sexta-feira, 16 de março de 2018

Informação do director do Posto Agrário de Mirandela ao Inquérito sobre a Indústria da Seda (1924)

Exmo. Sr. Engenheiro Chefe da 1.a Circunscrição Industrial – Porto.
Director dos Serviços Agronómicos
do distrito de Bragança.
Acuso a recepção do ofício n.º 10, que V. Exa. se dignou dirigir-me, datado de 7 de Janeiro último, ao qual não respondi com a urgência que eu e V. Exa. também muito desejávamos, devido não só às inúmeras atribuições do meu cargo oficial neste posto agrário, que a isso me obstaram, como ainda, e muito principalmente, por me faltarem elementos, que me servissem de base a poder bem orientar V. Exa., num assunto de tanta magnitude, como o que se apresenta a V. Exa. sobre questões sericícolas de ordem económica. Assim baseado em elementos que me foram fornecidos pelas autoridades administrativas e pela Direcção Geral de Estatística do Ministério das Finanças, e ainda com a minha longa prática em serviços sericícolas, vou procurar responder, no limite do possível, com os elementos colhidos e por V. Exa. formulados no seu referido ofício, embora o faça sucintamente.
Os serviços sericícolas, neste estabelecimento, para o incremento da cultura do sirgo, datam do ano de 1891, em que, sendo então Ministro das Obras Públicas, o Sr. Conselheiro João Franco Ferreira Castelo Branco, por decreto de 29 de Outubro desse ano, criou uma Estação de Sericicultura em Mirandela, estabelecendo esse diploma os preceitos a seguir na criação do sirgo, na produção de casulo e semente, na habilitação de pessoal, no conhecimento das doenças de que o bicho da seda enferma, e ainda de outras para a regeneração da sericicultura portuguesa.
De então para cá esses serviços têm sido executados anualmente, com bastante dispêndio para o Estado. Se nos primeiros anos da existência desses serviços sericícolas, com a semente seleccionada, pelo método Pasteur, distribuída gratuitamente aos sericicultores, se deixou antever uma restauração da sericicultura, depressa essa esperança nos desapareceu, porque, havendo casulo, não havia compradores desse produto, a não ser senão por baixo preço, que estava bem longe de ser compensador dos enormes sacrifícios feitos com a criação do sirgo.
A pouco e pouco o desânimo se foi apoderando das criadeiras de sirgo e de tal maneira que, até 1921, quase se não pensava na criação especulativa de tão precioso insecto, o bicho da seda. Como consequência desse enorme desânimo, as amoreiras foram arrancadas irreflectidamente, sem que os seus possuidores se lembrassem que a indústria sericícola ainda poderia voltar aos períodos áureos de outrora, e que então muito mais difícil seria iniciarem novamente as suas criações de sirgo, por falta de folha para a alimentação das larvas.
Apesar de todos estes contratempos, a ideia da criação do sirgo não morreu por completo na família rural portuguesa, menos remediada, desta região. E assim era, porque anualmente ainda iam fazendo as suas pequeníssimas criações. Contudo o posto agrário de Mirandela, até 1921, lutou com bastantes dificuldades para a distribuição da diminuta quantidade de semente do sirgo, que anualmente produzia. E para isso, apesar de ser cedida gratuitamente, era necessário apelar para as autoridades administrativas, para que instassem com os sericicultores, a fim de não deixarem morrer uma tão importante indústria.
Este apelo nem sempre surtiu bons resultados, porque os sericicultores de forma alguma queriam criar o sirgo, por lutarem com enormes dificuldades para venderem depois os casulos de seda produzidos. Em 1899 tal era o desânimo dos criadores de sirgo que, tendo o posto agrário produzido apenas 32 onças de semente de sirgo, seleccionada, foi necessário pedir, instar mesmo, com os sericicultores para que aceitassem a semente, e só com muita dificuldade se conseguiu a distribuição de alguma. A restante semente, como foram baldados todos os esforços para que os sericicultores a aceitassem, foi infelizmente, preciso queimá-la, visto haver a impossibilidade de criar uma tão avultada quantidade de larvas, não só por falta de folha de amoreira, como também por falta de sirgarias apropriadas, e ainda pelo dispêndio que isso acarretaria ao Estado, que, por sua vez, nada lucraria como medida de fomento sericícola, atentas as condições económicas em que esta indústria se encontrava.
Todos estes factos foram comunicados às instâncias superiores e tudo isto sucedeu devido a que, no ano anterior, não tinha havido procura alguma de casulo, a não ser senão por compradores ambulantes, que, como viam que era produto que não admitia delongas na sua venda, o compravam, numa ignóbil especulação, por preços irrisórios, muitas vezes não excedendo a $36 o quilograma! Nestas tristes circunstâncias, não havendo no país filatórios aperfeiçoados, onde os sericicultores recorressem a fiar os seus casulos, nem tão-pouco secadores mecânicos para a seca rápida dos mesmos, todas as tentativas para o ressurgimento da sericicultura portuguesa seriam inúteis, se importantes medidas, promulgadas neste sentido, não aparecessem, tendentes a melhorar a situação de abatimento em que se encontrava essa indústria. E, na verdade, assim devia suceder, pois que outros quaisquer trabalhos domésticos eram mais remuneradores do que a criação do bicho da seda, nas condições económicas em que se encontrava o comércio dos casulos.
Tivemos conhecimento de que o Estado, com o fim de fomentar a indústria sericícola, no orçamento do Ministério da Agricultura, do ano económico de 1921-1922, tinha inscrita uma verba de 30 000$00 distribuída à então Direcção Geral dos Serviços Agrícolas, e destinada à compra de um filatório mecânico com quatro bacias. Felizmente, até que enfim foram necessários 30 anos para ser incluída no orçamento do Estado aquela verba, para aquisição do referido material sericícola, que tão florescente foi e de tanta riqueza para o país, e sobremaneira para Trás-os-Montes.
Durante a conflagração europeia, devido à Grande Guerra, em que as indústrias, para só atenderem à construção de materiais bélicos, se conservavam paralisadas, não foi possível entrar-se em negociações, para, no estrangeiro, se fazer a compra desses aparelhos. De então para cá, nunca mais se pensou nessa medida de fomento e de grande alcance económico.
Esta grande lacuna, ou melhor esta enorme falta, que existia na indústria sericícola nacional, foi felizmente reparada, há dois anos, pela rasgada e patriótica iniciativa com a montagem da Fábrica de Fiação e Torcedura Mecânica de Seda “A Sericícola”, da Firma Teixeira, Miranda & Marta, Limitada, no Porto, onde existem os mais aperfeiçoados aparelhos mecânicos para a laboração de tão importante indústria, que outrora tão florescente foi no país.
Antes, porém, de nos ocuparmos, propriamente, da justa concessão que a referida firma e outras da indústria sericícola pedem ao Estado, como medida de ordem económica, para que seja proibida a exportação de casulos, julgamos de nosso dever apresentar alguns dados estatísticos, que nos serviram de base a fazer o nosso critério para podermos emitir a nossa modesta e despretensiosa opinião sobre tão momentoso assunto.
É o que vamos fazer. Principiaremos por apresentar o mapa estatístico que segue, sobre a exportação de seda em casulos, que nos foi enviado oficialmente pela Direcção Geral de Estatística do Ministério das Finanças:
Examinando este mapa, vê-se que a exportação da seda em casulo em 1919 foi muito elevada, devendo-se atribuir este facto, naturalmente, ao conjunto da produção do ano anterior, ou ainda de mais anos em que houve exportações, talvez, pelas dificuldades de transportes que surgiram durante a Grande Guerra. Acentua-se também a pequena quantidade exportada em 1921, que julgamos ser devida, ou ao retraimento da exportação por qualquer motivo de ordem económica, ou, o que é mais possível, à falta de produção de casulo, pela razão do grande desânimo, que se apoderou dos agricultores em criarem sirgo, por não ser remuneradora uma semelhante cultura a tão baixo preço, e com dificuldades de venda como já deixámos dito, ou ainda, talvez, a alguma exportação clandestina.
No intuito de poder avaliar da produção de casulo e de obter elementos que nos pudessem guiar a formar o nosso juízo, com critério, sobre o estado actual da sericicultura do país, enviámos às diferentes autoridades administrativas, onde era tradicional a cultura do sirgo, o seguinte questionário, para cada concelho:
Quantidade de casulo produzido do ano de 1920 para cá? Quantidade de casulo exportado,
durante o mesmo período? Tem havido exportação clandestina para Espanha pelas povoações fronteiriças? E, neste caso, que quantidade aproximada e qual o preço porque o pagaram?
Existem filatórios rudimentares para a fiação do casulo? Que aplicações tem o fio de seda? Tecidos? Panos para peneiras? Outras? Qual tem sido o preço, por quilograma, pelo qual o casulo se tem vendida nestes últimos anos? Que quantidade de semente de sirgo seleccionada seria precisa, em harmonia com as poucas amoreiras existentes para o desenvolvimento da sericicultura? Outros elementos inerentes ao mesmo assunto?
As respostas a este questionário, por parte das autoridades administrativas, que nos poderiam ser um auxiliar poderosíssimo, para efectuar um trabalho consciencioso sobre fomento sericícola, foram, como geralmente sucede em serviços desta natureza, salvo honrosas excepções, o mais contraditórias possível. Ainda assim, a autoridade do concelho de Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança, alguns esclarecimentos nos prestou que julgamos importantes. 
Entre eles um de capital importância, como seja o preço dos casulos nos seguintes anos: em 1920, 2$50; em 1921, 4$50; em 1922, 10$50; em 1923, 45$00. Estes preços referem-se ao casulo seco, e que corresponde, sendo o casulo fresco, a uma terça parte.
Todo o casulo produzido neste concelho foi destinado à indústria caseira de fiação, em filatórios rudimentares, e à sua tecelagem tradicional de panos para peneiras e outros tecidos, como sejam mantas para pescoço, bolsas, etc. A capacidade de produção para manter estas pequenas indústrias caseiras, durante uma parte do ano, tem regulado anualmente por uns 300 a 400 quilogramas.
O número de teares existentes em laboração é de 12 a 15.
Contudo, como dissemos, apesar das respostas contraditórias das autoridades administrativas, um elemento precioso de estudo, muito para ponderar, é a quantidade de semente de sirgo necessária, em harmonia com as poucas amoreiras existentes, para o desenvolvimento da sericultura em cada concelho. Extraímos desses esclarecimentos o seguinte:
Calculando que, para o restante país, são necessárias, pelo menos, mais três partes de sementes, temos, pois, enquanto não houver maior número de amoreiras plantadas e em plena produção de folha, 38 100 gramas de semente de sirgo precisas para criação. Ora, calculando ainda que, em média, cada grama de semente do sirgo, atentas as más condições higiénicas em que as criações são feitas, poderá produzir 800 gramas de casulo, teríamos, portanto, na melhor das hipóteses, uma produção de 30 480 quilogramas, que está ainda muito longe de poder satisfazer, só por si, a capacidade anual de laboração da importante Fábrica de Fiação e Torcedura de Seda “A Sericícola”, cuja firma diz necessitar, para este fim, de cerca de 36 000 quilogramas por ano. Produzindo o posto agrário de Mirandela apenas, e com dificuldade, 6 000 gramas de semente, plenamente fica demonstrado quanto é importante outros estabelecimentos congéneres produzirem a restante semente para as necessidades das criações de sirgo de todo o país.
Pelos números indicados, demonstrada fica também a necessidade de se proibir a exportação de seda em casulos, para assim se poder, com a matéria prima produzida, manter a laboração, conquanto não seja anual, pelo menos duma grande parte do ano, até que a indústria se desenvolva suficientemente para se obter esse desiderato. Que o problema não seja fácil, concordamos; de difícil solução não nos parece.
Conclusões: Pelo que vimos de expor neste nosso resumido e lacónico trabalho, por não termos tempo de lhe dar o desenvolvimento preciso e orientando-nos pelas informações dos sericicultores e, ainda, pelos conhecimentos que temos sobre assuntos sericícolas, provenientes da nossa já longa vida oficial, acompanhando há cerca de 43 anos estes serviços, mais do que pelos dados estatísticos oficiais, somos levados às seguintes conclusões:

Primeira – Que a actual lei n.º 1 493, de 13 de Novembro de 1923, de fomento da sericicultura portuguesa, deve ser modificada, consignando-se mais nela:
a) A proibição da exportação do casulo, a fim de garantir à indústria sericitécnica nacional a matéria prima, para o regular trabalho de suas fábricas, embora essa disposição seja provisória e tão somente enquanto não existir casulo suficiente para a laboração anual das mesmas;
b) A fim de promover o mais rapidamente possível o desenvolvimento da sericicultura dever-se-á, em todas as escolas primárias do país, tornar-se obrigatórias as criações de sirgo a todas as crianças que as frequentam, apenas de um a dois gramas de semente, estabelecendo-se, para as que melhor e mais bem cuidadas as apresentem, para lhes servir de estímulo, prémios adequados e do agrado delas;
c) Que os professores respectivos lhes ensinem, por meio de explicações práticas, os preceitos a seguirem-se nas criações, devendo, para este fim, existir nas escolas um pequeno tabuleiro de sirgo, com todas as condições higiénicas e exemplarmente tratado.
Segunda – Que é necessário, anualmente, estabelecerem-se preços remuneradores ao casulo, a fim de não provocar, como ultimamente sucedeu, o desânimo nas criações de sirgo.
Terceira – Finalmente, que sejam instaladas nos diferentes centros sericícolas do país, por conta do Estado, enquanto a iniciativa particular não chamar a si esse encargo, secadores mecânicos aperfeiçoados para a estufagem e seca rápida do casulo, evitando-se assim o enorme prejuízo que poderá resultar da nascença das borboletas, quando os casulos não possam facilmente ser transportados às fábricas de fiação.
Considerações gerais – São muito complexas as questões económico-comerciais e não se podem resolver com simples paliativos, nem simplificarem-se, a não ser com medidas imediatas e úteis; pelo contrário, mais se agravam e complicam. Estão neste caso as medidas a promulgar para o fomento da cultura dos sirgos no país, sendo necessário abrangê-las em toda a sua complexidade e decretá-las como solução eficaz e definitiva.
Assim, para o levantamento da indústria sericícola no país, impõe-se, repetimos, a proibição imediata da exportação de casulos, com o fim, sobremaneira patriótico, de garantir a laboração anual das nossas fábricas de fiação e torcedura de sedas, sem o que elas terão de paralisar, por falta de matéria prima. A esta paralisação há a acrescentar, também, a falta de trabalho que resultará para algumas centenas de operários, que são empregados na fiação de seda e na sua torcedura, se, pelo motivo indicado, essas fábricas tiveram de fechar, o que constituiria, por certo, um grave erro económico. E se nos grandes países industriais existe uma corrente de opinião proteccionista, que conduza os Governos a tomarem medidas necessárias à salvaguarda das indústrias, com o levantamento de direitos pautais e a proibição de exportações de suas matérias primas, que lhes fazem falta para a laboração das suas fábricas, julgamos que, com maior fundamento, essa opinião se deve acentuar num pequeno país como o nosso, muito principalmente para a indústria sericícola que, outrora, tão florescente foi. É, portanto, um crime de lesa-pátria não concorrermos para o ressurgimento dessa indústria, erguendo-a da letargia em que, desde há muito, está mergulhada.
Como complemento à lei n.º 1 493, de 13 de Novembro de 1923, sobre o fomento da sericicultura portuguesa, há sem dúvida a acrescentar a protecção à indústria sericitécnica, base, sem contestação, de semelhante fomento.
Em nosso critério, sem essa protecção, nunca a nossa indústria sericícola se levantará, pois está mais que demonstrado, pela experiência de muitos anos, que, para a justa valorização do casulo, necessário se torna a sua fiação, sem a qual cairemos novamente nas mãos de compradores que, sem concorrência, pagarão o produto como até aqui, por preços verdadeiramente irrisórios, bem longe de serem compensadores dos enormes cuidados e sacrifícios que se fazem com as criações de sirgo. E tanto assim é que, com a montagem da Fábrica de Fiação e Torcedura Mecânica de Seda, “A Sericícola”, da firma Teixeira, Miranda & Marta, Lda., do Porto, que se propôs a comprar casulo por um preço remunerador, foi quanto bastou para o ano passado e este ano haver, com grande entusiasmo, procura das sementes de sirgo. E como contra factos não há argumentos, como diz o aforismo nacional, lógico é concluir-se que uma indústria não tem razão de existir quando por outra não podem ser utilizados os seus produtos.
A grande corrente de opinião de toda a imprensa periódica, nos constantes artigos que publica, sobre tão momentoso assunto, vem demonstrar claramente as nossas asserções. E o Governo está nas melhores intenções de fomentar a sericicultura no país, como o demonstra a citada Lei, ultimamente promulgada. Por certo, como cremos, decretará, sem delongas, a proibição da exportação de casulo, completando assim aquele diploma com essa ponderosa medida, que tão necessária se torna para o ressurgimento, como deixamos dito, da sericicultura portuguesa.
Nós, que escrevemos estas linhas, sabemos praticamente por quantos transes e vicissitudes tem passado a sericicultura, pela falta de filatórios aperfeiçoados no país e que, actual e felizmente, a iniciativa particular, economicamente para o Estado, acaba de estabelecer com a montagem da citada fábrica, da indicada firma, preenchendo-se, assim, uma lacuna que, desde muito tempo, se fazia profundamente sentir.
De esperar é, pois, que os nossos dirigentes tomem na devida consideração o alvitre que vimos a expor, e que patrioticamente decretem medidas que, pela sua imediata necessidade, se impõem aproveitando assim o momento oportuno de energias que justo é atendê-las. Assim o esperamos e para isso fazemos os nossos votos.
Ao terminar este modesto trabalho, por ser naturalmente a última página lida, é de nosso dever deixarmos aqui bem patente o maior elogio à firma Teixeira Miranda & Marta, Lda., pela montagem da sua Fábrica de Fiação e Torcedura Mecânica de Seda, no Porto, com os mais aperfeiçoados aparelhos adequados a este fim, e sobretudo por ter sido a primeira que, no país, para obter, no intuito muito louvável, matéria prima para a sua indústria, desinteressada e patrioticamente iniciou o fomento sericícola, distribuindo, gratuitamente, sementes seleccionadas de sirgo, adquiridas o ano passado e este ano no estrangeiro, e valorizando o casulo, sem especulações, de maneira a compensar o trabalho dos sericicultores. Este gesto tão nobre, quanto patriótico, foi o suficiente para provocar o início do ressurgimento sericícola no país, cuja indústria, até então, se encontrava num perfeito abandono. Aqui lhe deixamos, pois, como nos cumpre, bem significada, esta nossa merecida e justa homenagem, como tributo da grande administração que por ela temos, por se tornar tão útil à economia nacional a sua patriótica iniciativa, e ainda por ser, sem contestação, à mesma firma que se deve o desenvolvimento que está tomando a sericicultura, sendo, por isso, digna de protecção, por parte do Estado, nos seus legítimos pedidos e representações.

Mirandela, 4 de Abril de 1924

Pelo Director, João António de Almeida – Regente Agrícola Principal.

(Inquérito sôbre a Indústria da Sêda, in Boletim do Trabalho Industrial n.º 142, Lisboa, 1930)

História da Indústria das Sedas em trás-os-Montes
Fernando Sousa

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