sábado, 12 de agosto de 2017

João de Morais da Silva

Vivia pelos anos de 1730. Possuímos um manuscrito, encadernado, papel liso de 541 fólios, escritos porém só até ao 537, intitulado Pecúlio, que diz no fólio 1:
«Este Peculio, que hé de João de Moraiz Sylva natural da villa de Algoso......». Será este o nome do autor ou apenas proprietário do livro? No fim, fólio 537, diz: 
«Finis laus Deo Virginique matria. João de Morais Sylva».
No fólio 1, verso, escreve: «Ancora medicinal. Sit brevis, aut nullus tibi somnus meridianus. Febres, pigrities, capitis dolor, atque catearbus, hoc tibi proveniunt ex somno meridiano.
Rapa juvat stomachum, Novit producere ventum, Provocat urinam, Praestatque in dente ruinam. Pulles ferventes faciunt corumpere dentes».
Segue depois uma «Receita para se fazer tinta para escrever», e nos fólios seguintes até ao fim contém um tratado de direito.
Colada com lacre à costaneira do último fólio há um papel com estas notícias:

«Aos 19 de Fevereiro de 1730 ouve hum sinal no Ceo para a parte do norte pelas 8 até ás dez da noite que estava o Ceo muito claro, e na parte do nascente vermelho como sangue.
Aos 7 de Outubro de 1730 ouve outro sinal no Ceo para a parte do norte pelas onze e doze oras da noite, como o outro acima dito.
A 8 de Junho de 1731 ouve hua tormenta pelas 12 oras da noite que fez inconsideravel damno nas messes e propriedades levando-as, e levou alguns lugares como foi a Burga em terra de Bragança, e outros lugares em terra de Chaves e morreu muita gente afogada que a levou o diluvio e forão achados muitos homens e mulheres nas emvalsadas dos rios todos mortos».

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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