quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Enfrentando perdas de 80%, apicultores já começaram a receber apoio para alimentação das abelhas

Não há alimento para as abelhas e os apicultores estão preocupados com a situação, num ano em que o sector registou quebras na produção superiores a 80% no nordeste transmontano.
O Governo já começou a distribuir apoio aos produtores de mel afectados pelos incêndios deste ano, mas também anunciou um subsídio de empréstimo de fundos para os apicultores que estão em dificuldades devido à seca.

A Cooperativa dos Produtores de Mel da Terra Quente e Frutos Secos, em Mirandela, foi escolhida para ser a base de distribuição de cerca de 100 toneladas de açúcar que vão servir de alimento a cerca de 60 mil colmeias do Norte do país.

José Domingos Carneiro, Cooperativa de Produtores de Mel da Terra Quente, contou que Mirandela já recebeu o primeiro carregamento com cerca de 24 toneladas de açúcar de apoio em alimentação. “Recebemos o primeiro carregamento de quatro que vamos receber. Vão ser dados 3 quilos por colmeia”, adiantou.

A alimentação terá como destino uma dezena de organizações de produtores da região Norte, sendo que em Trás-os-Montes vão ser contemplados três dezenas de apicultores dos concelhos de Mirandela, Torre de Moncorvo, Murça e Alijó.

A situação já é grave mas pode chegar a ser uma calamidade se não chover nos próximos meses, explicou à Brigantia Francisco Rogão, grão-mestre da confraria do Mel.

“Mesmo que chova agora deixa de entrar alimento. Se continuar sem chover até Abril temos de continuar a alimentá-las, já está caótica a situação na apicultura. Para alimentar uma colmeia até ao final do Inverno tem de se gastar entre 5 a 10 quilos de alimento, o que representa entre de 10 a 15€ por colmeia”, referiu.

Os incêndios e a seca a afectarem as produções no sector apícola, uma situação que, segundo alguns especialistas, se está a tornar caótica. 

Escrito por Brigantia

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