quarta-feira, 14 de março de 2018

Dizeres e Ditos na Carta Gastronómica de Bragança

A Sr.ª Dona Maria de Lurdes Romão78 anos, vive em Bragança.
No seu tempo de menina vivia-se melhor.
Mais educação. As hortas davam o que precisávamos e tínhamos um porquinho. Descreve o que comia naquele tempo, o modo como tudo se aproveitava, As empadas de sardinha é o exemplo do aproveitamento das sobras. Eram pobres, mas não viviam muito mal. 
Agora há muita coisa mas não temos carteira. Manteiga apareceu muito tarde. Quem podia comia cabrito e leitão durante as festas da cidade, quem não podia, não os comia. Os cabritos eram demasiado para a sua boca! Vitela onde estava?
No talho, só quando se podia. Nos dias de festa assavam-se cabritos nos fornos onde os padeiros coziam o pão, sendo eles que viam se estavam assados.
Havia gente que comia cobras. Cortavam-lhe um palmo da cabeça, outro do rabo, depois faziam um caldo ou fritavam-nas.

Carta Gastronómica de Bragança
Autor: Armando Fernandes
Foto: É parte integrante da publicação
Publicação da Câmara Municipal de Bragança

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