Catarina Martins conta que começaram a ser realizadas descargas desde a manhã de quinta-feira e entende que perante as previsões de chuvas a EDP deveria ter feito uma gestão diferente das descargas. “Apercebi-me por volta das 10 da manhã de quinta-feira que a água começou a subir com mais velocidade. O meu pai foi contactado pelo comandante dos bombeiros de Torre de Moncorvo para salvaguardar alguns bens. Em vez de fazerem a retenção de água desde sábado podiam-no ter descarregado e hoje sim faziam a puxada da água para jusante”, destacou.
A produtora explica que a família já enfrentou esta situação em anos anteriores e que ainda nunca recebeu compensações da EDP.
Em resposta por escrito à Brigantia, a EDP esclareceu que "a zona da foz do Baixo Sabor corresponde a zona inundável, mesmo que só com contributos do Douro" e que "face ao período seco que se sentiu em Portugal, a EDP tem procurado maximizar a retenção de afluências nas suas albufeiras". Ainda segundo a empresa, "no caso particular do Douro, essa capacidade é muito reduzida, obrigando a EDP, em consequência das fortes chuvas dos últimos dias, e em estreita coordenação permanente com as autoridades, a descarregar alguns caudais no Douro, de acordo com os procedimentos previstos para gestão das albufeiras nestas condições".
A EDP esclarece ainda que "no rio Sabor, foi possível tirar partido da capacidade de armazenamento, minimizando as respectivas descargas".
Escrito por Brigantia
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