terça-feira, 22 de maio de 2018

Ex-autarca não considera que protocolos lesaram câmara de Mirandela

António Branco não concorda que protocolo com os CTT seja lesivo para o Município e que o apoio concedido ao GCM é uma questão de justiça para quem sempre foi o parente pobre do desporto em Mirandela.
Continua a troca de acusações entre o actual executivo socialista do Município e o anterior autarca social-democrata.

Depois do vereador do pelouro da administração financeira, José Miguel Cunha, ter revelado mais dois exemplos de procedimentos que entende terem sido de claro facilitismo na gestão da autarquia no anterior mandato, nomeadamente, do protocolo que levou à criação do novo centro de logística e distribuição dos CTT e de um novo pavilhão para o Ginásio Clube Mirandelense, é agora a vez de António Branco responder.

O ex-autarca não concorda que o protocolo com os CTT seja lesivo para os interesses do Município, como acusou o vereador socialista.

“Andamos mais de dois anos a negociar, de forma sigilosa, para instalar esta plataforma logística, porque as câmaras de Bragança e Vila Real estavam muito interessadas nesta estrutura regional que é a única plataforma para lá do Maia, em todo o Norte”, lembra António Branco.

O ex-autarca está certo da importância deste centro dos CTT. “É um daqueles casos em que é necessário actuar, arranjar soluções e trabalhar muito bem para conseguir trazer para Mirandela uma plataforma logística que vai criar emprego e o seu simbolismo pode trazer outras plataformas para a cidade”, acrescenta Branco.

Para além disso, não entende porque razão o executivo socialista não entende este tipo de negociações. “Este processo traz emprego para Mirandela e até a própria Júlia Rodrigues, em determinada altura, vangloriou-se como se tivesse sido ela a trazer esta plataforma e a colocou uma saudação no facebook pela vinda desta estrutura”, recorda.

José Miguel Cunha também colocou muitas reservas sobre a licença de construção concedida pelo executivo social-democrata. António Branco garante que tudo foi feito de forma clara. “Nada foi feito de forma encoberta. O processo foi levado e aprovado em reunião de câmara e já previa uma simplificação processual para garantir celeridade e fixação da plataforma logística”, conclui.

Já quanto ao protocolo com o Ginásio Clube Mirandelense, em que o Município paga 2500 euros mensais para suportar as obras no novo pavilhão do clube, António Branco diz que se trata de uma questão de justiça. “Tenho muito orgulho em viver na mesma cidade do José Pina e da Sónia Pereira porque são autênticos ícones não só da região e do país mas também do mundo, porque já foram campeões mundiais. Mas a verdade é que o Ginásio Clube Mirandelense durante anos foi o parente pobre do desporto em Mirandela, com más instalações, onde chovia, pelo que fomos tentando dar melhores condições e esta situação é de apoio claro ao desenvolvimento de uma modalidade importante e simbólica para Mirandela e ainda por cima bastante elogiada por este executivo quando foi inaugurada a nova sede”, refere António Branco.

O ex-autarca acrescenta que “existem, em Mirandela, colectividades que estão em instalações municipais e que recebem dezenas de milhares de euros por mês para fazerem as suas actividades e o GCM durante muitos anos não foi apoiado”, justifica António Branco na reacção às recentes críticas sobre a sua gestão na autarquia mirandelense.

O ex-autarca social-democrata diz ainda que continua a aguardar, “com serenidade”, a apresentação do documento final da auditoria às contas, contratada à Delloite pelo actual executivo socialista, depois de, há duas semanas terem sido revelados alguns dados preliminares. 

Escrito por Rádio Terra Quente (CIR)

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