quarta-feira, 19 de julho de 2017

"Entrega da água em alta foi um mau negócio para os municípios"

Duarte Moreno actual presidente da câmara municipal de Macedo de Cavaleiros e recandidato pela coligação do PSD e CDS/PP, Macedenses Primeiro, acredita que a entrega da água em alta para à Aguas de Trás-os-Montes, agora Águas do Norte foi um mau negócio para as autarquias.
O autarca explica também que não é possível rever o contrato.
“Eles vendem-nos a água em alta, são eles que fazem a captação de água, tratamento e em alta vendem-nos a água e nós temos que chegar com a água depois em baixa às casas das pessoas. Durante uma década fizeram-se obras mas esqueceram-se daquilo que andava por baixo. Portanto, eu como sou o presidente actual, agora tenho as fugas todas e estamos a fazer um esforço para a detecção de fugas. Neste momento, já detectámos 150 fugas invisíveis, o que significa que são fugas que têm mais de 20 anos e que agora é que estamos a tratar delas, porque nunca se tinha deparado esta situação. Como as tubagens que estão enterradas já têm mais de 40 anos, é natural que ocorram essas situações. Não estamos a minorar toda esta problemática, mas também temos extensões de rede de 30 quilómetros, por montes e vales do nosso território, o que significa que a água também se vai perdendo por outros sítios. Estamos a minorar isso, queremos que isso não volte a acontecer, foi um mau negócio na altura, a câmara municipal antes desse negócio ainda tinha uma mais-valia de 500 mil euros e hoje tem um prejuízo de um milhão de euros. Com contractos leoninos não há forma de rever nada, foram assinados e agora têm a concessão de trinta anos, vai terminar daqui a 15 anos, de qualquer forma não podemos rever, porque é um contrato”, explicou.
Duarte Moreno admitiu ainda a que o encerramento do Instituto Piaget foi uma nódoa negra nos últimos anos e que foram auscultadas outras instituições de ensino superior que não demonstraram interesse em instalar-se em Macedo.
“Historicamente o Piaget esteve uma década em Macedo de Cavaleiros. Foi fundamental para essa década, porque trouxe alguns milhares de estudantes que passaram por ali e que também determinaram o que se investiu no território em termos de construção e também o que existia em termos económicos ao nível do aumento da restauração e da economia local. Mas Macedo de Cavaleiros desde sempre viveu foi com o comércio. Nós gostávamos que o Piaget funcionasse, não tivemos ainda nenhuma proposta, eles estão a trabalhar no sentido de colocar aquele espaço em funcionamento, até porque têm que o fazer porque senão degrada-se. Estamos também a ajudar nessa matéria, já fizemos alguns contactos, mas as universidades não quiseram vir até cá, mas estamos a trabalhar no sentido de colocar o Piaget ou outra instituição qualquer que seja, naquelas instalações”, esclareceu.
O candidato define ainda como investimento prioritário num possível segundo mandato a conclusão e alargamento da zona industrial, mesmo depois de o projecto não ter sido contemplado por financiamento comunitário.
Duarte Moreno recandidata-se à liderança de Macedo de Cavaleiros fazendo um balanço positivo do trabalho feito no actual mandato, onde diz ter cumprido “entre 80 e 90 por cento” daquilo a que se propôs há 4 anos. O objectivo agora é, segundo o candidato, continuar o trabalho feito e pensar “sobretudo nas pessoas.”
Estes e outros assuntos na entrevista Rádio Brigantia/Jornal Nordeste, desta semana, para ouvir hoje depois do noticiário das 17 horas. 

Escrito por Brigantia

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