobre os acordos de associação para o Colégio de Chacim só nos finais de agosto

No colégio Ultramarino Nossa Senhora da Paz, em Chacim, seguem as tentativas de negociação com o Governo, no seguimentos dos acordos de associação para financiamento de duas turmas. Teresa Fernandes, Superiora-Geral desta instituição, transmite que, neste momento, paira um clima de preocupação sobre o futuro.
As Irmãs analisaram comigo há poucos comigo esse aspeto, e realmente estamos preocupados, porque não há crianças. Mesmo que tenhamos o apoio do Estado, não temos crianças, porque nos limitaram o espaço. Se autorizassem que as crianças de Macedo de Cavaleiros fossem para Chacim, então tínhamos crianças suficientes.

O colégio foi sempre gratuito. Os alunos ali não pagavam nada, Tínhamos o subsídio do Estado, e o resto é o trabalho das Irmãs.

Hoje, se o subsídio do Estado falha, os pais nesta zona também não têm (vejam as aldeias, como estão) essa possibilidade de pagar.

Temos apelado ao Estado, não temos dormido. Temos insistido, em correspondência, para trás e para diante, mas neste momento, e até meados de agosto, não temos nada certo.
Este colégio que poderia, nos mais recentes acordos assinados com o Governo, receber apoios estatais para duas turmas, valor de 80.500 euros por cada uma, de 5º e outra de 7º ano. Faltam crianças para o 3º ciclo. Sem dinheiro, não se poderá fazer milagres.

Poderá acontecer que o colégio vá morrendo lentamente. Não podemos fazer milagres.

O ano letivo pode vir a ser complicado para nós, na medida em que estamos ao serviço de um povo, e agora não podemos estar. Era uma mais-valia na educação. Temos recebido ali crianças com várias lacunas, no espaço da educação, e até psicologicamente. Tem feito um trabalho excelente aquele grupo de professores.
Os acordos de associação, a vigorar por três anos letivos, apenas contemplam alunos das freguesias de Chacim, onde está o colégio, Peredo, Olmos e Lombo. Destas 4 aldeias resultam 4 inscrições, o que se mostra manifestamente insuficiente para formar uma turma. Seguem as tentativas de negociação com o Governo central. Até agosto fica a incerteza.

Declarações à margem do Dia do Município, onde as Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, responsáveis também por esta instituição de ensino, foram agraciadas com uma medalha de honra do município. Igual condecoração foi atribuída à Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição de Balsamão.

Escrito por ONDA LIVRE

G.D.B. - Dirigentes do Departamento de Futebol Juvenil - 2001

Alguns Elementos da Equipa de Dirigentes do Departamento de Futebol Juvenil do G.D.B. que foi responsável pela organização de 2 Torneios Internacionais de Futebol Juvenil, nos anos de 2002 e 2003.

Daniel José Rodrigues e David Augusto Rodrigues (irmãos)

Diplomado com o Curso Superior do Comércio pelo Instituto Industrial e Comercial do Porto. Natural de Varge, anexa da freguesia de Aveleda, concelho de Bragança, nasceu a 1 de Maio de 1877; filho de Martinho José Rodrigues, natural de Varge, e de D. Ermelinda Carlota, natural de Gimonde. Em 1898 (?) foi nomeado professor interino do liceu de Bragança, de onde, em 1900, transitou para o do Porto.
Em 1901 fez concurso para as cadeiras liceais, terceiro grupo (inglês e alemão), e ficando aprovado, foi despachado para o Liceu Nacional de Bragança por decreto de 17 de Abril de 1901. Em Janeiro de 1903 foi nomeado sócio do Instituto de Coimbra.
Traduziu do inglês O Vigário de Wakefield, de Olivier Goldsmith. Lisboa, Guimarães & C.ª, 1904. 8.º de VIII-231 págs. O prólogo, que vem à frente da obra e ocupa VIII págs., é obra do tradutor.
Romanças (complemento ao Romanceiro). Separata do Instituto, Coimbra, Imp. da Universidade, 1907. 4.º de 19 págs. É uma colecção de sete romanças coligidas na região bragançana, acompanhada de comentários.
A notável folclorista D. Carolina Michaëlis de Vasconcelos, em os seus Estudos sobre o romanceiro Peninsular, 1907-1909, págs. 7 e 9, e outros, refere-se elogiosamente às Romanças, «que a meu ver [dela] se compõem de decalcos bastante fieis, embora abreviados, de textos asturianos, talvez de introdução recente».
O Ensino da gramática nas línguas vivas (separata do Instituto), vol. LVI. Coimbra, 1909. 8.º de 14 págs.
O Rio d’Onorense (Dialecto trasmontano). Separata do Instituto, volume LV. Coimbra, 1909. 8.º de 22 págs.
Tem em preparação Lendas alemãs e lendas portuguesas, e tem colaborado em O Nordeste, Distrito de Bragança, Ilustração Trasmontana e Instituto de Coimbra.
A propósito deste nosso ilustre conterrâneo, diz o grande sábio José Leite de Vasconcelos, que ele é «autor de alguns trabalhos etnográficos ácêrca da província, e a quem, se não esmorecer, está reservada proveitosa colheita scientífica, tanto porque o solo é extremamente fecundo, e ainda em grande parte inexplorado, como porque o senhor Rodrigues é rico e moço, e sabe muito bem inglês e alemão, e pode adquirir e ler boas obras estrangeiras que o fortifiquem nas investigações e lhe alarguem o âmbito das mesmas».

RODRIGUES (David Augusto) – Coronel de infantaria, irmão do anterior Rodrigues; nasceu em Varge a 30 de Janeiro de 1874. Foi deputado pelo círculo de Bragança em 1924.

Escreveu:
O Tiro Nacional, editado pela Revista de Infantaria, 1902. Vila Nova de Famalicão, 8.º de 17-190 págs. É uma pugna pelo tiro nacional, visando mostrar a sua importância, serviços que pode prestar e maneira de o fomentar. É um trabalho altamente patriótico, bastante importante, indispensável mesmo aos que se propuserem fomentar uma instituição útil a todas as nações e muito principalmente às pequenas. A renhida luta que o povo bóer sustentou contra os ingleses, infligindo-lhes derrotas monumentais, foi que levou o autor a empreender este estudo, do qual já se havia ocupado em diversos artigos da Revista de Infantaria.
Revista de Infantaria fundada por José Sarsfield, major de infantaria, David Augusto Rodrigues e Alfredo de Leão Pimentel, tenentes de infantaria. Lisboa, 1905.
A táctica de hoje. Tradução do inglês, prefaciada e anotada. Lisboa, 1903. 8.º de XXI-142 págs.
A Ocupação de Moçambique (1869-1909). Lisboa, 1910. 8.º de XXI-153 págs.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

Dia do Município de Macedo de Cavaleiros atribuiu 7 medalhas a personalidades e instituições

Ontem, Dia do Município em Macedo de Cavaleiros, que serviu para homenagear instituições e personalidades do concelho.
Uma forma, na opinião de Duarte Moreno, o presidente do município, de elevar o trabalho de quem trabalha dentro e fora do concelho.

Resilientes são os que ficam na região, e os que querem voltar. O nosso território é feito de muita mais gente do que aquela que vive atualmente por aqui. Essas pessoas foram à procura de melhor vida, e quando podem regressam à sua terra. O que pretendemos com estas pequenas homenagens é mostrar que temos gente da terra que faz muito pelo país e pelo concelho. É um simbolismo que o Dia do Município deve ter, e são exemplos para os jovens para os jovens da nossa terra.
Com a medalha de mérito municipal, foram agraciados este ano o cantor Roberto Leal, natural da aldeia de Vale da Porca, na área do Desporto, Cultura e Artes, que não esteve presente por motivos profissionais, mas que fez chegar uma mensagem de agradecimento. No Empreendedorimo e Atividades Económicas, Jorge Pereira, empresário do concelho. Na Ação Social e Associativismo, o Agrupamento de Escuteiros 602. Na atividade Académica e Cientifica a professora Fernanda Ledesma.

E como personalidade que se destacou em diversas causas relevantes para a comunidade, o médico Artur de Araújo, atualmente diretor do Serviço de Oncologia do Hospital Pedro Hispano, e com um rasto currículo na área da medicina, que considera que na região a saúde está melhor, mas há demasiado transporte de doentes entre hospitais, o que se poderia resolver centralizando os serviços.

Já as medalhas de honra do município, escolhidas pela câmara, foram atribuídas à Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição de Balsamão e às Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, responsáveis também pelo colégio Ultramarino Nossa Senhora da Paz, em Chacim. Teresa Fernandes, Superiora-Geral desta instituição, transmite que, neste momento, e devido aos acontecimentos recentes em torno do colégio, paira um clima de preocupação sobre o futuro.

Este colégio que poderia, nos mais recentes acordos assinados com o Governo, receber apoios estatais para duas turmas, valor de 80.500 euros por cada uma, de 5º e outra de 7º ano. Faltam crianças para o 3º ciclo. Sem dinheiro, não se poderá fazer milagres.

Os acordos de associação, a vigorar por três anos letivos, apenas contemplam alunos das freguesias de Chacim, onde está o colégio, Peredo, Olmos e Lombo. Destas 4 aldeias resultam 4 inscrições, o que se mostra manifestamente insuficiente para formar uma turma. Seguem as tentativas de negociação com o Governo central. Até agosto fica a incerteza.

Declarações à margem das comemorações do Dia do Município, inseridas na programação do São Pedro 2017.

E até ao momento, a 3 noites do final, já 30 mil pessoas terão passado pelo Parque Municipal de Exposições, afiança o autarca local, Duarte Moreno, onde só o padroeiro não tem ajudado.

O melhor ainda está por vir, diz o presidente da câmara de Macedo, onde até sábado decorre o São Pedro 2017. Esta noite com Expensive Soul, e amanhã a fechar com Mickael Carreira.

Escrito por ONDA LIVRE

Faleceu o Pe. Francisco Jaworski, dos Marianos

Faleceu, no hospital de Macedo de Cavaleiros, o membro da Casa de Balsamão, Pe. Francisco Jaworski, dos Marianos da Imaculada Conceição (MIC).
O Pe. Francisco tinha 93 anos de idade, 61 de profissão religiosa e 56 de ordenação sacerdotal.
O corpo encontra-se em câmara ardente na igreja do Santuário de N. Sra. de Balsamão. 
As cerimónias fúnebres realizam-se esta sexta-feira, em Balsamão, a partir das 18h00.

AGR
in:mdb.pt

Festival Terra Transmontana - 7, 8 e 9 de Julho de 2017 em Mogadouro

Festa dos Pendões – Pendones Alantre, La Mesma Tierra

A Câmara Municipal de Miranda do Douro organiza a Festa dos Pendões – Pendones Alantre, La Mesma Tierra , no dia 8 de julho, a partir das 10h00, integrado nas Comemorações do Dia da Cidade e durante a qual irão desfilar pelas ruas da cidade mirandesa cerca de 60 pendões, provenientes das aldeias mirandesas e das regiões espanholas de León, Aliste e Sayago.

As Piscinas Municipais descobertas de Miranda do Douro abrem ao público amanhã, dia 1 de Julho 2017

Exposição - Encontro - Debate - Torre de D. Chama


Oficinas Malha Fina Cartonera - Mirandela

Fly-In Careto Air Show

Dia 8 de julho, XIX Festival Internacional de Folclore da Cidade de Bragança

Duas ruas com o mesmo nome em Bragança causam confusão e trocas na entrega de correio

Duas ruas com o mesmo nome na cidade de Bragança, estão a gerar alguma confusão. Uma delas é a rua S. João Bosco no bairro dos Formarigos e a outra é a rua S. João Bosco na urbanização Fraga Selvagem, que conduz ao centro de exames do Instituto de Mobilidade Terrestre, na zona das Cantarias.
Apesar de terem códigos postais diferentes e de uma das ruas pertencer à freguesia de Samil e a outra à União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, as duas localizam-se a uma distância de cerca de 2 km.

Joaquim Paulino, habitante na rua S. João Bosco, dos Formarigos, denunciou algumas confusões que esta situação tem causado, nomeadamente na entrega da correspondência.

“A correspondência vem trocada, a minha provavelmente vai par a outra rua porque não sei onde ela anda e eu recebo correspondência da outra rua com o mesmo nome”, explicou.

Joaquim Paulino conta que outros moradores da sua rua se queixam do mesmo problema e propõem que se altere o nome das ruas para as situações de engano na entrega da correspondência parem de acontecer.

“Penso que o que seria mais correcto seria trocar o nome às ruas para que não houvesse a troca de correspondência e pode até levar a situações mais delicadas por parte dos moradores”, referiu o morador.

Contactada a câmara municipal, esclareceu que não tinha conhecimento da situação e que ficou de a estudar, mas até ao momento ainda não foi possível obter esclarecimentos acerca deste caso. 

Escrito por Brigantia

Teatros de Bragança e Vila Real criam primeiro festival de dança contemporâneo da região

“Algures a Nordeste” é o nome do projecto que junta os Teatros de Bragança e Vila Real. Trata-se de uma iniciativa para promover o território e a cultura transmontanas através da criação artística, que inclui o primeiro festival de dança contemporânea da região.
O nome do projecto “Algures a Nordeste” surgiu, segundo a directora do teatro municipal de Bragança, Helena Genésio, do nome de um livro de poesia de Pires de Cabral e é uma forma de prestar homenagem ao escritor transmontano, natural de Macedo de Cavaleiros.

Trata-se de uma iniciativa que envolve duas áreas de acção.

“A primeira área é no âmbito da criação. Vão ser criados quatro espectáculos originais nos próximos dois anos, dois em Bragança e dois em Vila Real. A segunda área conta com a realização de um festival de dança contemporânea, que será inédito na região”, explicou Helena Genésio, directora do Teatro Municipal de Bragança

A estreia de duas produções originais está prevista ainda para este ano e vai contar com a participação das comunidades locais. As restantes estão previstas para 2018.

Em Bragança, o Teatro do Bolhão, com coreografia de Joana Providência, vai inspirar-se nas obras fotográficas transmontanas do francês Georges Dussaud. Já por Vila Real será apresentado o “Barro”, inspirado no barro de Bisalhães por Mafalda Deville da Companhia Instável.

Na área da dança, o mês de Setembro vai começar com o primeiro Festival de Dança Contemporânea da região transmontana. No dia 9 Bragança apresenta o espectáculo da Companhia de Dança de Almada. Cada teatro vai receber seis espectáculos de dança e dois workshops.

“O nosso grande objetivo é trazer o grande público para a dança contemporânea. Temos espectáculos para todas as idades, são espectáculos para grandes públicos”, acrescentou Helena Genésio.

A entrada é gratuita e em ambos os teatros vão participar companhias nacionais como as de Olga Roriz e Vítor Hugo Pontes. A directora do TMB entende esta parceria como uma mais-valia para os dois distritos.

“Entendemos que não somos concorrentes mas sim cúmplices a trabalhar para uma só região, ganhamos juntos o que perdemos separados”, concluiu.

Um trabalho conjunto pela arte em Trás-os-Montes que durante um mês convida todos a uma ida ao teatro. 

Escrito por Brigantia

Viajar à Boleia da Comida: À procura da Posta de Vitela em Trás-os-Montes

Em busca dos melhores pratos da gastronomia portuguesa, viajamos até Trás-os-Montes, mais especificamente ao nordeste transmontano, onde Portugal se aproxima de Espanha, para encontrar e provar uma das delícias transmontanas: a posta de vitela grelhada.
A gastronomia portuguesa é um dos pontos principais em destaque para quem visita Portugal, vindo de fora, ou para quem viaja “para fora cá dentro”. Todos concordam que a gastronomia portuguesa tem uma qualidade e diversidade difíceis de igualar por esse mundo fora. Provar os pratos típicos portugueses faz parte do viajar no nosso país. Em busca dos melhores pratos da gastronomia portuguesa, viajamos até Trás-os-Montes, mais especificamente ao nordeste transmontano, onde Portugal se aproxima de Espanha, para encontrar e provar uma das delícias transmontanas: a posta de vitela grelhada.

A região do Douro está em alta no panorama turístico mundial e nacional, atraindo milhares de visitantes todos os dias. Mas Trás-os-Montes não se limita ao Douro Vinhateiro, e tem muito mais a mostrar aqueles que se aventuram mais longe dos circuitos turísticos. A natureza encontra-se aí num esplendor que surpreende o visitante. Longe dos socalcos e das vinhas, Trás-os-Montes exibe um lado selvagem e indomado. As regiões de maior altitude constituem a Terra Fria Transmontana, onde a paisagem é dominada pelo planalto trasmontano, em concelhos como Alfândega da Fé, Miranda do Douro, Mogadouro, ou Bragança, e constituem uma das regiões mais “portuguesas” de Portugal.

Encostado a Espanha, o Parque Natural do Douro Internacional faz as delícias de qualquer um, sendo que a imponência da paisagem não deixa ninguém indiferente, quando se explora os numerosos e maravilhosos Miradouros da Região e se aprecia o Douro Internacional, com Portugal numa margem, e Espanha na outra.

Mas os ares do planalto abrem o apetite, e a comida é parte integrante e essencial de uma viagem ao nordeste transmontano. Apesar de o bacalhau fazer a sua aparição em muitas mesas transmontanas, em Trás-os-Montes a carne dita a lei pois, como os locais dizem, “peixe não puxa carroça”. O presunto, o salpicão, a alheira, a feijoada à Transmontana, e o cabrito assado são todos pratos típicos desta região e que deixam água na boca. No entanto, a posta de vitela é a rainha da Terra Fria transmontana.
A atribuição pela União Europeia de “Denominação de Origem Protegida” para a carne de Raça Mirandesa só vem confirmar a qualidade da carne transmontana. Mas a posta de vitela tem uma abrangência muito mais disseminada do que a controlada e regulamentada “posta mirandesa”. Desde tempos imemoriais, esteve presente nas feiras de gado e nas casas particulares, onde as carnes grelhadas nas brasas eram saboreadas com pão caseiro.

O difícil, hoje, é encontrar o melhor dos lugares para experimentar esta iguaria, pois são muitos os restaurantes especializados neste prato típico, espalhados por todo o nordeste transmontano. Nós recomendamos o restaurante “O Lagar”, em Torre de Moncorvo, onde aprendemos que todos os pormenores são importantes para o sucesso de uma boa posta de vitela: a escolha da carne, o corte, o tempero, e o acompanhamento.

Proveniente de animais com idade compreendida entre os 6 e os 8 meses de idade (e que permanecem com a mãe durante esse período),a carne de vitela apresenta uma cor rosa claro, e com uma gordura de cor branca. Diz-se que a posta tem de ter “altitude”; na sua origem, nos pastos naturais onde os animais se alimentam, mas também na sua espessura, de 2 a 3 centímetros, no mínimo. Colocada em grelha quente, é tostada de um e do outro lado, mas o sumo da carne mantém-se no seu interior, tornando a carne tenra e suculenta. Imperiosamente mal passada, e normalmente acompanhada com batata a murro e grelos salteados, é regada com um pouco de molho de azeite (outro dos produtos de marca de Trás-os-Montes), vinagre e alho.
Venha explorar os recantos mais profundos de Trás-os-Montes e delicie-se com a posta de vitela, acompanhada com um bom vinho do Douro. Será uma viagem que recordará para sempre, e o fará voltar a esta região tão típica e, por vezes, tão esquecida do nosso país.

in:viajens.sapo.pt

Vinhais considerado um dos Melhores Municípios para Viver

Projeto de âmbito social “Enfermagem, Fisioterapia e Animação Social” valeu ao concelho de Vinhais a Menção Honrosa anual, baseada na qualidade de vida, de Melhor Município para Viver.
A Câmara Municipal de Vinhais (CMV) recebeu esta terça-feira, dia 27 de junho, na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, a Menção Honrosa, atribuída pelo Instituto de Tecnologia Comportamental, de Melhor Município para Viver. Esta entidade realiza, anualmente, este concurso, onde as autarquias concorrem com projetos que “promovam e fomentem a Qualidade de Vida nos Municípios Portugueses” e que é dividido em três domínios: ambiente, economia e social.

Américo Pereira, Presidente da CMV, recebeu este prémio na “Conferência – Melhores Municípios para Viver”, com o projeto no domínio social, “Enfermagem, Fisioterapia e Animação Social no concelho de Vinhais”. Aliás, Vinhais foi o único concelho do distrito de Bragança a ser distinguido.

“Desde a implementação deste projeto que a qualidade de vida da população aumentou, indo ao encontro das necessidades específicas dos habitantes do concelho de Vinhais”, declarou o executivo, que sublinha que “o bem-estar dos munícipes sempre foi uma das nossas maiores preocupações, estando na linha da frente no que diz respeito aos cuidados de saúde, bem como o aumento de respostas sociais do concelho transmontano, que viu o seu número aumentar significativamente nos últimos anos”.

Recorde-se que o município já havia sido distinguido pela Universidade do Minho como “Município do Ano 2014”, onde foram reconhecidas as boas práticas em projetos implementados pela autarquia.

Bruno Mateus Filena
in:diariodetrasosmontes.com

Encontro sobre História e Cultura Judaicas homenageou Professor Adriano Vasco Rodrigues

Torre de Moncorvo recebeu nos dias 23 e 24 de Junho o III Encontro de História e Cultura Judaicas, na Biblioteca Municipal.
Esta terceira edição foi realizada em homenagem ao Professor Adriano Vasco Rodrigues, contando com a exposição biográfica “ Adriano Vasco Rodrigues – Nós Vivemos Procurando… A Procura Faz a Vida”, a apresentação do livro “História e Cultura Judaicas – Homenagem ao Professor Adriano Vasco Rodrigues” pelo Padre António Lourenço Fontes e o depoimento do Dr. Joshua Benoliel Ruah e da Professora Elvira Mea, sobre o investigador. 

“É importante homenagear o Professor Adriano Vasco Rodrigues pela sua obra, pelo seu carisma e pela sua relação com Torre de Moncorvo, não só como académico mas por todo o sentimento que ele coloca nesta terra, que adotou pelo coração. É importante termos essa relação com uma das pessoas que mais contribuiu para o conhecimento da cultura judaica em Portugal”, referiu o Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves. Salientou ainda que “estamos hoje a fazer esta homenagem, é de gratidão mas também para dar a conhecer a importância desta cultura em Torre de Moncorvo, no Nordeste Transmontano e em Portugal.” 

“O trabalho do Professor Adriano Vasco Rodrigues é um trabalho de grande interesse internacional, profundo, de grande valia e que na época em que o começou a fazer era quase um tabu. É um homem que tem características ímpares e que merece todas as homenagens que lhe sejam feitas”, referiu o  Joshua Benoliel Ruah. 

No decorrer do encontro tiveram lugar várias comunicações sobre a temática, entre elas “A Lenda dos Abafadores Judeus sob o olhar de dois historiadores Abade de Baçal e Samuel Schwarz, e do escritor Miguel Torga”, do Professor João Medina, “O Abade de Baçal, “os judeus” e o tomo V das memórias…” do Professor José Augusto Monteiro, “Isaac Pinto – um projeto de economia política para a felicidade das nações” do Professor Norberto Cunha, “Marcas Arquitetónicas Judaicas no Nordeste Peninsular” do Dr. Antero Neto, “Aquisição da Nacionalidade Portuguesa por via da ascendência sefardita” do Professor António Maria e Assis e “Freixo de Espada à Cinta – a vila mais manuelina de Portugal/Considerações em torno da influência judaica” do Dr. Jorge Guerra Duarte. 

Destaque ainda para a apresentação do livro “Torre de Moncorvo – Recuperação do Pelourinho Municipal” da autoria da Dr.ª Adília Fernandes, do Professor Adriano Vasco Rodrigues e do Arquiteto Dr. João Campos.

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"Malha Fina Cartonera", Técnica de produção artesanal de livros ensinada em Alfândega da Fé

É já amanhã que o Centro de Interpretação do Território, em Sambade, recebe a oficina Cartonera, ministrada pela editora brasileira Malha Fina. Trata-se de uma oficina onde vai ser ensinada a técnica cartonera. Os participantes vão aprender a produzir um livro artesanal recorrendo a esta técnica.
As editoras cartoneras são uma tendência de editoriais alternativas que utilizam papelão reaproveitado para a publicação. Surgiram em 2003 com a criação de Eloísa Cartonera em Buenos Aires e tem-se assistido à sua expansão progressiva pela América Latina e outros continentes. 

Cada uma delas funciona de forma autónoma e singular, mas as editoras cartoneras caracterizam-se pelo tipo de livro que publicam, por empregar formatos artesanais, por buscar uma relativa independência dos circuitos editoriais convencionais e pela sua vocação expansiva. 

A Malha Fina Cartonera faz parte de Programa de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo (USP). O nome "Malha Fina" vem da lâmina que pretende desnudar outras faces, outros meios. Abre caminho ao novo, à formação e publicação de novos estudantes, novas traduções, revisões, projetos gráficos e etc. Materializa-se da necessidade de mais vida literária no nosso quotidiano, mais projetos formadores e transformadores. 

A convite da escritora Paula Nisa, de Rio Torto (concelho de Valpaços), Tatiana Lima Faria da editora Malha Fina Cartonera vem pela primeira vez a Portugal para editar três obras e fazer quatro oficinas com o selo cartonera. Este poderá ser o primeiro passo para a criação da Cartonera Portugal. 

Este ciclo de oficinas começa no concelho de Alfândega da Fé, no Centro de Interpretação do Território, em Sambade, segue-se Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Valpaços. Em Sambade a iniciativa tem início previsto para as 10h00 e prolonga-se até às 17h00.

Ao longo do dia vão ser editados três livros. Para além da edição de um livro de Bernardo Carvalho (brasileiro) e de outro da escritora portuguesa Paula Nisa também vai ser editada uma obra inédita de José Luís Peixoto. Recorde-se que este escritor esteve recentemente em Alfândega da Fé, altura em que regressou ao palco a peça Á Manhã, uma Coprodução da Filandorra- Teatro do Nordeste e Município de Alfândega da Fé).

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quinta-feira, 29 de junho de 2017

São Pedro 2017 | Diário 5 (28 de Junho)

António Augusto Rodrigues

Doutor em teologia pela Universidade de Coimbra, professor de ciências eclesiásticas no Seminário de Bragança e também, por algum tempo, interino, no liceu da mesma cidade, vice-reitor do Seminário e governador do bispado por muitos anos. Nasceu em Bragança a 1 de Março de 1839; filho de Domingos Manuel Rodrigues e de D. Clara Maria Gonçalves. Faleceu em Coimbra a 7 de Janeiro de 1930, vindo o seu cadáver a sepultar-se a Bragança. Em 21 de Outubro de 1869 foi nomeado professor de ciências eclesiásticas no Seminário de Bragança, onde regeu diversas cadeiras até 16 de Abril de 1890, em que se despediu para ir tomar posse duma cadeira de cónego na Sé de Viseu, onde fora apresentado por decreto de 5 de Dezembro de 1889.
Era tal a vastidão dos seus conhecimentos, que nós, que tivemos a dita de ser seu discípulo, o vimos com inexcedível competência reger as mais variadas disciplinas sempre com a competência dos mais distintos. Impossibilitava-se o professor de matemática, filosofia, francês, latim, ciências naturais, literatura ou qualquer das de teologia, inclusivamente o de ritos e cantochão, e logo no outro dia era certo na aula o governador, como nós lhe chamávamos por antonomásia.
O seguinte facto traduz claramente o que levamos dito. É sabido que a filosofia escolástica, conquanto não seja ciência nova, tinha caído em desuso, sendo depois restabelecida a instâncias do papa Leão XIII, e tendo fórmulas e tecnologia especial, só aos que a estudam cuidadosamente é dado argumentar, segundo o sistema nela usado. Pois no ano em que se criou esta cadeira em Bragança, na ocasião de se constituírem as mesas para o exame dos alunos desta disciplina, foi subitamente assaltado por um dos frequentes ataques a que era atreito, e que por último o prostraram, o respectivo professor, cónego José António Franco; o governador, como vice-reitor do Seminário, mandou chamar outro examinador de entre o restante corpo docente; tudo se recusou; e então ele, para que o serviço de exames não se interrompesse, foi servir de examinador, deixando tudo assombrado pelo vigor do raciocínio em forma silogística e fácil exposição técnica, chegando mesmo a dar no latim de S. Tomás as próprias definições! E tinha tal método de ensinar, que os rapazes, embora nada tivessem estudado da lição, haviam de forçosamente ficar a sabê-la ao sair da aula, ainda que não quisessem.
Em fins de Junho de 1900 foi nomeado cónego da Sé de Braga, de cuja cadeira tomou posse a 26 de Setembro seguinte.
A sua saída de Viseu, onde foi vigário-geral, revestiu as proporções de um acontecimento; à gare do caminho-de-ferro foi despedir-se dele quanto havia de digno naquela cidade: pessoas do mundo oficial e burocrático, o clero, os seus numerosos protegidos e os artistas enchiam a estação. Os jornais da terra – Liberdade, Folha e Comércio de Viseu – fizeram elogiosas referências ao digno sacerdote, que, pelo seu saber profundo, sólida virtude e excelentes dotes de coração, aí, como depois em Braga e antes em Bragança, soube cativar a estima de quantos o conheciam. Já em 11 de Setembro de 1896 a mesma cidade de Viseu havia significado ao cónego Rodrigues, com uma brilhante recepção no seu regresso de Bragança, onde viera de visita à sua família, quanto apreciava as suas brilhantes qualidades. Os jornais ao tempo publicados em Viseu pormenorizaram largamente essa recepção.
António A. Rodrigues foi em Coimbra um estudante distinto, obtendo o segundo accessit no seu segundo ano de teologia em 1863 e igual classificação no ano seguinte.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

Encontro reuniu antigos seminaristas

Recordar os tempos passados numa instituição que os acolheu durante anos e reencontrar amizades antigas é o que procuram os antigos alunos dos seminários de Vinhais e Bragança num encontro que se concretizou no passado fim-de-semana e que se realiza anualmente há já 27 anos.
Para Carlos Gonçalo, de 73 anos e organizador deste evento, é um encontro importante porque o faz “viver de saudade do seminário e ao mesmo tempo manifestar gratidão”. “Gratidão porque foi para grande parte dos ex-seminaristas a única forma de poder ter mais do que a 4ª classe”, salientou. No entanto, lamenta a diminuição do número de participantes. “Chegámos a ser à volta de 100 pessoas e tem vindo a diminuir porque muitos já ficaram pelo caminho e outros por razões de saúde ou familiares não puderam comparecer”, explicou Carlos Gonçalo.
Albano Mesquita, antigo seminarista de 75 anos, vem a estes encontros porque considera que “é manifestação de amizade, de solidariedade e uma manifestação cultural”. “A cultura dá-nos uma matriz seja boa ou má, a nós deu-nos a matriz de poder começar a estudar no seminário, de sermos um grupo que nos demos muito bem e achamos que é importante reunirmo-nos todos os anos para trocarmos impressões, sedimentarmos mais esses afetos e termos a oportunidade de por em contacto pessoas que estando dispersas pelo país, têm mesmo assim tempo para chegar cá e recordar velhos tempos”, salientou o advogado.
Os olhos de Vergílio do Vale, de 77 anos, brilham ao recordar os tempos passados no seminário em 1953. Há 27 anos que não falha a este encontro e que é para ele “o matar saudades de amizades antigas”. “Esta rapaziada do meu tempo são uns queridos, gostamos de estar uns com os outros. Eu venho do Porto e portanto é uma satisfação enorme estar aqui”, frisou. É ele que se encarrega agora da animação musical do sarau que se sucedeu ao jantar convívio de sábado no seminário de Bragança.
O Encontro continuou no domingo em Vinhais com a celebração de uma Eucaristia dominical na igreja do Seminário e um almoço de confraternização.

Marta Pereira
in:mdb.pt

Livro sobre a História da aldeia de Frieira apresentado em dia de S. João

Foi um dia especial para Frieira que no passado sábado assistiu na capela de S. João à apresentação do primeiro livro sobre a aldeia.
O livro “História da Aldeia de Frieira” foi escrito por António Rodrigues Mourinho e fala sobre a história social, económica, religiosa, cultural e artística de Frieira. “Há muito tempo que conhecia algumas coisas de Frieira, pelo menos há quase 40 anos, comecei a mexer
e foram aparecendo as coisas, principalmente acerca da igreja.
Fui vendo o que havia aqui dos monumentos, como a igreja e o pelourinho que é símbolo da independência judicial, económica e administrativa”, explicou. O historiador garantiu que a ideia de fazer o livro surgiu do professor Nuno Pires.
Na cerimónia de apresentação do livro, Nuno Pires considerou que se tornou “importante não só manter viva a memória do passado, como também saber como surgiu tudo o que pelos antepassados foi herdado”. ”Como surgiram e para que serviram os nossos monumentos históricos, a nossa igreja, as nossas capelas, o nosso património religioso e cultural, as nossas tradições e como vivem e viveram as nossas gentes. Esse foi o motivo central que nos motivou e que nos levou à impressão do registo escrito devidamente organizado permitindo patentear o que fomos e quais são as nossas raízes”, salientou o professor. Manuel Crisóstomo, presidente da junta de Macedo do Mato considera que este livro é importante não só para aldeia e para a freguesia mas também para o distrito de Bragança. “Tem muito valor a nível cultural e tem coisas muito interessantes da vida da aldeia de Frieira, que é uma aldeia histórica”, realçou. A data da apresentação foi acordada para o dia 24 de Junho porque foi o dia de S. João Batista, padroeiro de Frieira.
“Juntámos o útil ao agradável. Fizemos a apresentação do livro, em seguida fizemos uma missa campal celebrada pelo Pe Moreira na capelinha de S. João no centro da aldeia e depois ainda tivemos um magnífico convívio com 400 pessoas onde aproveitámos a ocasião para oferecer um donativo à Liga Portuguesa Contra o Cancro que a junta de freguesia de Macedo do Mato angariou na feira de Izeda do folar, no valor de 1085 euros”,
explicou o presidente. A data também foi aproveitada para oferecer ao Centro Social Paroquial de Izeda uma cadeira de rodas.

Marta Pereira
in:mdb.pt

Mães de Peredo de Bemposta reclamam segurança nos transportes públicos e escolares

Um grupo de mães de Peredo de Bemposta, concelho de Mogadouro, alertou para a alegada falta de segurança nos autocarros que fazem transporte dos alunos para o Agrupamento de Escolas de Mogadouro.
Sandra Martins, uma das mães que faz o alerta, garantiu que já havia denunciado a situação há algum através de conversas e e-mails trocados com o município de Mogadouro.
“A nós, mães, preocupa-nos a falta de segurança no transporte dos nossos filhos no trajeto casa/escola e vice-versa, porque o autocarro que faz o transporte não tem cintos de segurança e avaria constantemente, o que por vezes provoca atrasos na chegada dos alunos à escola”, contou a mãe que se assume como uma porta-voz de um movimento de mães descontes com esta situação.
Para o grupo, a falta de cintos de segurança é uma das principais preocupações, com principal incidência em tempo de inverno.
Segundo Sandra Martins, o proprietário da empresa concessionária do transporte já foi alertado para esta circunstância e nunca deu resposta a situação.
“A gerência da empresa tem-se mostrado insensível aos apelos que têm sido efetuados para trocar o veículo que faz este trajeto”, indicou, acrescentando que a empresa
de camionagem Santos, que faz o transporte, detém “o monopólio” no território para fazer este tipo de serviço e “faz o que bem entende”.
Contactada, a empresa Santos, concessionária do transporte público nesta linha de carreira, indicou que todo o tipo de serviço é efetuado de acordo com a lei.
“O transporte público de passageiros está dispensado da obrigatoriedade da utilização de cintos de segurança”, disse Francisco Santos, sócio-gerente da empresa concessionária, acrescentando que há um contrato para o transporte de alunos para o Polo Escolar de Bemposta, através de um circuito especial, e que aqui são compridas todas as normas de segurança.
Em resposta, o presidente da Câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, afirmou que a câmara paga 225 euros por dia para manter 12 circuitos públicos e um circuito interno de transporte de alunos, com condições de segurança e comodidade.
“Esta medida serve para assegurar os transportes públicos diários no concelho de Mogadouro. Se fôssemos fazer apenas o transporte escolar, ninguém tinha transporte público para a sede de concelho”, explicou.
Segundo o autarca, este tipo de problemas já aconteceu neste e em mandatos anteriores e houve situações que vão sendo resolvidas, sempre que chegam ao conhecimento do município.
“A câmara tem a alertado empresa [Santos] para o facto de haver queixas em relação à qualidade e segurança dos autocarros e a resposta é que está tudo em dia”, especificou.
O Mensageiro contactou o Instituto de Mobilidade de Transportes Terrestre (IMTT) que esclareceu que existe obrigatoriedade de cintos de segurança nos autocarros que efetuem transportes escolares em regime de exclusividade, isto é, serviços contratualizados com um operador de transporte em pesados de passageiros que só transportem alunos entre as suas residências e os estabelecimentos de ensino.
Por outro lado, o IMTT A lei que estabelece esta obrigatoriedade é a Lei nº 13/2006, de 17 de abril, que entrou em vigor 30 dias após a sua publicação. Aplica-se também aos veículos matriculados antes dessa data.
“As carreiras regulares de passageiros podem fazer transportes escolares”, indicou o regulador.
O IMTT informou ainda que a fiscalização da aplicação da Lei nº 13/2006 é da responsabilidade da GNR, da PSP e do IMT.

Francisco Pinto
in:mdb.pt