quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Debate autárquico com os candidatos à câmara municipal de Bragança

Esta manhã houve debate com os candidatos à câmara de Bragança, em discussão estiveram, entre outros assuntos, as propostas eleitorais de cada partido.
António Morais candidato pela CDU, defende que há três pontos essenciais a trabalhar para Bragança ser um concelho coeso.
“ Da necessidade de viver melhor no concelho de Bragança impõem-se duas ou três questões que para nós são fundamentais. O núcleo urbano, o meio rural, com destaque particular para a vila de Izeda, e o Parque Natural de Montesinho, dado que ocupa não muito espaço do ponto de vista geográfico mas também humano. Dada a importância destes três pólos que importa agir”, referiu na sua primeira intervenção.
Para Hernâni Dias, candidato pelo PSD, a coesão social também é uma prioridade mas fez questão de destacar que os resultados do seu primeiro mandato são positivos.
“O nosso programa assenta em três pilares estratégicos. A coesão social, a mobilidade e também a regeneração urbana, são essenciais para conseguirmos continuar a ter sucesso que temos vindo a alcançar em resposta às necessidades das populações, ao que são as suas preocupações do dia-a-dia, para que os cidadãos de Bragança continuem a ter a qualidade de vida que é reconhecida pelo exterior”, disse.
Quem não concorda com esta posição, de que o concelho tem evoluído, é Carlos Guerra, o socialista acha que é necessário devolver a centralidade a Bragança.
“ A cidade de Bragança perdeu completamente a centralidade regional e transfronteiriça, que lhe cabe por direito e tradição histórica. Essa centralidade só é devolvida se apostarmos na valorização dos nossos cidadãos, na qualidade de vida e na valorização da economia. A economia do concelho apresenta indicadores francamente negativos e nós gostaríamos de colocar como ponto fundamental daquilo que é a nossa proposta uma potenciação da nossa economia a partir dos nossos recursos endógenos”, sublinhou.
Para o candidato do Bloco de Esquerda José Freire, o problema central do concelho prende-se sobretudo com o despovoamento, que na opinião do bloquista, é urgente combater. 
“ A candidatura do Bloco de Esquerda vem para humanizar a política, as pessoas têm de estar em primeiro, principalmente aqui no distrito de Bragança, onde começam a ser raras. Temos de criar uma forma de termos as pessoas aqui no nosso concelho e de as fixarmos cá, para conseguir isso a câmara tem de dar o exemplo”, defendeu.      
Manuel Vitorino, que avança pelo PDR, foi mais duro nas palavras e refere que se candidata devido ao que considera ter sido um insucesso: a governação do actual executivo.
“As razões pelas quais me candidatei são precisamente as razões inversas que o actual presidente da câmara invocou. Falou no sucesso que tinha alcançado, eu candidato-me precisamente devido ao insucesso, devido à falta de proximidade, tão propalada no orçamento 2017, devido à falta de equidade e à miséria da locução que envergonha até quem vem de fora”, referiu. 
Por seu lado Francisco Pinheiro, que vai pelo CDS, vê como aposta forte para o desenvolvimento de Bragança o sector primário e no meio rural.
“ A cidade de Bragança é o que é porque temos 114 aldeias, que sempre trabalharam e a cidade cresceu quando o dinheiro e as pessoas das aldeias vieram para a cidade. Não podemos esquecer as aldeias porque é aí que se gera a riqueza e é daí que vem o dinheiro para manter a cidade. Vamos fazer uma aposta muito forte na agricultura, com a criação de uma divisão de recursos endógenos, para que todos os assuntos relacionados com a agricultura tenham na câmara municipal uma referência”, salientou.

Os ouvintes da rádio Brigantia aderiram em massa ao debate promovido, esta manhã, pela rádio que juntou os candidatos à câmara municipal de Bragança. Foram muitos os brigantinos que quiseram assistir e à saída do auditório manifestaram as suas reacções.
“Fiquei mais ou menos esclarecido, gostava de ouvir mais propostas do que aquilo que ouvi. Vejo que muitos candidatos não estão por dentro das necessidades e dinâmica da cidade mas, dentro do possível, foi esclarecedor”, disse o brigantino José Mateus.
“Fiquei esclarecida, acho que ficou claro aquilo que cada um defende e que esta linha que tem sido seguida em Bragança não pode continua a ser seguida”, referiu Joana Botas.
“Havia outros assuntos, principalmente sobre Rabal, que eu gostava de ver esclarecidos. É uma vergonha o que se passa lá a nível de esgotos, esse assunto foi debatido aqui, mas eu já vivo lá há 20 anos e aquilo continua tudo na mesma”, a opinião é de Augusto Santos. 
“Noto que há uma preocupação em fazer evoluir Bragança, mas no meu ponto de vista alguma coisa tem de se alterar”, contou.
Excertos da primeira ronda de discussão no debate autárquico 2017 em Bragança, promovido numa parceria Rádio Brigantia/ Jornal Nordeste. 

Escrito por Brigantia
O debate vai ser transmitido novamente esta noite às 21:30 na Rádio Brigantia.

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